Eu queria realmente poder dizer que não senti saudade de casa nesses dias que estou por aqui. Cada hora sem a companhia de pessoas que estiveram ao meu lado por tanto tempo, torna-se mais e mais difícil. Não sei o que seria desse intercâmbio sem Clarice, que também está sentindo dificuldades parecidas com as minhas.
Dia desses, enquanto dava uma volta pelas ruas, conhecendo melhor o local, vi várias pessoas aglomeradas em um mesmo ponto. Me aproximei, e lá estava ele. O velho conhecido, Daniel Radcliiffe.
Pelo que pude perceber, após uma breve conversa com fãs apaixonados no local, estavam ali gravando cenas de um filme, que devido a grande correria, nem consegui descobrir o nome.
Vendo o Daniel, mais uma vez tão próximo, não consegui conter a esperança que havia sumido com o passar dos dias. Comecei a lembrar do número que havia passado para ele, e de quão lindo seria receber uma mensagem de alguém tão especial.
Após alguns minutos perdida em pensamentos entre vários fãs naquela rua, resolvi seguir meu caminho e não me deixar abalar por aquelas histórias que eu própria havia criado. Histórias de que o telefone iria tocar e, que a partir dali, tudo seria diferente.
Quando era mais nova, achava incrível esse ensaio de possíveis cenas da vida que eu era a roteirista. Porém, comecei a notar que o sentimento quando as pessoas não seguiam as minhas palavras não era nada bom. Essa história de criar cenas que queria que fossem reais, tentando controlar tudo para que elas saiam do jeito esperado, já me fez muito mal. E não permitiria que isso começasse novamente.
