Capítulo 2

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Sol, frio, nevoeiro. Típica manhã de Domingo em Spitpurg. Acordei às 08:27, muito cedo para alguém que passou a metade da noite em claro planejando sua morte. Sonhei que eu estava em uma floresta escura, ao pé de um rio vermelho, e na tentativa de descobrir se a água do rio era sangue, tomei um gole. Imediatamente meu corpo todo se petrificou, e tudo ao redor começou a brilhar e a desmoronar e quando eu estava prestes a ser esmagado por um tronco eu acordei. Acho chato o fato de que em sonhos você nunca morre. Pensando melhor no assunto o fato de que você acorda quando morre em um sonho pode significar a existência de uma pós-vida. Isso me parece muito religioso, não gosto de pensar muito nisso porque em toda minha vida eu nunca me liguei a nenhuma religião, mesmo meus pais sendo super católicos. O ser humano sempre teve uma necessidade de saber tudo, porém nem sempre eles conseguem, e é aí que a religião entra, creio que é só um meio do ser humano poder ter conhecimento do desconhecido, atribuindo tudo como vontade de um ser supremo, e usando a merda daquele argumento que eles acham que ganha tudo "Foi da vontade de Deus". Sempre tive medo de assumir certas coisas, mas agora me faltando apenas 3 semanas de vida, assumo com todo orgulho que sou ateu. Talvez agora eu tenha um lugar reservado no inferno, mas em poucas palavras, não tô nem aí.

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