Minha terapia

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Como prometido acordei nos braços de Sean. Aquilo era uma experiência totalmente nova pra mim e por ser ele me fez gostar muito de acordar acompanhada.

__Bom dia.-Disse beijando meu ombro.__Eu adoraria passar o resto da manhã assim com você, mas já estou atrasado para o primeiro dia na empresa com meu pai e também o seu.

Me viro preguiçosamente para olha-lo.

__Não sabia que começaria trabalhar com eles.

__É, meu pai quer que eu assuma daqui alguns anos então tenho que começar o quanto antes.

Assenti.

__Também tenho alguns trabalhos da faculdade pra fazer.-Resmungo escondendo o rosto em seu peitoral.

Ele passa a mão em meu cabelo e beija a minha cabeça.

__O que você está cursando?-Indagou, curioso.

__Pedagogia.

__Incrível como sabemos os maiores segredos um do outro e não sabemos coisas simples do dia a dia.

__Realmente, mas agora podemos ser mais normais e conversar sobre isso.-Digo fazendo-o sorrir contra meu cabelo.

__Vamos almoçar juntos.-Se afasta para beijar meus lábios.__Te encontro no Smiths, pode ser?

__Claro.

Ele se levanta da cama deixando a mostra seu corpo terrivelmente atraente.

__Da próxima vez prometo te trazer café na cama.

Sorrio e me levanto enrolada no lençol.

__Irei cobrar. -Digo antes de entrar no banheiro.

Podia sentir seus olhos fixos em mim quando bati a porta.

Quando sai Sean também já estava pronto, mas ele estava diferente. Vestia uma camisa social e seu cabelo estava penteado apesar de umas duas mechas finas caírem sobre sua testa. Seu perfume chega ao meu olfato assim que ele caminha em minha direção. Havia se tornado meu cheiro favorito.

__Encontro você meio dia.-diz passando as mãos por minha cintura.__Já estou louco para conhecer mais de você.

Sorrio, mas logo sua boca cobre a minha. Ele me empurra até a porta do banheiro e após me espremer ali ergue meu corpo, passando suas mãos por minhas nádegas.

__Louise Clark acaba de se tornar meu vício. -Sussurra passando os lábios do meu pescoço até a clavícula.

__Não posso te atrasar mais ainda.-Seguro seu rosto.__Temos bastante tempo pra isso, mas primeiro você vai ter que enfrentar uma manhã longa e cansativa sem mim.

Ele sorri de canto.

__Passa essa noite comigo de novo.-Pede tomando minha boca na sua. E em meio aquele beijo inebriante eu não consigo dizer não.

[•••]

12:15

Já era a terceira vez que eu olhava a hora.
Cheguei adiantada uns dez minutos e já tinha tomado dois copos de suco.

Mais cinco minutos se passaram. E vontade de ir no banheiro veio com tudo.

Olho mais uma vez para a porta, Sean não está lá. Me apresso até o banheiro. Esvazio minha bexiga e lavo as mãos.

Meu celular vibra no bolso da calça.

É Sean.

__Oi.-Atendo.

__Oi, me desculpa o atraso. Você já está em casa? Posso levar o almoço.

Sorrio feito tola.

Saio do banheiro e o vejo parado diante da mesa que eu estava minutos antes.

__Não, eu não desculpo você.

__Ise, eu fiquei preso ouvindo meu pai e mais um monte de velhos...

Solto uma gargalhada vendo o desespero dele.

Sean desvia os olhos da mesa e me avista.

Ele sorri e encerra a chamada.

Vou até ele e antes que eu possa falar qualquer coisa sou beijada, eu já estava ficando mal acostumada com aquilo.

__Eu deveria castiga-la por brincar com meu coração.

Suas palavras me causam borboletas no estômago.

__Estou morrendo de fome.-Digo não dando continuidade para seus pensamentos sórdidos.

Pedimos a comida e enquanto isso Sean tenta adivinhar coisas sobre mim.

__Sua banda favorita é Coldplay.

Nego.

__Chase Atlantic.-Respondo.

__Gostei.

__A sua é metallica.-Sugiro.

Ele sorri.

__Nirvana.

__Posso ficar tranquila agora que temos um bom gosto musical.

Sean concorda.

__O que está passando pela sua cabeça agora?-Pergunta apoiando o cotovelo sobre a mesa e descansando o rosto sobre a mão.

__Na comida que pedimos.-Respondo fazendo ele rir novamente.__E você?

__Na noite passada.

Novamente as borboletas atacam minha barriga.

Pigarreio e penso rápido.

__Um lugar favorito?

__Aquele consultório que te conheci.

Minhas bochechas já devia estar um completo pimentão a aquela altura. Sean era  bom nisso.

__Para com isso.-Bato de leve em seu braço e ele segura minha mão.

__Não estou mentindo, Ise. Por mais brega que possa ser você passou a ser minha terapia e eu voltava naquele lugar apenas para ter a chance de vê-la de novo.

Entrelaço meus dedos nos dele. Sean não fazia ideia de como ele me fazia bem também.

Nossos pratos chegam e nos afastamos, mas sem desgrudar os olhos um do outro.

Depois da tempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora