Capítulo 48 - "Descobri que com a Marjorie é a mesma coisa."

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04 de fevereiro de 2013


Por Thiago


Abro o notebook. Checo os meus e-mails, o penúltimo bloco de capítulos já havia sido envido e apesar da obrigação de ter que lê-los, adio a tarefa, evitando assim a sensação de que Meu Deus, está acabando. Daqui um mês e um pouquinho as gravações terminam e tudo acaba.


Será? A quantidade de e-mails que recebo das fãs Laureds, me faz crer que não. A caixa de entrada novamente está cheia deles. Me espanto, a matéria que Marjorie e eu concedemos ao site da novela, bombou. Não há um e-mail delas que não comente sobre o assunto.


- O que você está lendo?

- Ah, tem as Laureds... Recebo vários e-mail delas. É muito engraçado. Descobri que com a Marjorie é a mesma coisa, o pessoal cai em cima dela. - Mordo a língua, arrependido. É tarde para voltar a traz e evitar os olhares repreensivos da Mariana.

- Eu quero ver é como você vai lidar com a pressão de quererem você junto com ela e não comigo. Não vai demorar muito para que você se dê conta do status que você pode receber.

- Mas isso já está acontecendo, Mariana, só não vê quem não quer - digo, desejando: -, boa noite.

- Boa noite, aonde você vai?

- Vou ler meus e-mails no quarto de hóspedes. - Com o notebook junto ao corpo, ponho-me de pé e arrasto os chinelos rumo ao quarto.

- Ah... você continua com essa brincadeira? - O divórcio? Arqueio as sobrancelhas.

- Eu falei sério quando disse que queria o divórcio, Mariana, se você achou que era uma brincadeira, lamento. - Interrompo o meu andar. - Ah, eu vou sair dessa casa o quanto antes, não se preocupe.

- Você não vai sair dessa casa, não se eu puder evitar. - ameça. - Você não sabe do que eu...

- Ah... eu sei, sim, você deixou claro isso, hoje. - Mariana me olha sem entender. Melhor assim.


Eu tinha motivos para me preocupar, claro. Se ela soubesse o que aconteceu hoje, mais cedo, então...


É um absurdo como ela consegue fazer esse jogo. A grua se move enquanto eu abraço e ela sorri com o olhar radiante, o mesmo que há quinze minutos mal olhava para mim. Eu consigo fazer o mesmo, se ela consegue porque eu também não conseguiria.


A lente da câmera foca o nosso rosto. Estou deitado de frente pra ela, minha mão esquerda desliza carinhosamente em suas costas. Sou eu ou está quente, mais quente que o normal? Deve ser apenas excesso de iluminação.


- A gente precisa acorda? - murmuro, trazendo o seu corpo mais perto, continuo a acariciar suas costas num vai e vem suave, não resisto, desço um pouco mais, escorrego no quadril e volto rapidamente pousando a mão sobre a sua cintura.

- Precisa. - Ouço-a concordar, roçando os lábios em um beijo curto.

- Precisa levantar? - pergunto novamente com os olhos semicerrados.

- Nã-o... Não, levanta a gente não precisa, não. - Sorri com graça. - A gente pode passar o resto da vida aqui.

- Pra sempre, nessa cama.

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