Memórias

Capítulo 3 - Luíza

Luíza é a minha ex-namorada. Nos conhecemos no 1º ano, quando a família dela se mudou para o nosso bairro, e eu fiquei completamente apaixonado por ela, ou pelo menos achei que estava, e nós dois começamos a ficar, e depois se tornou uma coisa mais séria, mas no começo do ano passado, ela me contou que os pais dela se mudariam de novo, eles nunca paravam em lugar nenhum, devido as constantes mudanças no trabalho de seu pai, e ela iria embora. Não posso dizer que não liguei para isso, sofri muito, mas me acostumei, e acabou se tornando passado, no começo até conversávamos um pouco, mas depois ficou claro que não daria certo.

- Oi - disse com um sorriso meio sem graça - nós dois não sabíamos como reagir.

- Oi! - eu disse, e ficamos ali, um olhando pro outro, com cara de paisagem, até o Pilha quebrar o gelo.

- E aí Lu, quanto tempo! Voltou para cá? 

- Pois é, meu pai teve que voltar a trabalhar aqui - falou, sem tirar os olhos de mim, e nem eu dela.

Não dá para mim definir o que realmente aconteceu ali, não era nada como se sentíssemos algo ainda um pelo outro, era só um flash back passando pela minha cabeça,de tudo que a gente passou.

- E-eu tenho que ir... Foi bom te ver - falou e olhou pro Pilha - foi bom ver vocês - e se afastou.

Pilha me encarou, e eu continuava olhando ela se afastar, depois olhei pro Pilha.

- Que foi? - falei olhando para ele, como se nada tivesse acontecido.

- Nada - ele falou rindo e levantou os braços, como se estivesse se rendendo.

Acabou o intervalo, e fomos para sala, assistimos aquelas aulas entediantes, que nunca acaba, e fomos embora, no caminho, o Pilha começou.

- Não dá cara, eu tenho que perguntar. O que foi aquilo no intervalo? - falou rindo - parecia uma menininha se apaixonando.

Olhei sério pra ele, mas ele não parou de rir.

- Não sei qual é a graça.

- Nenhuma - ele disse, tentando segurar o riso.

Ele foi lembrando disso o caminho inteiro, até chegar na rua em que ele virara. Cheguei em casa, almocei, e fiquei estudando o resto da tarde.

No dia seguinte, foi a mesma rotina de sempre, fui pra escola, cheguei, almocei, e quando eu estava estudando, o celular tocou, era o Pilha.

- Caraaaaa! Preciso de você. - falou bem animado.