Prólogo

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As vezes as pessoas pensam que não temos sentimentos, que estamos ali unicamente para servir, seja com trabalho ou satisfação sexual, que o nosso gênero define a pessoa e o caráter que temos.

Eu venho de uma família onde na nossa cidadezinha se você chegar a sua idade de maturidade (o que depende de cada um, o que pode ser dos 12 aos 17) e se tornar um ômega você é considerado como uma vergonha, agora se você chega a essa maturidade e se torna um ômega macho você é considerado uma aberração, porque pelo menos na minha cidade homens nasceram para comanda e ter um homem como submisso é inaceitável.

A alguns meses atrás eu estava voltando do colégio passando na frente de um beco quando do nada eu senti um enorme calafrio passar pelo meu corpo, minha entrada se contrair e liberar meu lubrificante natural, o meu cheiro ficou umas dez vezes mais forte e minha mente ficou quase que em branco de um momento para o outro.

Eu realmente gostaria de dizer que esse momento não mudou a minha vida, mas a gente não tem tudo o que quer, esse simplesmente foi o começo do inferno que a minha vida se tornou.

Nesse dia eu entrei no meu primeiro cio, mas não do jeito que eu esperava, pois pra mim eu seria um alfa, mas pra meu desespero eu era a aberração de um ômega.

Após o meu cheiro se intensificou a única coisa que senti foi um par de braços fortes me agarrando e puxando para dentro do beco, e você já deve imaginar o que aconteceu.

Agora você deve imaginar que foi como naquelas historinhas onde o alfa encontra o ômega no meio de um cio, o ajuda, depois acabam se conhecendo e no mais tardar num dois meses você se descobre gravido e o casal tem o filho e acabam vivendo felizes para sempre.

Mas comigo não, o alfa que me puxou para o beco não me ajudou com o cio, ele simplesmente me estuprou.

O que mais doeu de tudo isso não foi o estupro em si, mas sim quando eu voltei para casa e os meus pais descobriram o que aconteceu, eles simplismente me olharam com nojo e repulsa, eles não quiseram saber o que aconteceu, não olharam minhas roupas rasgadas, meus ematomas super roxos, não fizeram nada.

Como na nossa cidadezinha a cultura é de que quando se desonra um ômega esse alfa é obrigado a se casar com esse ômega, e foi o que aconteceu, eu fui forçando a me casar com o alfa que mais me dava medo e nojo.

Como se não bastasse tudo isso eu engravidei. A gravidez foi um período horrível pra mim, as pessoas me olhavam com nojo na rua e dentro de casa eu era constante humilhado.

Mas ninguém se preocupou em que eu ainda nem tinha 15 anos.

Minha gravidez foi solitária, estava grávido de um menino que eu escolhi que ele se chama-se Niall.

Quando eu enfim dei a luz ao meu bebê foi um grande alívio o conhecer, um serzinho loiro de olhos azuis, meu bebê nasceu dentro do meu quarto comigo sozinho. Depois de um tempo olhando o meu bebê eu acabei dormindo e quando eu acordei estava na carroceria de um carro em movimento, com os olhos vendados e o meu filho nos braços.

Depois de um tempo o carro para e meu marido me tira juntamente com meu filho dele e me joga na estrada no meio do nada dizendo que não me quer nem meu filho, ele entra no carro e vai em alta velocidade embora me deixando sozinho com meu filho nos braços.

Agora a única coisa que me passa pela cabeça é salvar a minha vida e a do meu Niall.

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My Boo_Larry Stylinson(ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora