Capítulo 14 - Deixo

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Eu faria tudo pra não te perder
Assim!
Mas o dia vem e deixo você ir



Por Marjorie


Chego ao meu prédio, naquela noite, pós-festa, com as sandálias em punhos. Seu Elemar, me encarra sem dizer uma única palavra, mas eu sei que, ele está se segurando para não fazer as suas piadinhas, como o de costume, tirando saro da minha cara, sorrio em retribuição ao seu olhar, antes de subir. Aperto o 12, que era o meu andar. Abro a porta, atiro as sandálias para um canto qualquer e me jogo no sofá da sala, em seguida.

Minha cabeça doía e tudo ao meu redor parecia girar, flashes da noite anterior vagam pela minha mente conturbada.


"O que eu ganho em troca? Um beijo, seu, talvez?"

"Marjorie!"

"Ah não, eu já vi que não!"


Um beijo. Era só isso que eu queria. Um beijo e só.

Ah, Thiago, bem que, você podia bater naquela porta, agora, e invadir o meu apartamento, me dizendo: "Vim te beijar, Marjorie".

Fecho os olhos, toco os meus lábios, como se esse meu gesto simulasse um beijo seu, e isso é o suficiente para que eu fantasiasse o restante da cena...

— Thiago! O que você... – ele me interrompe com um beijo — Como você... – insisto, mas ele me cala, novamente, com um beijo. Só quando pausa, recobrando o folego é que ele responde a minha pergunta

— Vim te beijar, Marjorie, não era isso que você queria? – encara-me fitando os meus olhos — Quando você me perguntou: "O que eu ganho em troca? Um beijo seu, talvez?" A minha vontade era... Era...

— O que, Thiago? Diz! – provoco com os meus lábios próximos aos seus

— Isso! – tenho os meus lábios capturados pelos seus, ele me beija intensamente, faminto, voraz. Ele pausa, buscando pelo ar e eu me aproveito disso e retiro a sua camisa. Encaro o seu olhar que parece aprovar o meu gesto, reiniciando o nosso beijo, meu corpo dá de encontro com uma parede. — E se eu pudesse eu arrancaria esse seu vestido. – sussurra ele.

— Você não faria isso?

— Antes? Não. Mas agora? Agora eu posso – sinto a sua mão tocar a superfície da minha coxa, a barra do meu vestido, já estava colado à minha cintura, devido à intensidade dos movimentos. Ele puxa com força o tecido da minha calcinha, rasgando-a por completo.

— Não, Thiago!

— Você tá tão úmida... Mah me deixa sentir? – fecho os olhos consentindo e me deixo levar pelas sensações que o seu toque me causa, mas eu queria mais, eu precisava de mais...

— Tá com pressa, por quê? - questiona ele, quando percebe que desafivelei o cinto da sua calça, a puxando para baixo. Mordo o lábio inferior, e como se lesse os meus pensamentos fala:

— Você quer fazer, aqui? Aqui mesmo? – inspeciona surpreso

— Quero!

Ele gira o meu corpo, fazendo com que eu fique de costas para ele, afasta os meus cabelos para o lado, abre o feixe meu vestido, que desliza, caindo aos meus pés. Ele me toma por trás, introduzido o seu membro rígido lentamente ao meu ânus. Não contenho os gemidos de prazer e de satisfação por senti-lo com tamanha intensidade dentro de mim.

Uni suas mãos nas minhas, me mantendo ainda mais colado ao seu corpo, intensificando os movimentos, que são produzidos de maneira ágil, me fazendo inclinar o meu corpo pra frente para manter o equilíbrio.

Enquanto eu delírio palavras que o incentivam a continuar a investida, ele mantêm os seus lábios úmidos no meu pescoço.

— Thiago – eu chamo quando ele para abruptamente

— Quero conhecer o seu quarto! – cochicha ao meu ouvido — Me leva até lá – fico de frente para ele, beijo os seus lábios em resposta ao seu pedido e é envolta por beijos que o conduzo até o meu quarto. Jurei que ele me arremessaria na cama e me tomaria ali, mas sou surpreendida quando ele me abraça pela cintura, me fazendo ficar parada diante do enorme espelho do meu closet e solicita:

— Olha! Olha para você! Olha o quanto você é linda – não entendo o que ele queria com isso, notando o meu reflexo confuso, ele explica — Quero que você veja as suas reações ao seu toque. – ele diz posicionando as minhas mãos nos meus seios — Quero que você me guie pelo seu corpo. Quero que você me diga o que fazer. Mostra pra mim como você gosta de ser tocada.

Começo a acariciar os meus seios, circundando os meus mamilos de forma leve, os aperando com mais força à medida que o desejo me consumia.

— Isso, Marjorie, continua vai – diz ele como estímulo.

Então continuo, desço as minhas mãos pelo meu abdome, até chegar no orifício da minha vagina, sinto a umidade presente ali e introduzo os meus dedos ali, faço movimentos em torno do meu clitóris e a sensação de prazer é imediata

— Ai Thiago, eu não... não.. eu vou. – sinto minhas pernas fraquejarem

— Continua vai... Continua! Eu tô aqui... Eu te seguro. - quando ele me diz isso, eu tombo o meu corpo para trás, ele acaricia os meus cabelos banhados pelo suor quando encosto a cabeça nos seus ombros

— Olha! Olha como você consegue proporcionar prazer a si mesmo. Olha meu amor – abro os olhos, encarando o meu reflexo no espelho — Você nem precisa de mim para ter prazer.

— Eu preciso, preciso, preciso sim! – afirmo pegando as suas mãos – Me toca!

— Aonde, meu amor?

— Aqui! – posiciono as suas mãos nos meus seios — Me toca como eu te ensinei!

— Assim, meu amor?

— Assim... Aqui, Thiago! – guio as suas mãos pelos meus mamilos excitados

— É assim que você gosta meu amor? – com uma das mãos ele agarra o meu seio, enquanto a outra prende os meus cabelos numa espécie de rabo de cavalo — Fala meu amor! – sussurra ele, pressionando com força a minha mama.

— Ah, Thiago, não me chama assim. – ele beija a minha nuca e intensifica os coitos, impulsionando o meu corpo para frente.

— Assim como, meu amor?

— Ah... Ah, você sabe!

— Não, eu não sei, fala pra mim, meu amor?

— Ai... Ai para! Para de me provocar, Thiago!

Volto à tona, percebendo que passei a noite jogada no sofá da sala, cabelos bagunçados, roupa amarotada, coração acelerado e respiração ofegante. Sensações geradas pelo meu desejo incontido. Tudo não passou de um delírio, de uma fantasia louca da minha cabeça, mas mesmo assim não deixo de sorrir ao imaginar a possibilidade disso se tornar real.

Ah, Thiago, e se, tudo isso pudesse, mesmo, ser verdade? Eu me jogaria nos seus braços e me entregaria a esse beijo e a tudo mais. Sem medos, sem reservas, sem pudores! Danem-se as consequências. Danem-se o que os outros fossem pensar. Eu faria tudo pra não te perder, assim. Mas, fazer o que, se o dia vem e deixo você ir? Fazer o que se eu só podia tê-lo nos meus sonhos?

Sorte a dela, ter um dia antes da segunda-feira para se recuperar e se preparar para mais um dia de labuta, porque mal sabia ela, que esse dia seria longo e prometia fortes emoções...

Uma Amizade Pode Mudar Tudo?Onde histórias criam vida. Descubra agora