Capítulo 2 - Conversa de Adulto

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Amy

– Onde você mora? – pergunta casualmente enquanto liga o rádio em uma música qualquer, estou muito tensa para prestar atenção naquela música. Acho que fiquei uns bons minutos o encarando de boca aberta, como é lindo, porque ele riu e perguntou novamente: – Sei que é melhor ficar me desejando do que me responder, mas eu adoraria saber, srt. Não-tirei-os-olhos-do-Rick-quase-a-noite-inteira.

Coro. Mundo, eu corei! Fazia anos que não corava, vamos deixar isso para lá.

Informo o meu endereço tentando cortar o assunto e ele balança a cabeça rindo.

– O que foi?

– Moro perto de lá. A srta. se importaria de me acompanhar até a minha empresa, preciso pegar uns papéis lá? – pergunta.

Merda, eu preciso chegar logo em casa, mas a minha educação fala mais alto. Alguns minutos a mais não vai atrapalhar tanto assim, eu acho.

– Não – claro que eu me importaria!

O silêncio reina entre nós e eu começo a prestar atenção na música. Home, do Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, eu amo essa música. Era meu hino enquanto eu viajava loucamente pelo mundo, sinto tantas saudades das minhas "loucuras", segundo o meu pai. Comecei a cantar mentalmente com um sorriso no rosto, ou, pelo menos, eu achava que era mentalmente.

– Gosta da música?

– Hã?

– Gosta de Home?

– Hino das minhas loucuras pelo mundo – eu não precisava falar, mas meu filtro não estava funcionando naquele exato momento, curtir a música era melhor.

– Loucuras pelo mundo? – pergunta com a sobrancelha arqueada. Segura a língua Amy! – Não vai me contar? – será que ele lê mentes?

– Não.

– Por quê? – parece que há um pouco de mágoa ali.

– Muito pessoal.

– Hummm – murmurou. – Chegamos! Pode me deixar entrar, por favor?

– Pensei que ia para sua empresa primeiro.

– Não, cara Astor, percebi sua necessidade de vir para sua casa rapidamente. – ele lê mentes, certeza. – Qual seu primeiro nome? Sem querer ofender, mas nunca me dei bem com o seu sobrenome e eu adoraria me lidar bem com você – opa!

– Amélia, mas me chame de Amy. – ordenei e vou falar com o porteiro que logo abre o portão.

Por mais que adorasse Astor nunca o usei muito, era como um rótulo, um peso a mais para carregar nas costas.

Era um condomínio e tanto, eu tinha que admitir. As casas eram bem espaçadas e com quintais gigantes, eram poucas, a maioria tinha dois andares, nem parecia um condomínio para falar a verdade. Escolhera ali para viver com a minha Zoe e o Rob porque era muito seguro, e eu e Zoe nos apaixonamos pela casa assim que a vimos.

Witts perguntou exatamente onde eu morava e eu fui mostrando o caminho para ele. Assim que chegamos eu agradeci:

– Obrigada sr. Witts.

– Rick, por favor – pediu e continuou antes que eu saísse: – Espero poder te ver mais, Amy.

Pisquei para ele - por que diabos eu pisquei para ele?! Mistérios da vida - e segui para minha casa. Entrei dentro de casa e, antes de fechar a porta, vi Rick saindo com o carro, eu sobrevivi a momentos com aquela delícia sem agarrá-lo, sou uma vencedora!

Paz, Amor e... Zoe!Onde histórias criam vida. Descubra agora