do teu corpo
saem palavras
pensamentos profanos
da simplicidade do teu traço
saem rabiscos
desenhos fotográficos
com a tua alma de grafite
esmagas vidas
no cadafalso da praça
crias personagens
cenários teatrais
vives
sobrevives
entre a criação
e a morte
e em cada risco ensaiado
definhas em pó amargurado
