Apollo...

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- Eu juro que eu vou tentar! - Falo o abraçando.
Quando vou me soltar do abraço, ele me aperta mais forte.

- Vamos nos arrumar, pra não pegarmos a estrada muito tarde. - Fala olhando em meus olhos.

- Realmente é melhor - concordo com a cabeça. - Vou tomar banho e arrumar a bolsa.

- Farei a mesma coisa.

[...]

- Falta mais alguma coisa pra colocar no carro?

- Acho que não,acho que coloquei tud...há não espera! - Falo entrando na casa.
Volto com o pijama na mão - Meu pijama favorito. Se eu esquecesse nós iríamos voltar.

- Agora não falta mais nada?

- Não- respondo com convicção.

Apollo verifica as janelas e então tranca a porta.

- Tem um restaurante à uns dez minutos daqui. Vamos comer depois pegamos a estrada?Ainda não almoçamos.

- Tudo bem, estava morrendo de fome mesmo -Falo rindo.

Apollo passa uns dez minutos dirigindo, até que vejo um restaurante simples, porém muito arrumado.

Era de frente pro mar, tinha mesa e cadeiras de uma madeira rústica. Forrado na mesa era uma toalha branca, com coqueiros verdes estampados.
E estava bem cheio,só tinham duas mesas disponíveis.
Nos sentamos em uma, e Apollo  pediu a comida por nós dois. Não entendi o que ele pediu,pois estava distraída olhando um enorme aquário, com carpas gigantes acoplado na parede.

- Não é magnífico? - Falo embasbacada.

- O quê? - Fala olhando pros lados.

- Ali! O aquário. - Falo apontado pro mesmo.

- Ah! Realmente muito lindo.

Depois de alguns minutos conversando, chega nossa comida.

É uma espécie de bobó de camarão, com arroz e algo que não conseguir distinguir. Mas nem perguntei, a fome era maior que a curiosidade.

- Nossa é muito bom!-Falo depois de engolir a comida.

- Sempre que venho aqui, peço esse prato.

- Você tem bom gosto.

- Eu sei - fala convencido, enquanto reviro os olhos.

Comemos, e ficamos jogando conversa a fora, até que olho no celular.

- Nossa já são cinco e meia! - Falo surpresa.

- Já! Vou pagar a conta e nós vamos.

Espero ele pagar, e vamos em direção ao carro. Entramos nele, e partimos.

Depois de meia hora de viagem, passamos por uma parte da Br, que é uma espécie de precipício, de onde ainda dava pra ver o mar.

- Que lindo! - Falo olhando pela janela.

- A lua está cheia e imponente. Que visão linda. - Fala também olhando pra janela.

- Verdade, a lua de encontro ao mar está perfeita. Mas olhe pra frente. - Falo virando seu rosto.

- Eu sei andar aqui de olhos fechado Ari, não se preocupe - fala orgulhoso.

- APOLLO...

Tudo fica escuro, sinto meu corpo ser jogado de uma lado para um outro. Minhas costelas doeem, como se uma barra de ferro tivesse sido arremessada nela. Minha cabeça bate no vidro do carro, até que não vejo e nem sinto mais nada.

Meu destino é andar sem destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora