(Bad) Luck *Concluída*

Capítulo 87 e 88

E com este capítulo eu destruo sonhos das Brandrose Shippers. Amém.

*

ALGUÉM ME INVENTE UM NOME PARA UM PUTO ESTÚPIDO DA MINHA TURMA QUE JÁ ME METE NERVOS!

*

Comentem e votem. HÁ KISS, É UM CAPÍTULO DUPLO, MEREÇO ALL THE COMMENTS IN THE WORLD NA NA NA

*

Toquei à campainha, rezando para que não seja a Sasha a atender, porque se for, mas vale trepar o prédio até ao terceiro andar. Felizmente, não fora a Sasha que atendera mas sim uma mulher que era quase de certeza a mãe do Ryan. A porta foi aberta e eu entrei. O calor do interior do prédio fez-se notar e isso foi o suficiente para eu pensar um bocado antes de dar mais um passo: Credo, eu vou a casa do Ryan, vamos ficar sozinhos porque daqui a nada os pais dele devem ir arrumar o cabeleireiro e se a Sasha for como qualquer criança de seis anos, está entretida no quarto a brincar com bonecas.

Dei um passo. Quanto mais perto estou, mais eu acho que devia voltar atrás. O que o vai impedir de ser diferente? Usou-me para vários fins, até para um estúpido texto de um jornal. Porém, ele e a Dalila acabaram; tenho caminho livre. Mas se ele está de coração partido, avançar de imediato não vai fazê-lo sofrer mais? Não que eu fosse avançar imediatamente, credo, eu não faço a menor ideia de como bater à porta do apartamento dele, quanto mais chegar-me à frente e... sei lá... fazer qualquer coisa?

Mais um passo. Voltei a sonhar com ele, de ontem para hoje, claro está. Devo ter sonhado mais uns dois segundos porque tive tempo de ver um grande sorriso e um par de olhos castanhos chocolate. O que me assustava era o facto de o sonho ser exatamente igual ao anterior - excetuando a parte em que vejo o sorriso e os olhos. Quereria mesmo este sonho significar algo? Nunca acreditei no horóscopo, nem no azar dos gatos pretos, nada desse género, e iria acreditar que os sonhos significam alguma coisa? Não devem significar... mas sonhar com o mesmo duas vezes seguidas?

Um terceiro passo e acho que voltei a respirar novamente. Imaginei este final de tarde vezes e vezes sem conta. Claro que sei que nada vai correr como eu imaginei, nem sequer um bocadinho que seja, mas, obviamente, adoraria saber o que vai acontecer antes de sequer acontecer. Talvez pudesse evitar dar um passo em errado (e eu dou imensos). E se eu estragar as coisas como sempre faço? E se, do nada, ele começar a falar da Dalila e se ele começar a... respira.

Não hiperventiles, não hoje.

Virei à esquerda e dei de caras com um elevador. Em frente do elevador havia uma porta que continha as escadas. Teria de subir três andares de um prédio com apartamentos duplex, o que equivale a subir cinco andares de um prédio normal (pois a entrada está no primeiro andar de cada apartamento). Se eu me ia cansar? Quase de certeza, mas demoraria mais tempo e talvez tivesse alguma epifania ou ponderasse em algum pormenor de uma maneira melhor e... sei lá! Eu não faço a menor ideia do que estou a fazer.

Nem faço ideia porquê!

Quando cheguei ao terceiro andar, que equivale ao segundo duplex, saí das escadas e chamei o elevador. Já devia ter demorado uns cinco minutos desde que a porta de entrada me foi aberta e aposto que o Ryan, sabendo o quão desajeitada sou, já deve estar a pensar que impanquei o elevador ou que deixei cair as chaves entre o chão e o elevador. Ou certamente não está a pensar em nada. Aposto que está a jogar War Craft. Sim, está a jogar War Craft, aquilo que ele e todo o seu grupinho de sete joga. Não é? É.

Finalmente atingi o terceiro-mais-ou-menos-quinto andar do prédio e toquei à campainha. O tempo que a Mrs. Core demorou para me abrir a porta quase equivaleu ao tempo que eu demorei a cá chegar. Ela sorriu, como se as bochechas lhe doessem, disse-me que o Ryan estava na sala, que a Sasha estava no seu quarto e não nos devia incomodar e que tinha de voltar para o cabeleireiro. Tudo isto de uma maneira... não tão simpática. Sempre me disseram que ela era ranhosa. Se é, ainda bem que o Ryan saiu ao pai.