Encontrado

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[Prólogo]


- Ei bandidão! Tenho uma surpresinha incrível para você...

 Os pelos do corpo do senhor Toledo arrepiaram-se quando sua mulher entrou dentro do quarto vestida de lingerie preta com os seios bem apertados sob o sutiã.

- Você vai me deixar aqui esperando é? - ele disse para sua mulher com uma voz grave cheia de desejo.

 Por mais que Sr.Toledo tivesse uma idade avançada, 46 anos, ele não iria negar uma boa safadeza com a mulher. Ele casou quando tinha 19 anos, não por vontade própria e sim porque o seu sogro o obrigou logo após descobrir que ele havia desvirginado sua filha.

 Denise, esposa do Toledo, amava seu marido assim como amara sua filha mais nova. O casal teve apenas uma filha que veio a falecer muito cedo por conta de uma febre amarela. Depois disso eles abandonaram a ideia de ter filhos e continuaram com um matrimônio monótomo e sem graça, baseado em guardar dinheiro para viajar e fazer compras uma vez ao ano.

 Toledo era alto, tinha quase dois metros de altura, sua pele era queimada por horas e horas de trabalho braçal de pedreiro que ele exercia. Seus cabelos já mostravam uma calvície aparente e uma barba negra preenchia metade do seu rosto. Todo seu corpo era preenchido por pelos que jamais foram raspados na vida. Aquilo era o que mais excitava a mulher de 42 anos. Denise tinha apenas 15 anos quando fora forçada a casar e por mais que o tempo tivesse passado, ela ainda mantinha uma aparência jovial. Seus seios não eram caídos, seu rosto tinham algumas rugas, mas mesmo assim era objeto de inveja por todos da vila Celestino.

 O casal sempre teve uma vida sexual ativa, mas depois da morte da filha as coisas esfriaram um pouco. Após a tragédia, eles ficaram sem manter relações por quase um ano. Quem mais parecia sofrer era Toledo, que mesmo com as investidas da mulher, parecia não ter mais interesse na coisa. O tempo preencheu a dor dos dois, mas mesmo assim o fogo do amor e do desejo já não passava de uma faísca.

 Até que as coisas começaram a arder em chamas novamente.

 Uma semana atrás Denise estava tendo uma grande crise. O marido não transava com ela já fazia mais de um mês e depois de várias tentativas a única coisa que ela ganhava era uma brochada vinda dele. A mulher chegou a cogitar o adultério, conhecia um homem de nome Jair que sempre fazia uns favores para a família, esse mesmo homem tinha por volta da sua idade e uma cara de safado que a enlouquecia por completa. Porém, sua fidelidade era uma das coisas que mais a orgulhava na vida e assim a traição estava fora de contexto.

 Sem alternativas, Denise chegava do trabalho e sentava no sofá vendo as horas passar e sua vida indo junto. Irritada, ela chorou pela filha, pela vida triste e infeliz que levava todo dia e por não encontrar nenhuma solução para seu sofrimento. Nesse mesmo instante de desabafo emocional, seu marido chegou na casa em viu o seu estado.

Vinte sete anos de casados e Denise explodiu pela primeira vez com seu marido. Foi uma discussão sem limites, ambos gritaram, choraram e no final Denise acertou o marido com tapa na cara que eternizou um silêncio no vácuo. O tapa acordou algo em Toledo, ele tinha se sentido vivo, energizado. Denise tentou pedir desculpas e o beijou, mas não era isso que o seu marido queria.

 Toledo queria apanhar mais. Toledo queria ser xingado, maltratado.

 Assim a relação dos dois se elevou em outro nível. Eles transaram todos os dias da semana com Denise dominando seu marido, o humilhando na cama, o tornando um submisso. No começo ela só dava tapas em sua cara ou também esmagava suas partes sensíveis. Com o passar do tempo Denise tentou ousar mais, tentou até uma penetração de dedos no orifício anal do marido, isso o fez dar a melhor gozada dos vinte sete anos de casados. Algemas, cintas, chicotes... Toledo estava completamente a mercê de sua mulher.

Lendas de amor e sangue: Vila CelestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora