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'Blue'

Acordo com o despertador ás 7:30 da manhã. Isto de ter aulas ás 09:00 não é nada fácil.

Levanto-me após 10m e dirijo-me para a casa-de-banho do meu quarto para tomar um banho refrescante.

Depois de quase meia-hora de banho saio do pequeno compartimento e guio-me até ao meu roupeiro, de toalha no corpo e na cabeça.

De repente sinto alguém a abrir a porta bruscamente.

-Taylor, o que é que estás aqui a fazer? -eu digo num modo autoritário mas num tom baixo.

Ele não responde e apenas se dirige a mim e empurra-me contra o roupeiro. Passa a sua mão pela minha bochecha e observa-me com os seus olhos castanhos. Depois do que parece uma eternidade mas apenas foram uns segundos, ele beija-me. Apesar de eu saber que é errado eu simplesmente não consigo afastar-me dele, é como se ele fosse um íman.

Depois de nos separar-mos ele olha para mim e esboça um sorriso.

-Tens noção que estás de toalha certo? E basta um simples movimento que ficas sem ela... -ele diz com uma expressão divertida.

-Sai daqui Taylor. -eu digo quando consigo separar-me dele.

-Porquê que fazes isto? Beijas-me e a seguir...

-Vais demorar muito? -eu digo e aponto para a porta.

-Como queiras. -ele diz irritado e bate a porta.

Ignoro o pensamento que beijei o meu irmão e continuo a escolher a minha roupa.

Escolho uns calções um pouco curtos de ganga com alguns rasgões, um top da cor do meu cabelo que diz "You have no right to judge me" (Tu não tens o direito de me julgares), as minhas vans pretas e o meu piercieng de umbigo preto.

Para maquilagem faço um risco com o eyeliner, aplico lápis, rimél e um batom preto 24 horas, para não sair quando estiver a comer.

Seco o meu longo cabelo azul, que antes era preto, penteio-o e deixo-o da maneira que mais gosto, solto.

Coloco apenas um caderno e o estojo na minha mochila preta de cabedal, visto que hoje é só a apresentação.

Ponho um pouco de perfume e saio do meu quarto indo em direção á cozinha.

Quado lá chego apenas está lá o Mark.

-Bom dia querida! -ele diz e sorri.

-Bom dia! -digo e dou um sorriso fraco. -A minha mãe?

-Ela teve de sair mais cedo por causa de umas coisas da universidade. Sou eu que vos levo hoje.

Quando ele acaba de falar o Taylor entra na cozinha sem dizer uma palavra.

-Bom dia Taylor! -o pai dele fala e ele apenas resmunga algo que ninguém percebe.

Ando até ao frigorífico e tiro de lá um yogurte de morango, para beber.

O Taylor come uma taça de cereais rapidamente e quando acaba deixa a taça na banca.

-Bem meninos, já estão prontos? -ele pergunta e ambos assentimos.

Saimos de casa e o Taylor vai sempre á minha frente, sem nunca olhar para trás. Pude observar a sua mochila, que por acaso é muito fixe. Tem grafitis de várias cores e formas, como se fosse mesmo um muro que habitualmente é vandalizado por pessoas que gostam de exprimir a sua "voz" ou por outras que apenas o fazem porque acham que são rebeldes ao pintarem muros e paredes alheias.

Entramos no carro que está estacionado na garagem e ouvimos o motor a ligar e a porta da garagem a abrir.

A viagem para a escola é curta, apenas 5m de carro e, provavelmente, 10m a pé. Apenas músicas de fundo que não me interessam nem um pouco são ouvidas.

Dear StepBrother // Taylor CaniffOnde histórias criam vida. Descubra agora