Em Abril, uma surpresa: "mamãe está gravida!", grande emoção para Bruna, "um irmão? ebaaaaa!" e pulava e rolava no chão, "um irmão! Um irmão!" dizia com um sorriso de ponta a ponta. Todos esperavam pelo o bebê que viria, esperavam um menino, mas veio uma linda garota, isso não foi motivos de transtornos, aceitavam o que Deus queria e era assim que acontecia: "A vontade de Deus em primeiro lugar".
A dedo escolhiam o nome da nenem que em breve viria: Stella, Thamires, Letícia, Brenda, Raphaela, Larissa? Durante os nove meses e nenhuma decisão a cerca do nome. Bruna por sua vez, sabia que amaria sua irmãzinha independentemente do seu nome e construía a irmã perfeita, imaginando cada detalhezinho do seu pequenico corpinho.
Uma manhã sua mãe, Márcia, foi ao hospital fazer um exame de rotina e ficou por lá mesmo. Quando Bruna soube ficou ansiosa na janela esperando sua mãe, ela só voltou dias depois, mas Brum, a esperava no mesmo local: atrás da cortina cor de rosa do seu quarto, avistou-a.
— Mãezinha? Cadê a melancia que estava aqui?
Disse Bruninha apontando para a barriga da mãe, que tinha reduzido.
— Aaah meu amorzinho, olha o que o anjinho do Senhor veio deixar para você. Márcia, com os braços esticados oferecendo o abraço que sabia que sua menina precisava.
— Aí, mamãe como senti sua falta! Cadê ela? Ela fala?
Disse afastando sua mãe e com os olhos esbugalhados de curiosidade.
— Já está vindo meu bem, tenha calma!
— Mas, mãe! Eu esperei muito, quero ela agora!
Sentada no sofá, Márcia ria com a mão na boca. A menina correu em direção a porta e viu, ela: Bianca Beatriz— a disputa foi acerada, Bianca ou Beatriz? Por fim entraram em um consenso e fizeram a junção do nome. Com Bruna pouco se parecia, já que era de pais diferentes. Seu choro? Era uma eterna melodia e como adorava aquele choro, amava acordar na madrugada para acariciar sua tão esperada irmã.
"BB", apelido que Bruna orgulhosamente adotou a irmã e fazia questão de dizer a todos, arrancava sorrisos bobos dos familiares que viam de longe para vê-la. Tinham se mudado para um apartamento maior: dois quartos, cozinha, um banheiro, uma sala minuscula, mas pertencia a família Vaz e tudo estava bem.
Bruna com cinco anos mal podia esperar para que a irmã pode-se crescer para brincar com ela: no escorrega, gangorra, piscina de bolinha; tudo se passava na cabeça da sonhadora que com grande euforia imaginava o momento em que sua irmã começaria a falar. Acompanhava cada soluço, cada escolha de roupa, cada gargalhada, cada fio de cabelo que ficava na escova. Quando chegava da escola, a primeira coisa que fazia:
— Bia, cadê você? Corria pela a casa em busca da sua miniatura de fofura.
— BRUNAAAA! TIRA O TÊNIS FILHAAA!!
— Mãe, isso pode esperar, a Bibi pode chorar porque ela me ama, não vive sem mim u.u
— Sua irmã continuará por aí quando você tiver cheirosa, já para o banho!
Braços cruzados, testa franzida, tirava o tênis empurrava-o em baixo da cama e corria o mais rápido possível para ir beijar e cheirar sua Bia. Bruna adorava a companhia da irmã, mesmo que não ganhasse a mesma atenção que recebia antes do nascimento dela, sentia falta, mas a amava tanto que não importava em doar sua parte do coração de sua mãe para sua mana.
~~♥~~
Uns sábados ou outro iam à praia, brincavam, riam e se divertiam. Bianca com três anos, Bruna com oito. Se enterrava, fazia castelinhos de areia.
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A ultima gota
Spiritual"Sabe o que eu queria? Não, claro que não sabe, por acaso tem poderes paranormais? Talvez chute: que o meu desejo é acordar rica, que meu cabelo fique mais liso ou que não seja necessário estudar para nenhuma prova, mas você se engana. A única coisa...