Capitulo 1 - Inicio de infância

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Desde que nascemos é colocado em nossas mentes todos os conceitos da vida, o que é certo e o que é errado, o que podemos e não podemos, nossos deveres, e competência para sermos alguém na vida, mas neste livro eu não vou te falar sobre nossos aprendizados, mas sim a minha evolução.

Meu nome é Adam Silva, eu tenho 22 anos e vivo uma vida normal como todos as outras pessoas, minha cor favorita é azul, eu gosto de cantar e de fazer histórias sobre coisas diversas que ouço no cotidiano, sou uma pessoa comum, mas na realidade aos olhos dos outros eu não sou tão comum, pra eles sou diferente, para alguns deles até sou insignificante, para outros não sei me virar sozinho, e para maioria sou invisível.

Minha historia começa na infância, eu era um menino muito agitado, muitas pessoas questionavam minha mãe querendo saber o motivo de tanta impulsividade, mas ela também não sabia e achava que era uma fase só e com o tempo eu iria evoluir e me tornar um menino normal. Na realidade nessa infância eu fui criado só pela minha mãe, pois o relacionamento entre ela é meu pai não deu certo e eles tiveram que se separar antes de eu nascer, seria esse o motivo pra ser tão impulsivo. Com o passar do tempo fui crescendo e no dia 25 de agosto de 2007 minha mãe veio me contar uma história sobre meus avós, que tinha deficiência visual,pois seus pais eram parentes e por esse fato os filhos nasceram com deficiência, minha mãe também me contara que essa deficiência poderia ser passada a mim em algum momento da minha vida, e disse que eu não deveria ter medo de não ser aceito com essa deficiência que o amor e carinho que ela iria oferecer iria ser enorme. Então eu cresci com o firme pensamento de não ter medo do que poderia acontecer que eu sempre iria ter a minha mãe ao meu lado para me apoiar.

Aos 10 anos eu já estava na quinta série e era considerado um dos meninos mais inteligentes da escola, só tirava notas boas e meu convívio com minha mãe era ótimo não havia tempo ruim com ela, mas numa tarde de quinta-feira após eu chegar da escola fui pra casa rápido com um sorriso imenso no rosto para mostrar para minha mãe a nota boa que eu havia tirado numa prova, e quando cheguei em casa vi ela com um homem diferente, ele era alto e negro com o cabelo encaracolado, aparentava ser uma boa pessoa e logo minha mãe me dizia que ele era meu novo pai, pra mim foi algo muito clichê saber que um homem que acabava de entrar em casa querer ser considerado meu pai, mas eu relevei esse pensamento e decidi aderir a ideia de ter um pai após 10 anos sem saber o que era ter um. O tempo passava e ao lado dele só havia momento bom, ele não me deixava triste por nem um segundo e eu estava certo que ele era a pessoa certa pra ser esse pai, com essa mudança em casa foi ocorrendo mudanças comigo também eu fui me tornando uma pessoa mais alegre e minhas notas só melhoravam na escola era como uma historia feliz que não tinha virgulas separando a palavra felicidade de viver. Até que em um dia qualquer de chuva houve uma curva no destino,eu estava em casa deitado no sofá ouvindo musicas na televisão, minha mãe havia saído para trabalhar e era tarde da noite,eu estava aguardando o meu querido pai chegar, para eu poder abraça lo e poder dormir bem, quando eu escutei o portão se abrir logo destranquei a porta e aguardei que ele chegasse até mim, mas eu observei seu jeito de andar e estava diferente do normal, ele estava meio zonzo e com uma cara péssima, diante disso eu fui logo ajudar, mas quando me aproximei ele me empurrou no chão e começou a me agredir e me xingar e a falar o quão desnecessária era a minha existência dizendo que eu nunca iria ser alguém na vida e após ter tido me agredido e feito todos esses outros maus ele me disse para não contar para minha mãe, que se eu contasse eu iria apanhar ainda mais no próximo dia, eu assim fiz e naquela noite fui dormir soluçando de tanto chorar. No dia seguinte eu acordei cedo pra ir pra escola eu não estava muito bem devido ao que tinha acontecido na noite passada,mas tinha certeza que só havia sido um erro dele. Ao entrar na sala não conseguia adquirir o conteúdo que o professor passava, não conseguia parar de pensar no que havia acontecido na noite passada e também estava com muito medo de acontecer novamente o que havia acontecido.

Na hora do recreio meus amigos me procuraram e perceberam que eu não estava bem e queriam me ajudar, mas eu havia lembrado do que meu pai havia dito sobre não contar a ninguém e decidi dizer que era apenas um mau estar que eu estava sentindo e eles me desejaram melhoras e me abraçaram, eu no exato momento me felicitei por saber que tinha amigos que realmente se importavam comigo. No termino da aula a caminho de casa eu não parava de pensar em como seria quando chegasse lá, a única sensação que havia em mim era medo e esse medo se tornara mais intenso a cada passo de casa, e eu tentava cada vez mais segurar a lagrima, mas não resistia e chorava cada vez que relembrava o que havia acontecido e pensava sobre aquilo poder acontecer novamente.


Olhos IncandescentesOnde histórias criam vida. Descubra agora