04 de fevereiro de 2013
Por Thiago
Abro o notebook. Checo os meus e-mails, o penúltimo bloco de capítulos já havia sido envido e apesar da obrigação de ter que lê-los, adio a tarefa, evitando assim a sensação de que Meu Deus, está acabando. Daqui um mês e um pouquinho as gravações terminam e tudo acaba.
Será? A quantidade de e-mails que recebo das fãs Laureds, me faz crer que não. A caixa de entrada novamente está cheia deles. Me espanto, a matéria que Marjorie e eu concedemos ao site da novela, bombou. Não há um e-mail delas que não comente sobre o assunto.
- O que você está lendo?
- Ah, tem as Laureds... Recebo vários e-mail delas. É muito engraçado. Descobri que com a Marjorie é a mesma coisa, o pessoal cai em cima dela. - Mordo a língua, arrependido. É tarde para voltar a traz e evitar os olhares repreensivos da Mariana.
- Eu quero ver é como você vai lidar com a pressão de quererem você junto com ela e não comigo. Não vai demorar muito para que você se dê conta do status que você pode receber.
- Mas isso já está acontecendo, Mariana, só não vê quem não quer - digo, desejando: -, boa noite.
- Boa noite, aonde você vai?
- Vou ler meus e-mails no quarto de hóspedes. - Com o notebook junto ao corpo, ponho-me de pé e arrasto os chinelos rumo ao quarto.
- Ah... você continua com essa brincadeira? - O divórcio? Arqueio as sobrancelhas.
- Eu falei sério quando disse que queria o divórcio, Mariana, se você achou que era uma brincadeira, lamento. - Interrompo o meu andar. - Ah, eu vou sair dessa casa o quanto antes, não se preocupe.
- Você não vai sair dessa casa, não se eu puder evitar. - ameça. - Você não sabe do que eu...
- Ah... eu sei, sim, você deixou claro isso, hoje. - Mariana me olha sem entender. Melhor assim.
Eu tinha motivos para me preocupar, claro. Se ela soubesse o que aconteceu hoje, mais cedo, então...
É um absurdo como ela consegue fazer esse jogo. A grua se move enquanto eu abraço e ela sorri com o olhar radiante, o mesmo que há quinze minutos mal olhava para mim. Eu consigo fazer o mesmo, se ela consegue porque eu também não conseguiria.
A lente da câmera foca o nosso rosto. Estou deitado de frente pra ela, minha mão esquerda desliza carinhosamente em suas costas. Sou eu ou está quente, mais quente que o normal? Deve ser apenas excesso de iluminação.
- A gente precisa acorda? - murmuro, trazendo o seu corpo mais perto, continuo a acariciar suas costas num vai e vem suave, não resisto, desço um pouco mais, escorrego no quadril e volto rapidamente pousando a mão sobre a sua cintura.
- Precisa. - Ouço-a concordar, roçando os lábios em um beijo curto.
- Precisa levantar? - pergunto novamente com os olhos semicerrados.
- Nã-o... Não, levanta a gente não precisa, não. - Sorri com graça. - A gente pode passar o resto da vida aqui.
- Pra sempre, nessa cama.
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Uma Amizade Pode Mudar Tudo?
FanficVocê estabelece laços de carinho com as pessoas e, de repente, a gente não se encontra mais. Dá muita pena! Eu tenho medo de perder essas pessoas que eu ganhei. Tô morrendo de medo que isso aconteça. Essa convivência já me modificou, já ganhou um es...