Niall POVs
Quando o sol se põe, eu saio de casa e vou andando até a pracinha do bairro.
Algumas crianças ainda brincavam, as luzes estavam acesas. Um grupo de adolescentes estava reunido proximo a barraca de hot dog. Caminhei até a maior árvore e subi nela. Eu adoro sentar aqui para pensar e compor músicas.
Meus pais me apoiam com o sonho de cantar, mas as vezes fico em duvida. Será que esse é o meu destino?
- Ei! Niall? - Louis aparece bem embaixo de mim
- O que esta fazendo aqui Lou?
- Pode descer um minuto? - Louis pergunta e eu desço. Ele é o meu melhor amigo desde que eramos do maternal.
- O que houve Lou? - pergunto por seus olhos estarem vermelhos. - É a sua mãe?
- Não sei o que fazer Niall, o que vou dizer a Monique? Ela é minha irmã mais nova... vou ter que cuidar dela sozinho. Não estou preparado.
- Mas os médicos disseram que a sua mãe já não tem chance?
- Ela está lutando, mas a doença é terminal.
- Oh Louis, nem sei o que te dizer... bom, eu estarei sempre aqui para te ajudar, você sabe. - digo e abraço meu melhor amigo. - alias... Alice perguntou se poderia visitar Johanna.
- Ela vai para casa amanhã... sabe, ficar com a família. Vai ser legal receber a Ali. E ela pode se aproximar da Monique, elas estudam na mesma escola.
- Tudo bem, então amanhã depois da escola vamos visitar vocês. - sorrio e dou um soquinho no ombro dele.
- Eu vou pra casa... Quero deixar tudo pronto para receber a minha mãe de novo. Até amanhã?
- Até - ele se afasta e eu estou prestes a subir na arvore de novo quando escuto um grito.
- Já falei que não, Toni! Me deixa em paz. - dou alguns em direção ao casal que discute. - Me larga! ME LARGA AGORA! SOCORRO.
- Cala a boca sua vagabunda - então ele levanta a mão e da um tapa no rosto dela. - Você vai fazer o que eu to mandando!
Não me contenho e vou para cima dele.
- Ei cara, qual o seu problema? - o empurro para longe da menina. - Não ouviu dizer que em mulher não se bate?
- Pode deixar que não vou bater em você, mocinha - ele me responde e eu soco sua cara. Uau, estou me sentindo o Liam no ensino médio.
- Isso não acabou... - ele se levanta e sai andando, entra em seu carro e vai embora.
- Você ta legal? - pergunto para a menina, encostando em seu rosto para analisar o machucado.
- Eu to bem - ela seca uma lagrima - Obrigada.
- Ei, não precisa chorar... ele ja foi embora. Eu sou o Niall.
- Laura. Muito prazer Niall - ela estende a mão e eu aperto.
- Desculpa a pergunta, mas ele é o seu namorado, né?
- É... ou era. Não sei mais. - ela continua a chorar.
- Quer conversar sobre o que aconteceu?
- Ah, você não vai querer ouvir uma desconhecida falar - ela ri e tenta secar as lagrimas que nao param de escorrer.
- Claro que vou. Vem, vamos sentar.
- Tudo bem. Preciso desabafar com alguém.
A levo até um banco e nos sentamos. Então ela começa.
- Eu namoro com o Toni há dois anos e ele sempre foi legal comigo mas... algumas semanas atrás eu descobri que estou grávida e ele quer que eu aborte. Niall, não posso abortar. É o meu filho. - ela parece desesperada. O que eu posso dizer a ela? Nunca fiquei grávido.
- E o que você vai fazer? -pergunto
- Não tenho a mínima idéia
- E seus pais sabem?
- Minha mãe sabe... meu pai ainda não.
- Oh... Não sei o que dizer.
- Não diga então. Eu tenho 18 anos Niall, deveria ter me prevenido. Mas aconteceu...
- Mas o cara te bateu. E se ele for atras de você de novo?
- Ele não vai vir. Ele não quer ser pai e pronto. Eu posso cuidar desse bebê sozinha. Eu trabalho.
- Bom, se você acha que consegue, eu acredito em você. - sorrio. Conversamos por mais alguns minutos sobre coisas aleatórias quando recebo uma mensagem do Liam, me convocando para casa, teremos uma reunião de familia - ei, eu preciso ir... Mas aqui tem o meu telefone, você pode me ligar quando precisar de ajuda... ou um amigo. - entrego um pequeno folder da apresentação que farei sexta a noite num restaurante.
- Obrigada... Você canta? - ela pergunta e eu confirmo.
- Você está convidada para ir me ver na sexta. Vou estar no Nando's na sexta a noite. - sorrio e nos levantamos. - foi bom conhecer você - eu a abraço e vou embora.
Quando olho no relogio, já é quase 23h. Pra que diabos vamos ter uma reunião essa hora da noite?
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Story of my life
Teen FictionWritten in these walls are the stories That I can't explain I leave my heart open But it stays right here empty for days She told me in the morning She don't feel the same about us in her bones It seems to me that when I die These words will be writ...