Seu toque quente

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Sean e eu estávamos em seu quarto a cerca de cinco minutos. Não falamos nada desde o encontro inusitado com os irmãos Osburne.

Retiro meu tênis e me ajeito na cama ainda sentada, mas com as pernas esticadas. Minhas costas doem e só então me dou conta da pancada que dei na parede do banheiro, a adrenalina foi tanta naquele momento que não senti quase nada até o presente momento.

Resmungo e com dificuldade toco a parte dolorida.

__Você está bem?-Sean me olha preocupado e automaticamente toca onde minha mão estava.

__Eu bati as costas enquanto brigava com aquele cara. - Digo baixo.

Ele suspira pesado.

__Devemos ir ao hospital também então.

Balanço a cabeça negando.

__Está tudo bem só preciso de um pouco de gelo.

__Vou buscar, não se mexa.-Diz saindo apressado do quarto.

Pouco tempo depois ele volta com um bolsa de gelo e uma pomada.

__Posso ver?-Pede sentando-se ao meu lado.

Permito que ele faça, apesar de ainda me sentir insegura na presença de um homem, tento vencer essa barreira e algo me diz que o cara a minha frente era perfeito pra isso.

Sean toca a barra da minha camisa e a puxa até a metade, me viro de costas e de olhos espremidos espero pelo seu toque, mas o que recebo é apenas a bolsa de gelo no local dolorido, percebo que me sinto frustrada por não seu seus dedos quentes.

__Está vermelho.-Diz ele.__Com o gelo talvez possamos impedir que evolua para um roxo muito feio.

Rio, aquilo não era nenhuma piada, mas Sean havia acabado de me deixar extremamente confortável e até mesmo frustrada por ele não me tocar e isso era muito estranho porque eu vinha abominando o toque físico de qualquer homem que se aproximasse.

__Você é surreal, Sean Winston.

Ele retira a bolsa de gelo. Abro os olhos e viro o pescoço avistando ele concentrado espremendo um pouco de pomada em sua mão.

__Era eu quem devia dizer isso.-Respondeu, voltando sua atenção pra mim.__Mesmo depois de tudo que você passou teve coragem para enfrentar um escroto e impedir que algo terrível acontecesse com uma garota desconhecida.

Mas agora sabemos que ela não é tão desconhecida assim pelo menos para ele.

Não digo nada, volto meus olhos para a cabeceira da cama.

__Vou passar um pouco de pomada. -Avisa esperando meu consentimento.

Apenas assinto.

Ele empurra suavemente a borda do sutiã que enlaçava minhas costas e desliza com cuidado seus dedos quentes por minha pele espalhando a pomada por toda aquela área. Meu corpo responde imediatamente ao seu toque, mordo o lábio inferior reprimindo qualquer pensamento idiota.

Ouço a respiração de Sean pesar demonstrando que ele se sentia tão tenso quanto eu naquele momento.

Os pêlos dos meus braços estão arrepiados. Me sinto traída pelo meu próprio corpo ao não conseguir conter aqueles malditos hormônios.

Seu toque cessa e ele espera alguns segundos até tirar a mão de minhas costas, como se estivesse se contendo.

__Não... Não pare. -Peço com dificuldade. Meu coração galopava fortemente em meu peito.

Sem dizer nada ele apenas atende meu pedido.

Seus dedos sobem a lateral das minhas costas de forma leve me causando um arrepio na nuca. Subindo mais um pouco minha camisa ele alcança a alça do meu sutiã e brinca com seus dedos ali cogitando se devia desce-la ou não.

Engulo em seco e solto um suspiro involuntário. Sean se arrasta para mais perto de mim, pendo minha cabeça para trás recostando em seu ombro. Ele volta a descer a mão por minhas costas e aperta meu quadril antes de voltar a deslizar seus dedos até a minha barriga subindo vagarosamente por minhas costelas e parando ali.

O ouço arfar consumido por desejo.

__Se você acha que estou indo longe demais agora é o momento de me dizer, Ise.-Murmurou com os lábios muito próximo da minha orelha.

Escondo no fundo obscuro de minha alma toda a insegurança e receio e apenas me permito sentir a sensação incrível que Sean me causava.

__Continue...

Aquela única palavra foi o suficiente para fazê-lo ajoelhar a minha frente e puxar minhas pernas fazendo meus joelhos tocar seu abdômen. Ele segura minhas coxas e as abre lentamente para quebrar os poucos centímetros que nos distanciava. Minhas pernas rodeiam seu quadril, mas não me movo nenhum centímetro, continuo na posição em que ele me colocou.

Ele segura minha camisa e então solta.

__Tire pra mim. -Pede.

Fico surpresa, minha intenção era continuar parada apenas o permitindo me tocar, e não ter que fazer nada, mas Sean parecia saber disso.

Fecho os olhos e puxo a camisa passando pelo topo da minha cabeça e a jogando no chão.

__Olhe pra mim, Ise.

Eu ainda estava de olhos fechados, pois além de todo o receio depois do que passei com meu padrasto tinha outra coisa que me incomodava, eu era virgem. Uma virgem de 18 anos que já havia mentido até que tinha namorado.

Abro os olhos lentamente avistando o homem mais lindo que já vi e sua beleza transcende a física, apesar dele não crer nisso, Sean Winston é muito bonito por dentro também.

__Quero que você se sinta a vontade para me tocar também. -Diz segurando minhas mãos e colocando em seu rosto.

Ele me solta e deixa seus braços sobre a cama ao redor de mim, mas não me toca apenas espera por meu toque.

Desço meu toque para seu pescoço enquanto nossos olhos ainda estavam conectados de forma intensa.

Deslizo meus dedos por sua nuca subindo por seu cabelo macio. Sean desvia os olhos dos meus e fita minha boca por alguns segundos como se cogitasse a ideia de avançar, mas não o faz, ele espera por mim.

Me curvo e também olho para sua boca, me aproximo mais um pouco. Estou tão perto que sinto sua respiração bater em meu rosto, seu peito sobe e desce em uma respiração ofegante cheia de desejo contido.

Vê-lo naquele estado me fazia sentir a mulher mais poderosa e desejada da terra.

Puxo sua nuca e colo meus lábios nos seus sentindo uma euforia instantânea.

Sean passa seus braços por minha cintura me empurrando na cama e ficando sobre mim enquanto aprofundava o beijo passando a língua sobre meus lábios pedindo passagem em minha boca e assim que eu permito nossas línguas se encontram e travam um dança lenta e deliciosa que me fez soltar um gemido abafado.

Aquilo faz com que ele perca o resto do controle e como se desejasse me causar mais reações como aquela ele desce o beijo para meu pescoço até chegar em meu sutiã, ele beija meu peito, mas não retira o sutiã, nem sequer o afasta.

__Eu quero muito transar com você aqui e agora, Louise Clark. -Murmurou ainda destribuindo beijos por minha pele.

Meu sistema entra em pane naquele momento. E a coisa mais idiota e constrangedora sai da minha boca.

__Eu sou virgem!- As palavras escapam e eu me amaldiçoo mentalmente por isso.

Depois da tempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora