Já fazia uma semana que cheguei na cidade. Meu pai mora a três horas de distância da minha antiga casa.
A queimadura em minha mão estava amenizando, mas as imagens e lembranças ainda continuavam lá trazendo noites sem dormir e pesadelos horríveis onde meu padrasto vinha atrás de mim.
Meu pai estava preocupado e assustado com o fato de eu não estar falando quase nada desde que vim pra cá.
__Marquei horário com a psicóloga pra você hoje a tarde.
__O que? - Indaguei surpresa.
__Se você não fala comigo que se abra para um estranho que possa ajudar então.
__Pai, eu estou bem.
Ele se senta ao meu lado e segura minha mão por puro reflexo me esquivo. Levanto depressa.
__Louise...
__Desculpa. - Sinto minha voz embargar.
Ele é meu pai. Eu posso confiar nele. Eu posso, eu posso...
__Tudo bem, minha filha. Fique tranquila. - Ele me abraça e pela primeira vez não fujo.
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Depois da tempestade
ChickLitEu era grata ao meu pai por me obrigar a ir na psicóloga aquela tarde pois eu te conheci enquanto aguardava nervosa naquela sala de espera, assim que te vi pensei que aquele lugar não era o ideal, você parecia forte e desinteressado demais para est...