Capítulo Um

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Olá queridos leitores. Começando o esquenta para a bienal.

  Hoje começo a postar o livro O Primeiro Forasteiro aqui wattpad e no meu grupo no facebook. Serão postados dia 30/08 o capítulo de estreia e os seguintes nos dias 31/08, 01/09 e 02/09. Quatro capítulos para dar uma animada nos leitores. Então, eu vou para a Bienal, e no retorno continuam as postagens. Lembrando que são 20 capítulos que estarei postando gratuitamente. O livro já está em revisão e estará completo para a leitura integral somente na Amazon em outubro.  Vejam o book-trailer que postei aqui junto com o capítulo. Beijos JFB Bauer

Capítulo Um

O sol começava a despontar trazendo aquela cor bonita que se via nas manhãs. Principalmente refletido nas águas do mar.

Na areia da praia, quase deserta, o forasteiro corria. Concentrado, tinha os punhos cerrados e parecia correr para tentar limpar sua alma torturada.

Fazia cinco dias que havia chegado àquela pequena cidade. Havia escolhido Hierápolis justamente por este motivo. O município no estado da Carolina do Sul tinha aquele nome devido a uma cidade da Grécia antiga. Pelo menos era o que a senhora que o acolheu na pequena hospedaria da cidade lhe dissera. Ali era o tipo de lugar que ele procurava. Calma e pacata. Um ótimo lugar para se passar despercebido.

Durante os últimos 6 anos essa era sua vida. Viver em cidades quase desertas de preferência o mais longe possível da civilização. Tudo para que não tivesse a mínima chance de ser reconhecido.

Era verdade, que ali havia cidades próximas que eram maiores. Charleston mesmo, não ficava a uma grande distância e era uma metrópole. Ele não gostava disso, mas também não era como se pudesse viver em uma ilha deserta. Se tivesse esta possibilidade provavelmente ele estaria lá.

Seu corpo castigado pela corrida de quase três quilômetros pedia para que ele parasse. Quando o fez estava próximo ao píer. Por todos os dias que correra passava por ali e olhava algumas embarcações. Pelo que sabia alguns moradores eram pescadores. Todavia, hoje havia apenas dois barcos. E a discrepância entre eles era imensa.

Andou pelo píer observando os dois modelos. Um era um veleiro delta 32 em ótimo estado. Uma bela embarcação. Ele entendia disso, pois possuíra um desses há um tempo. O outro um pequeno barco pesqueiro. Parecia muito antigo e não estava em suas melhores condições. Não saberia dizer nada sobre ele, pois sobre barcos pesqueiros nada entendia.

— Apenas admirando ou entende do assunto? — uma voz masculina o fez olhar para o lado.

Não havia notado, mas um senhor em uma cadeira de rodas e um jovem rapaz estava a poucos metros dele.

— Eu? — perguntou

— Sim — o homem assentiu. — Está olhando como quem entende do assunto.

— Não... quer dizer eu sei velejar, mas não entendo nada de pescaria.

O senhor riu. O rapaz que o acompanhava pulou para dentro do pequeno barco pesqueiro perguntando o que deveria fazer. Então o homem lhe deu ordens. Gírias de pescador pelo que percebeu.

O forasteiro permaneceu calado. Ele não gostava muito de interagir com os moradores locais das cidades que costumava ficar, no entanto em todos esses anos entendeu que chamaria mais a atenção se não se misturasse aos moradores do que se o fizesse. Logo, costumava conviver com as pessoas locais, sem maiores laços afetivos. Apenas convivência pacifica. E quando achava que seu tempo naquele povoado estava se estendendo demais, simplesmente partiria sem olhar para trás.

— Sou Joel Waylon. — O senhor de meia idade lhe estendeu a mão. — Aquele é Fabrício, meu ajudante.

O forasteiro estudou por um tempo o homem de fisionomia simpática que esperava seu cumprimento. Os olhos azuis e bigode vasto lhe dava uma aparência de homem simples, mas gente boa. Essa foi a impressão que o homem lhe passou.

O Primeiro ForasteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora