Guardiões (fanfic Percy Jackson) - [EM EDIÇÃO]

Capítulo XXXII: E o jogo virou

Terra, Acampamento Meio-Sangue, palacete dos guardiões.

P. O. V Annabeth.

A tensão na sala era quase opressora, eu e os campistas não sabíamos que movimento tomar mas, pela primeira vez, os guardiões também não sabiam.

"O que faz em nossa casa, filha de Atena?" Perguntou Alfa, com extrema rigidez e frieza. Se pedissem a minha opinião sobre Alfa, eu diria que, com certeza, ela tinha uma espécie de inimizade por mim.

"Ouvimos um grito vindo daqui."  Disse Clarisse, bruscamente. "Depois, viemos ver se estavam bem, mas acabamos num corredor esquisito e depois viemos parar nesta sala!" Completou, apontando para os quadros.

"Importam-se de explicar porque esses quadros bizarros se mexem e uma legião romana dada como morta há quase um milênio trabalha com vocês." Ela rugiu, apontando para os tenentes e a tensão tornou-se ainda mais intensa.

De repente, Ômega andou calmamente até o lado de seu tenente/Jason e, com apenas um aceno de mão, a máscara quebrada recontruíu-se, cobrindo seu rosto novamente, como se nunca tivesse sido quebrada.

"Somos protetores de diversos planetas do universo, como já dissemos antes." Começa Ômega, com a voz calma. "Mas, mesmo com os nossos poderes, necessitávamos de pessoas confiáveis e que pudessem nos ajudar. Bem, uma legião abandonada por sua lealdade a um semideus, foi a prova que eles eram o que procurávamos." Ele completou, deslizando, quase flutuando, para o lado de sua esposa.

"Sinto muito pelo desagradável passeio." Falou Delta, porém percebi que sua voz não mostrava qualquer remorso. Na verdade, ameaço dizer que um sorrio de escárnio dividia suas feições no momento em que ele disse aquilo.

"O palacete não é muito gentil quando forasteiros tentam explorá-los." Ele completou, com os olhos dourados vidrados nas paredes do palacete. A máscara dourada só ressaltava seu olhar maníaco.

"Você fala como se o palacete fosse vivo." Fala Leo, gaguejando, ainda abalado pelo reencontro, assim como eu. Delta deu uma gargalhada, que ressoou pela sala.

"Depende do que você considera vivo, Leo Valdez." Ele respondeu, com os olhos brilhando em divertimento.

"Foi você que projetou o palacete." Afirmo, com um misto de respeito e admiração, talvez até um pouco de medo. Ele estalou os dedos e as paredes da sala começaram aproximar-se de nós, logo depois, com mais um estalar de dedos, tudo voltou ao "normal". Todos os conselheiros o olharam com admiração e medo, ele apenas deu uma saudação simulada, confirmando minha afirmação.

"Sim, senhorita Chase. Eu fui o arquiteto que projetou este palacete. Quanto ao que encontraram, não sei a razão de tanta surpresa, vocês não prestaram atenção quando nos apresentamos?" Ele perguntou, com estranha  curiosidade, encarando-nos, os olhos dourados queimando em divertimento.

"Mestre dos truques..." Clarisse murmura, a voz pingando com ressentimento.

"Como..." Antes que pudesse terminar a pergunta, Blade me cortou. As chamas bruxelantes em sua máscara se intensificaram.

"Não é do interesse discutir o sistema de nosso castelo agora, Annabeth. Talvez outra hora." Ele falou, numa voz profunda.

"Quanto ao pedido dos quadros, certamente posso dar-lhes uma explicação básica." Sugeriu Skyllar, numa voz suave. Acariciando a moldura de um dos quadros.

"Uma explicação simples não basta!" Rosnou Clarisse. "Vocês nos espionam há tempos." Ela acusou, apontando para o primeiro quadro que visualizamos.

"Clarisse, você sabe que planetas eu e Ômega guardamos, correto?" Perguntou Alfa, um pouco irritada e Clarisse franziu a testa.

"Terra e Aureum." Respondi, olhando de relance para o quadro do último, em admiração.