Atravessamos a rua e entramos na Starbucks. Sentamos afastados da porta e das janelas. O garçom logo chegou e anotou nossos pedidos que chegaram rapidamente. Meu chocolate estava esfumaçando de tão quente, igual o café de Harry.
- Temos que conversar - ele falou
- Temos... - balancei a cabeça e tomei um gole do chocolate.
- Eu sou compativel com a Anne... vou doar pra ela.
- Serio? Oh, obrigada Harry! - sorri e meus olhos enxeram de lágrimas.
- Você anda muito chorona - ele virou o rosto, serio.
- Não sabe a sensação de sua filha estar morrendo - manti meu olhar na xícara de chocolate.
- Sei... ela é minha filha também.
- Ontem você deixou bem claro que a filha era minha. - arqueei uma sobrancelha
- Vou registrar ela no meu nome - ele falou
- Você não pode! Ela é minha filha! Eu criei ela sozinha!
- Até agora.
As lágrimas desciam do meu rosto. Ele só podia estar brincando.
- Se você negar, eu desisto de doar pra ela... e esqueço ela.
- Tudo bem Harry, por favor salva ela... - ficamos em silêncio por alguns minutos, e as minhas lágrimas secaram
- Nina, eu... sinto muito por ter deixado você grávida de um filho meu, eu não fiz por mal... Você sabe o que aconteceu.
- Eu sei... Foi Liam que mandou você dizer isto?
- Na verdade... foi. - rimoa fraco
- Até agora um pai não fez falta pra ela. Ela é só uma bebêzinha, não pergunta nada.
- É... ela falou 'papa' - ele sorriu babão
- Foi a primeira palavra dela - sorri de lado - você mal chegou e ela já gosta de você
- Isso é muito bom. Eu... Já sinto algo tão forte por ela, Nina é um sentimento tão estranho.
- Bem vindo ao mundo dos pais.
Meu celular tocou e era Ed.
- Oi? - atendi
- Nina, a Anne passou mal. Vem rapido pra cá. - ele falou num tom assustado
- Ok Ed, já estou indo. - desliguei e coloquei dinheiro em cima da mesa, me levantei e sai correndo, ignorando oa gritos de Harry.
Atravessei a rua e quase fui atropelada. Entrei no hospital e corri até o quarto de Anne, mas estava vazio.
Avistei Ed no fim do corredor, e corri ao seu encontro. O abracei e quando soltei Harry apareceu pelo mesmo caminho que eu cheguei.
- Cadê ela? - perguntei
- Na UTI, ela piorou... - os olhos de Ed lacrimejaram
- Ed... - comecei a chorar de novo. Realmente eu estava muito chorona, mas com uma filha na UTI eu tenho direito.
- Harry... Você precisa ir até o laboratório, vão precisar da medula pra operarem ainda hoje. - ele falou e Harry assentiu.
Me sentei na cadeira daquele corredor largo, e coloquei a mão na boca.
Harry caminhou até mim e agaixou na minha frente. Segurou minhas mãos com as suas.
- Nós vamos ter nosso bebê saudavel logo logo - ele disse roçando nossos lábios.
Meu coração deu um tranco, aquela adrenalina veio em minhas veias.
Ele me deu um selinho e se levantou, caminhou até sumir da minha vista.Pergunta: vocês tem animal de estimação?
Eu tenho coelhos na casa dos meus pais! Mas aqui nada...
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Story of my life
Teen FictionWritten in these walls are the stories That I can't explain I leave my heart open But it stays right here empty for days She told me in the morning She don't feel the same about us in her bones It seems to me that when I die These words will be writ...