Olhos Incandescentes

Capitulo 11 - O começo de um fim

Com o passar do tempo eu me acostumava na perda da incandescência que sempre havia em meu olhar e não estava mais preocupado no que poderia acarretar a perda da minha visão, eu ainda não estava completamente cego, o que era algo espantosamente bom aliás acreditava que poderia chegar aos 16 anos podendo enxergar.
Mas muitas vezes em que eu agradecia por enxergar, eu também reprimia o poder de possuir tal visão, sim eu entendo que é algo de extrema importância para todos nos, mas nossos olhos vêm tantas coisas ruins, tanta criminalidade, medo e falta de esperança, como podia sofrer tanto uma criança como eu? Porque tantas crianças sofrem isso e ainda ficam caladas, como eu fiquei acabei perdendo uma infância que poderia ter sido muito feliz e menos traumática, só de pensar no fato de que no mesmo momento que você está lendo este livro neste várias crianças são agredidas, espancadas, estupradas e até mesmo mortas e você deve já ter ouvido o ditado de que as criança são a esperança do mundo, mas que esperança essas criança que tiveram um passado horrorizado podem ter ? Essas criança podem continuar trilhando o mesmo caminho de seus pais e continuar a derramar o sangue inocente e frágil. Quisera eu que todo a dor e angústia tivesse acabado logo ali na infância, e que as memórias de um passado pudessem ser concertadas com meros bons cuidados de meu novo padrasto que aparentemente parecia ser uma pessoa boa para minha mãe, na segunda semana que nos mudamos para morar com ele, ele acabou deixando o facebook dele aberto no computador e eu fui olhar porque tinha uma vasta curiosidade em tudo, mas o meu desejo era não ter descoberto o que havia encontrado, tava tudo certo lá em casa porque ele tinha aonde ocupar sua mente a fora, ele traia minha mãe e com muita frequência, ele não passava de um cafajeste, como o mesmo outro que entrou na vida da minha mãe e fez aquelas coisas horríveis com a gente, ficava me perguntando porque essas coisas aconteciam constantemente comigo, acho que eu poderia ser protagonista daquele filme "Desventuras em série", porque a minha vida tem sido um roteiro constante do mesmo e a pior parte não é você descobrir tudo isso e querer contar a sua mãe o que esta acontecendo, a pior parte é ouvir seu irmãozinho de 6 anos chorando todas as noites com saudades do pai e dizendo que se perdesse mais um pai não saberia mais o que fazer, uma criança de 6 anos ja carregando tanto sofrimento, ah pobre Lucas fique calmo e aguarde a vida ainda tem muito a surpreender.