Capítulo vinte e quatro

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Três meses depois

Eu estava trabalhando quando meu celular tocou. Era Harry.
- Pois não? - falei concentrada
- Busca a Anne na escola - ele falou, sua voz estava trêmula
- O que houve? Ainda não está na hora.
- Anne se machucou brincando, Nina, eu não posso sair daqui agora, nem o Louis. Nossa filha quebrou o braço. - desliguei o telefone na cara dele e fechei o notebook, peguei minha bolsa e casaco e corri pra fora daquele prédio enorme que era a editora.
Parei um taxi e pedi que me levasse pra escola da Anne o mais rapido possível.
Em 10 minutos chegamos lá, e eu pedi que o taxista esperasse.
Corri por aqueles corredores até chegar na enfermaria, onde encontrei Anne sentada, chorando e com o braço enfaixado.
- Filha - eu agaixei em sua frente - o que houve meu amor? - perguntei
- Cai do balanço mamãe, ta doendo muito - ela falou e passei a mão no seu rosto, tentando limpar as lágrimas.
A enfermeira da escola chegou e pediu que eu assinasse a dispensa da Anne, peguei sua mochila e sua mão - não machucada - com a outra e caminhamos até o taxi, que rapidamente nos levou ao hospital mais próximo.

- Nina? - Harry apareceu na sala de espera, ele tinha a aparência de cansado. - consegui sair mais cedo. Odeio essas reuniões. Cade ela?
- Esta fazendo alguns exames antes de engessar. - falei e ele se sentou do meu lado
- Mas comp a Annr está? Chorando?
- Ela estava chorando quando cheguei na escola, mas quando chegamos aqui ela disse que já estava se acostumando com a dor. - falei - ela é muito forte
- Ela é uma Styles!
- Stuart - falei e o médico apareceu
- Os pais de Anne Stuart Styles?
- Nós - falamos juntos e nos entreolhamos.
- Sra. Styles a Anne...
- Não! Não sou casada com ele. - falei e Harry revirou os olhos
- Sinto muito, cometi um equívoco. Anne está bem agora, ela fraturou o osso e estamos engessando, ela é muito forte. Aplicamos uma medicação nela para a dor, mas ela pode ir pra casa assim que terminar de engessar. Assinem aqui os dois - o medico falou e nós dois assinamos num papel.
- Podemos ver ela? - perguntei
- Sim, me acompanhem - seguimos o velho, digo, medico, até um dos quartos. Um enfermeiro terminava de enrolar o gesso com um gaze.
- Oi mamãe! Oi papai! Olha, agora eu tenho um gesso e vocês vão poder escrever nele com canetinha! - ela falou e o enfermeiro sorriu pra ela - o tio Mike que disse, né tio Mike?
- É sim Anne. Terminei, agora eu preciso ir. Se você sentir dor, venha correndo pro hospital, tudo bem? - ela assentiu - toma aqui, se você sentir coceira ai nesse braço você usa isto - ele a entregou uma veretinha rosa, bem bonitinha.
- Podemos ir? - perguntei ao "Tio Mike" e ele assentiu.
Harry pegou Anne no colo e eu peguei sua mochila, caminhamos até o carro de Harry e ele a colocou na cadeirinha.
- Quando vou poder andar de carro sem a cadeirinha? - Ela perguntou quando nós já estavamos a caminho de casa
- Quando você tiver sete anos, meu amor - respondi e ela assentiu
- Papai, você pode dormir lá em casa hoje? - ela perguntou e Harry olhou pra mim que sacudi os ombros
- Você não prefere dormir na casa do papai? - ele perguntou parando num farol vermelho
- Não, eu quero dormir com você, a mamãe e o papai Lou.
- O Louis não é seu pai meu amor - ele falou.
- Eu sei, mas ele cuida de mim como se eu fosse filha dele... ele diz que eu sou o diamante rosa dele.
Sorri ao lembrar das vezes em que Louis a coloca na cama, lhe da um beijo na testa e diz que ela é o diamante rosa dele.
- Se sua mãe concordar...
- Por mim tudo bem - falei e ele parou o carro no estacionamento no prédio. Descemos do carro e caminhamos até o elevador.
- Mamãe, eu estou com o braço quebrado, posso pedir alguma coisa? - ela falou
- Pode! O que você quer? - Harry a pegou no colo.
- Sorvete. De chocolate.
- Tudo bem - eu ri. Entramos no elevador e meu celular tocou. Era Lou. - Oi amor
- A reunião acabou, onde vocês estão? - ele perguntou
- Em casa. Vem pra ca. E traz sorvete de chocolate.
- E calda - Anne falou
- E calda! - falei e Louis concordou. Desliguei. Entramos em casa e Anne sentou-se no sofá com Harry, e começaram a ver desenhos.

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