Amy
– Onde você mora? – pergunta casualmente enquanto liga o rádio em uma música qualquer, estou muito tensa para prestar atenção naquela música. Acho que fiquei uns bons minutos o encarando de boca aberta, como é lindo, porque ele riu e perguntou novamente: – Sei que é melhor ficar me desejando do que me responder, mas eu adoraria saber, srt. Não-tirei-os-olhos-do-Rick-quase-a-noite-inteira.
Coro. Mundo, eu corei! Fazia anos que não corava, vamos deixar isso para lá.
Informo o meu endereço tentando cortar o assunto e ele balança a cabeça rindo.
– O que foi?
– Moro perto de lá. A srta. se importaria de me acompanhar até a minha empresa, preciso pegar uns papéis lá? – pergunta.
Merda, eu preciso chegar logo em casa, mas a minha educação fala mais alto. Alguns minutos a mais não vai atrapalhar tanto assim, eu acho.
– Não – claro que eu me importaria!
O silêncio reina entre nós e eu começo a prestar atenção na música. Home, do Edward Sharpe & The Magnetic Zeros, eu amo essa música. Era meu hino enquanto eu viajava loucamente pelo mundo, sinto tantas saudades das minhas "loucuras", segundo o meu pai. Comecei a cantar mentalmente com um sorriso no rosto, ou, pelo menos, eu achava que era mentalmente.
– Gosta da música?
– Hã?
– Gosta de Home?
– Hino das minhas loucuras pelo mundo – eu não precisava falar, mas meu filtro não estava funcionando naquele exato momento, curtir a música era melhor.
– Loucuras pelo mundo? – pergunta com a sobrancelha arqueada. Segura a língua Amy! – Não vai me contar? – será que ele lê mentes?
– Não.
– Por quê? – parece que há um pouco de mágoa ali.
– Muito pessoal.
– Hummm – murmurou. – Chegamos! Pode me deixar entrar, por favor?
– Pensei que ia para sua empresa primeiro.
– Não, cara Astor, percebi sua necessidade de vir para sua casa rapidamente. – ele lê mentes, certeza. – Qual seu primeiro nome? Sem querer ofender, mas nunca me dei bem com o seu sobrenome e eu adoraria me lidar bem com você – opa!
– Amélia, mas me chame de Amy. – ordenei e vou falar com o porteiro que logo abre o portão.
Por mais que adorasse Astor nunca o usei muito, era como um rótulo, um peso a mais para carregar nas costas.
Era um condomínio e tanto, eu tinha que admitir. As casas eram bem espaçadas e com quintais gigantes, eram poucas, a maioria tinha dois andares, nem parecia um condomínio para falar a verdade. Escolhera ali para viver com a minha Zoe e o Rob porque era muito seguro, e eu e Zoe nos apaixonamos pela casa assim que a vimos.
Witts perguntou exatamente onde eu morava e eu fui mostrando o caminho para ele. Assim que chegamos eu agradeci:
– Obrigada sr. Witts.
– Rick, por favor – pediu e continuou antes que eu saísse: – Espero poder te ver mais, Amy.
Pisquei para ele - por que diabos eu pisquei para ele?! Mistérios da vida - e segui para minha casa. Entrei dentro de casa e, antes de fechar a porta, vi Rick saindo com o carro, eu sobrevivi a momentos com aquela delícia sem agarrá-lo, sou uma vencedora!
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Paz, Amor e... Zoe!
RomanceRichard Witts construiu um império do nada. Batalhou muito para estar onde sempre quis, sempre teve uma pedra no seu sapato, Noah, não sabia como uma criatura paranóica podia ter uma filha tão linda, doce e delicada. Com seus 37 anos ainda não tinha...