- Ei, Maaaicon! - Ouviu o berro vindo da cozinha.
- Pelo amor de Deus, o quê que a senhora já quer? - Desceu as escadas correndo.
- Mas olha... - Colocou uma das mãos na cintura e virou-se para o filho. - Fala direito comigo.
- Arriégua, falei nada demais. - Se defendeu. - Mas me diga, o quê que a senhora quer?
- Vá lá na casa do Luquinhas e peça, por favor, pra dona Lizandra encher essa tupperware de açucar. - Entregou-lhe o recipiente e voltou a mexer a massa do bolo.
Maicon se dirigiu a porta e correu para a casa dos vizinhos. Chegando lá estava ofegante e após tocar a campainha no mínimo três vezes, desistiu e foi logo tacando uma das pedrinhas que estavam jogadas na calçada na janela de Lucas, na parte lateral da residência.
- Diabo é isso? - Lucas disse acordando espamtado e procurando de onde possivelmente poderia ter vindo o barulho que havia escutado.
Até que ouviu uma voz baixinha dizendo: "Robertinho!"
- Marminino, o quê que tu já quer? E para de me chamar assim, porque tu sabe que eu não gosto. - Abriu a janela e respondeu emburrado.
- Cadê tua mãe? Abre a porta pra mim! - O mais velho dizia eufórico lá de baixo.
- Eu sei lá. - Franziu o cenho. - E tu quer fazer o que aqui dentro?
- Acabou o açucar lá de casa e mainha mandou eu pedir um pouco da sua. - Explicou.
- Mas ela não tá aqui. - Ainda estava com raiva por Maicon o ter acordado justo no seu soninho da tarde.
- Mas tu tá, mana! Abre aí! - Gritou a última parte e voltou para a porta de entrada.
Desceu os degraus batendo os pés, mas desceu. Afinal, mesmo morrendo de preguiça, não ia negar nada a dona Karen, ela sempre cuidou muito bem de Lucas quando sua mãe tinha que trabalhar até muito tarde ou tinha algum compromisso nos fins de semana. Ou só quando ele ia brincar (atualmente, jogar algum video game, ver filmes e conversar sobre qualquer coisa) com Maicon em sua casa.
- Eita. - Maicon o encarou. - Dá um sorriso logo que cara feia pra mim é fome.
- Tô com fome mesmo. Aliás, vou pra tua casa comer esse bolo.- Rebateu e quando se deu conta o maior já estava na cozinha.
- Coitado... - Maicon abria o pote de açúcar que havia pegado do armário logo acima de sua cabeça e despejava na tupperware.
- O que mais tem pra comer lá, então? - O loirinho indagou aproximando-se do de cabelos pretos.
- Bastante tucumã (mídia). - Respondeu o outro.
- Ave Maria, quero nada! - Saiu de perto de Maicon e sentou-se no balcão.
O mais alto terminou o serviço e guardou o pote de volta no lugar, virou-se para Lucas:
- Mas quer brincar de manja esconde na rua? - Perguntou esperançoso.
- Quero.
- Então rambora. - Sorriu largo e depois do mais novo calçar as havaianas, ambos correram rumo a fora.
- Vou chamar o Cleiton e o Antonio enquanto tu entrega o açúcar! - Gritou Lucas e pode ouvir um "Tá" de Maicon.
De repente, o dia dos dois parecia estar melhorando.
*****
Fala, manasss! Só p avisar que a gente come tucumã puro (tem um gosto salgado e meio amargo no final) ou então com pão e queijo coalho e mucura é, nada mais, nada menos que o que vocês devem conhecer por "gambá", mas aqui a gente não chama assim . Ah, e o Luquinhas tem 14, o Maiquinho 15 e o Cleiton e o Antonio tbm.
BJO NA VOCA VIADO ✨✨✨
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Keeping Up with the Mucuras.
FanfictionOk. Isso aqui vai contar a história e as aventuras da vida da 5sos se eles fossem brasileiros e melhor, amazonenses. É um jeitinho simples que eu arranjei pra fazer vocês rirem bastante, porque vocês merecem. Ah, e o Muke é PORQUE É O MUKE E TEM QUE...