Capítulo extra: o General

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Monte Ótris

O General observava a paisagem ao seu redor, não a admirando ou algo desse tipo, apenas a observava. Logo seu superior iria chegar, pelo menos era o que ele esperava.

A era dos titãs havia tornado-se apenas uma lembrança ruim na história do mundo, era o que pensava-se. Os deuses, a suposta "evolução dos titãs" conquistaram o direito de governar o mundo ao derrotá-los. Mas, logo isso também será apenas mais uma lembrança ruim na história do mundo.

Era o que Cronos lhe dizia, quando ele  pequeno.

Sim, ele foi criado pelo senhor do tempo, desde seu nascimento, sua relação com ele não era exatamente de pai e filho, era mais como de chefe e servo.

Claro, apesar de não concordar sempre com suas filosofias,  ele era leal a ele, pois Cronos era o mais próximo que ele já chegou de ter uma família.

E ele não abandonava a família, nunca.

Novamente ele voltou a olhar para o horizonte, seu olhar não continha qualquer tipo de emoção, apesar de fazer séculos que ele não via o céu. Porém, se penetrassem realmente fundo em seus olhos verdes, podia-se detectar uma  faísca de curiosidade brilhar, era a sede, quase incontrolável, de conhecimento.

Essa, na realidade, foi a razão pelo qual ele não pode juntar-se para lutar ao lado de seu senhor na última guerra. Sua sede de conhecimento, mais de um milênio atrás, levou-o a procurar mais sobre o feitiço que Gaia usou para hibernar, ele não pretendia usar em ninguém em especial, apenas queria saber o que poderia ser tão poderoso ao ponto de colocar um primordial para dormir.

Olhando agora, ele tinha que admitir sua estupidez e arrogância. Certamente ele era um deus, mas não invencível, a história de seu superior era a prova disso. Realmente, por qual motivo ele resolveu testar o feitiço numa caverna profunda, sem ninguém para ajudá-lo, ele nunca iria compreender.

A consequência, óbvia para qualquer leigo, foi que ele hibernou durante mais de milênio e assim permaneceria eternamente, se a mãe Gaia não o tivesse despertado há  quatro séculos. Ela lhe contou sobre a guerra e o que havia acontecido com seu mestre. Após seus sutis comentários sobre a total estupidez da estratégia utilizada por eles, jura? Mostrar o plano de cara, poupar semideuses ao invés de matá-los? Lutar sem recuperar seu potencial total? O General mal podia acredirar na estupidez de seu mestre e de Gaia. Ele sabia que não poderia depender apenas de força bruta. As estratégias ganhavam guerras, eram mais confiáveis e maleáveis. Quando ele falou isso para Gaia, ela lhe deu um sorriso caloroso e lhe disse que ele os conduziria  à vitória, desta vez.

Então, o General  traçou um plano, digno de primordiais.

Digno dos próprios guardiões e, logo a fase três estaria concluída.

Novamente ele olhou para o horizonte, o retorno de seu mestre logo aconteceria. O general caminhou pacientemente até os jardins secretos, localizado no profundo do monte, ironicamente.

Ele tinha que avisar Hashiro, seu braço direito, soldado mais competente, leal e estranho, que seu mestre estava voltando.

Ao abrir os portões do jardim, fantástico em sua própria maneira, ele avistou Hashiro, como um ponto negro no meio de  todas as cores das flores. Seus cabelos eram longos, negros e espetados, usava uma armadura também negra, com um design único, seus olhos eram de uma cor roxa penetrante e ele carregava duas foices pratas em suas costas.

Ele era Hashiro, o filho secreto de Tânatos e Estige, aprendiz de Nix, o deus das sombras,  da escuridão e do equilíbrio. Com certeza seu poder faria qualquer deus tremer em suas bsses.

Guardiões (fanfic Percy Jackson) - [EM EDIÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora