Capítulo sete

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Ed estava mais nervoso que eu, ele estava andando em círculos na sala e isto estava me irritando.

- Ed para, vai fazer um buraco no chão - falei baixo e ele me olhou nervoso

A campainha tocou e Ed fez que ia atender mas eu o parei.

- Sai pela porta de serviço, deixa eu falar com ele sozinha... - pedi e ele passou a mão nos meus cabelos. Beijou minha testa e caminhou para a lavanderia, onde ficava a porta de serviço. A campainha tocou novamente e as lagrimas invadiram meus olhos de novo. Abri a porta ele se espantou. Deu um passo pra trás e eu solucei.

- Por favor só me ouve... se achar que não pode me ajudar, vá embora sem dizer uma palavra.

Ele concordou com a cabeça e entrou. Fechei a porta e me sentei no sofá oposto ao que ele havia se acomodado.

Respirei fundo e sequei as lágrimas, engoli o choro. Ele me olhou apreensivo, esperando que eu começasse a falar.
- Harry, há um ano e meio eu engravidei. A única vez que ficamos me fez ter um bebê. Não se preocupe, não vou pedir que assuma a criança e nem nada do tipo. Na verdade, meu plano era você nunca saber da existência da minha filha...
- É uma menina? - ele sorriu fraco
- Sim Harry... O nome dela é Anne.
- Como o...
- Como o nome da sua mãe - fechei os olhos e lágrimas voltaram a escorrer dos meus olhos.
- Harry... me desculpe por quebrar a minha promessa, eu não teria feito se não fosse extremamente necessário. - estavamos num silêncio absoluto. De vez em quando eu soltava um soluço, mas me apressei a terminar de contar.
- Anne está com câncer e precisa de um transplante de medula. Harry eu não sou compatível com a nossa filha...
- Sua filha...
- Eu não posso doar pra ela, Harry você é minha unica esperança. Ela pode não significar nada pra você, mas ela é sua filha Haz... sangue do seu sangue. E se voce tem um pouquinho de piedade no coração, vai me ajudar a salvar a vida do meu bebê.
Me desmanchei em lágrimas, Harry apenas observava. Peguei meu celular do bolso e desconectei do carregador portátil. Mostrei uma foto de Anne pra ele.
- Essa... É a Anne - ele pegou o celular. Numa foto em que ela estava sorrindo, mostrando suas covinhas e seus olhos verdes. Seu cabelo preto estava começando a pegar cor. Ela era bem branquinha e usava um vestido rosa.
- Ela é linda - ele falou
- Harry por favor...
- Eu não sei Nina! Não sei! Não sei nem se esse filho é realmente meu.
- Harry... Você pode ir em qualquer hospital e fazer o teste. Se der igual ou similar a isto - entreguei o papel que estava anotado - você é compatível com ela.
- Me dê um tempo, ok? Eu... Não sei o que fazer.
- Não pense que é um favor pra mim Harry... pense que é pra ajudar uma criancinha, que nem viveu direito. Meu bebê tem apenas seis meses Harry. Anne não teve tempo pra viver ainda. - solucei - se eu pudesse dar a minha vida pela dela eu daria...
- Você cuidou dela sozinha? - ele perguntou
- Sim... Ed é padrinho dela. - sorri lembrando do batizado dela.
- Eu vou pensar. Entro em contato. - ele falou e se levantou.
- Harry - ele olhou pra mim - ela tem seus olhos - ele sorriu fraco e saiu do apartamento. Mandei mensagem pro Ed dizendo que Harry já havia ido embora e ele disse que em minutos estaria no apartamento novamente, e que nós iríamos pro hospital.
Coloquei minhas coisas na bolsa e fiquei esperando.

Estão gostando da fic? Estou escrevendo com todo o carinho!

A pergunta do capítulo é: você é filha/o unica/o?

Eu tenho duas irmãs e um irmão, todos mais velhos. Mas minha mãe está grávida e vou perder meu trono.

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