Já se passavam das 10hs da noite, então peguei minha bolsa e sai da lanchonete em direção ao hotel.
Ruas escuras, trânsito calmo, tudo estava deserto.
Em um beco escuro onde "não havia ninguém" ouvi um barulho, parecia um metal se arrastando em uma parede.A cada segundo o barulho se aproxima dos meus ouvidos, e naquele beco escuro vejo uma silhueta masculina, ele se aproxima mais deixando visível a origem do barulho, uma faca rangendo contra uma parede pinxada e um homem forte usando uma máscara segurando a faca.
Eu abri a boca em espanto, me afastei do beco e corri, mas percebi algo me atrapalhando então parei e tirei o salto rapidamente (vi um vulto correndo em minha direção) e voltei a correr. Minhas pernas não pareciam minhas,, eu estava no corpo de atleta, meu coração acelerava a cada passo.
Em nenhum momento eu olhei para trás, eu apenas corria e corria, mas eu ainda tinha um destino e ele estava à apenas 3 metros, mas de repente ouvi passos mais perto e não eram os meus, apesar de correr mais rápido eu senti um peso em minhas costas que me levou ao chão.
Minha cabeça estava sendo emprenssada, com uma mão pressionando forte meu pescoço, eu sentia meu rosto esquentando de adrenalina, mas eu sabia que havia uma faca ali então fiquei imóvel.Fechando meus olhos fortemente esperei alguma piedade:
-Não grite
Não respondi, mas senti que este homem tinha problemas, então virei ao olhar pra ele coloquei as mãos na cabeça, pois minha cabeça estava doendo e eu precisava sair dessa.Uma criança em um balanço, uma mulher chega e lhe leva a um orfanato, alguns anos se passam e um homem vai ao orfanato alegando ser o pai só garoto:
-Você precisa ir até aquele carro e dizer que precisa de dinheiro... Pra se alimentar.
O garoto volta com gorjetas e pergunta o que vai comer, ele é ignorado e dali em diante é obrigado sobreviver nas ruas depois de ver o próprio pai levar um tiro no peito.Agora ele tinha uma dívida eterna...Precisava pagar o que seu pai deixou em débito roubando, matando e viver em desgraça.