Quando sou tirada do carro meus olhos se abrem. Demaiei com a dor insuportável dos ossos da minha bacia se afastando. Okay bebê, vamos com calma.
Enfermeiros me colocam numa cadeira de rodas e me levam rapidamente para a sala de pré- parto. Harry não pode entrar na mesma sala de pré- parto que eu.
O encontro novamente na sala de parto, quando me colocam sobre uma cama desagradável. Lembro da sensação que tive quando Anne nasceu e de como Ed cantando me ajudou a trazer Anne para fora. Harry me da sua mão e beija meu rosto.
- Bruna, sua bolsa estourou mas você não tem dilatação o bastante para que o bebê saia... vamos ter que fazer uma cesariana de ultima hora. Tudo bem? - o médico pergunta e eu confirmo. Eles me aplicam algum tipo de morfina e não sinto mais as dores das contrações. Uma anestesia é aplicada antes de abrirem meu utero e, felizmente, meu bebe sair com vida dali.
- Harry, quer cortar o cordão umbilical? - Harry balança a cabeça freneticamente e chora. Nunca o vi chorar tanto na vida.
Consigo ver o rostinho do bebê outro lado da sala, onde as enfermeiras a limpam, pesam e medem.
- Aqui está a sua menininha. - Ela é entregue aos meus braços e eu choro ao acariciar seu rosto. Harry beija meus labios e segura na pequena mão do nosso bebê. - já sabem o nome?
- Alice. - Harry diz e eu concordo com a cabeça. Nossa pequena Alice.
Sinto um desconforto terrível e mal consigo respirar. Uma máscara de oxigênio é colocada no meu rosto e Harry é retirado da sala de parto.
Perco meus sentidos novamente, mas diferentemente de um desmaio, eu consigo ouvir e sentir onque está acontecendo.
- Eu sei que já faz muito tempo, mas mesmo assim não é justo. - ouço uma voz desconhecida dizer.
- É um imenso sofrimento para a família. Eles precisam do luto.
- Mas ela ainda está viva, não podemos simplesmente deixa-la morrer. - ele argumenta.
De quem estão falando?
- Você não faz parte da família rapaz, e está decidido. Amanhã mesmo a familia virá se despedir e desligarão os aparelhos. Sinto muito.
E então uma porta se fecha e grandes mãos cobrem a minha. Estão falando de mim.
- Você precisa mostrar pra todos que ainda está ai - diz em um sussurro.
Abro meus olhos e vejo minha mãe ao meu lado.
- OH MEU DEUS, VOCÊ ACORDOU?
Gritos e suspiros desacreditados me cercam e mal consigo entender. O que está acontecendo?
- Cade meu bebê? Onde está a Alice, a Anne e o Mike? - pergunto e recebo olhares de desentendimento como resposta.
- Quem são esses filha? - mamãe pergunta.
- Meu filhos. Onde estão meus filhos?
- Que filhos?
- Como assim que filhos? Eu acabei de ter um bebê olhem a cicatriz da cesaria... - tiro o lençol de mim mas não há nenhuma cicatriz em mim.
- Todos para fora do quarto. - o médico diz e todos se retiram.
Foram feitos varios exames em mim e eu já estava nervosa e agoniada.
- Doutor, o que está acontecendo?
- Bruna, há cinco anos você sofreu um acidente de carro e entrou em um coma profundo. Nenhuma melhora durante esse tempo e, quando a sua família decidiu...
- Desligar meus aparelhos eu acordei? Isso é ridiculo. Cadê o Harry?
- Como sabe quem é Harry? - pergunta.
- Eu me casei com ele. Tive duas filhas com ele.
- Bruna, Harry é o enfermeiro que cuida de você. Você nunca chegou a conhece-lo antes do acidente. Você acabou de fazer 20 anos.
- Eu... como assim?
- Seu caso é o que chamamos de realidade alternativa. Você criou um novo mundo em sua mente enquanto estava em coma e este mundo era muito semelhante ao real. Você só estava lutando contra o seu subconsciente para poder voltar a vida e finalmente, ganhou essa batalha. Mas precisa descansar.
- Então nada existiu? Emma, Julia, Harry, Gemma, Ed, Louis, Liam, Niall, Luke, Zayn, Anne, Mike e Alice? - comecei a chorar.
- Está tudo bem. Você vai se acostumar. Vou te passar um remédio para ajudar, tudo bem?
Quando o médico deixa o quarto, e seco as lágrimas e mal tenho tenho de enxugar o nariz quando a porta é aberta novamente.
Ele é real. Seus olhos são realmente verdes e brilhantes e tão lindos que mal consigo parar de olhar. Seus labios e suas bochechas se assemelham no tom de rosa. Seu cabelo estava curto, como nas ultimas vezes que o vi na minha "realidade alternativa". Ele vestia uma roupa azul e segurava uma bandeja.
- Olá. Eu tinha certeza de que teria a honra de ver esses olhos algum dia - ele diz sorrindo. - como você está?
Ele se aproxima de mim e deixa a bandeja proxima aos meus pés. Ele mede a minha temperatura e minha pressão antes de me dar alguns comprimidos.
- Quando vou poder comer? - pergunto e ele ri.
- Isso é a primeira coisa que quer perguntar?
- Se eu te perguntar tudo o que quero você vai achar que estou louca, como todos acham.
- Posso te contar um segredo? - ele pergunta e eu confirmo com a cabeça - eu esperei você todos esses anos apenas para te ver viver de verdade. Nada do que Você perguntar é mais louco do que isso, não?
- Então você não acha que nós dois casados e com três filhos é uma loucura total? - pergunto no mesmo tom baixo em que ele falava.
- Claro que não. Não seria nada mal. - ele sorri e eu reviro os olhos. - por anos você não se alimenta de verdade, então vamos com calma. Que tal uma sopa?
- Argh. Tudo bem. - só então percebo que parte dos meus seios estão de fora graças ao avental do hospital. Os cubro rapidamente com o lençol.
- Aliás, eu era o responsavel pelos seus banhos. - ele pisca ao sair do quarto.
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Story of my life
Teen FictionWritten in these walls are the stories That I can't explain I leave my heart open But it stays right here empty for days She told me in the morning She don't feel the same about us in her bones It seems to me that when I die These words will be writ...