Ed estava mais nervoso que eu, ele estava andando em círculos na sala e isto estava me irritando.
- Ed para, vai fazer um buraco no chão - falei baixo e ele me olhou nervoso
A campainha tocou e Ed fez que ia atender mas eu o parei.
- Sai pela porta de serviço, deixa eu falar com ele sozinha... - pedi e ele passou a mão nos meus cabelos. Beijou minha testa e caminhou para a lavanderia, onde ficava a porta de serviço. A campainha tocou novamente e as lagrimas invadiram meus olhos de novo. Abri a porta ele se espantou. Deu um passo pra trás e eu solucei.
- Por favor só me ouve... se achar que não pode me ajudar, vá embora sem dizer uma palavra.
Ele concordou com a cabeça e entrou. Fechei a porta e me sentei no sofá oposto ao que ele havia se acomodado.
Respirei fundo e sequei as lágrimas, engoli o choro. Ele me olhou apreensivo, esperando que eu começasse a falar.
- Harry, há um ano e meio eu engravidei. A única vez que ficamos me fez ter um bebê. Não se preocupe, não vou pedir que assuma a criança e nem nada do tipo. Na verdade, meu plano era você nunca saber da existência da minha filha...
- É uma menina? - ele sorriu fraco
- Sim Harry... O nome dela é Anne.
- Como o...
- Como o nome da sua mãe - fechei os olhos e lágrimas voltaram a escorrer dos meus olhos.
- Harry... me desculpe por quebrar a minha promessa, eu não teria feito se não fosse extremamente necessário. - estavamos num silêncio absoluto. De vez em quando eu soltava um soluço, mas me apressei a terminar de contar.
- Anne está com câncer e precisa de um transplante de medula. Harry eu não sou compatível com a nossa filha...
- Sua filha...
- Eu não posso doar pra ela, Harry você é minha unica esperança. Ela pode não significar nada pra você, mas ela é sua filha Haz... sangue do seu sangue. E se voce tem um pouquinho de piedade no coração, vai me ajudar a salvar a vida do meu bebê.
Me desmanchei em lágrimas, Harry apenas observava. Peguei meu celular do bolso e desconectei do carregador portátil. Mostrei uma foto de Anne pra ele.
- Essa... É a Anne - ele pegou o celular. Numa foto em que ela estava sorrindo, mostrando suas covinhas e seus olhos verdes. Seu cabelo preto estava começando a pegar cor. Ela era bem branquinha e usava um vestido rosa.
- Ela é linda - ele falou
- Harry por favor...
- Eu não sei Nina! Não sei! Não sei nem se esse filho é realmente meu.
- Harry... Você pode ir em qualquer hospital e fazer o teste. Se der igual ou similar a isto - entreguei o papel que estava anotado - você é compatível com ela.
- Me dê um tempo, ok? Eu... Não sei o que fazer.
- Não pense que é um favor pra mim Harry... pense que é pra ajudar uma criancinha, que nem viveu direito. Meu bebê tem apenas seis meses Harry. Anne não teve tempo pra viver ainda. - solucei - se eu pudesse dar a minha vida pela dela eu daria...
- Você cuidou dela sozinha? - ele perguntou
- Sim... Ed é padrinho dela. - sorri lembrando do batizado dela.
- Eu vou pensar. Entro em contato. - ele falou e se levantou.
- Harry - ele olhou pra mim - ela tem seus olhos - ele sorriu fraco e saiu do apartamento. Mandei mensagem pro Ed dizendo que Harry já havia ido embora e ele disse que em minutos estaria no apartamento novamente, e que nós iríamos pro hospital.
Coloquei minhas coisas na bolsa e fiquei esperando.Estão gostando da fic? Estou escrevendo com todo o carinho!
A pergunta do capítulo é: você é filha/o unica/o?
Eu tenho duas irmãs e um irmão, todos mais velhos. Mas minha mãe está grávida e vou perder meu trono.
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Story of my life
Roman pour AdolescentsWritten in these walls are the stories That I can't explain I leave my heart open But it stays right here empty for days She told me in the morning She don't feel the same about us in her bones It seems to me that when I die These words will be writ...