Capítulo III

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Mas não deu tempo de acontecer o pedido de abraço.

- Você é americana? – perguntou o rapaz.

- Não, eu sou brasileira. – respondi pensando: “por que ele ainda está falando comigo?”

- Que legal! Tenho vontade de conhecer o Brasil!

Ficamos conversando por um bom tempo sobre o meu país e por que estava em Londres. Em alguns segundos, eu simplesmente esquecia que estava falando com o Daniel Radcliffe, ele era simplesmente um britânico muito simpático.

- Você vai pra casa agora? – Daniel perguntou.

- Vou sim. – eu tinha esquecido completamente do café.

- É aqui perto?

- Sim, no máximo 5 minutos andando.

- Posso te acompanhar?

- Claro. – talvez eu estivesse um pouco, mas só UM POUCO feliz nesse momento.

- Ainda não sei seu nome.

- Ana.

- Muito prazer, Ana. Eu sou o Daniel. – disse o rapaz e não conseguimos conter as risadas.

O tempo voou enquanto andávamos até minha casa. Daniel se mostrou um jovem muito educado, tímido e engraçado.

- É aqui. – eu disse quando chegamos.

- Lugar legal.

- Parece ser bem tranquilo.

- Adorei conversar com você, Ana, poderíamos tomar um café qualquer dia desses? – Daniel perguntou.

- Sim, é só marcar. – eu não gosto de palavrões, mas pensem em todos que vocês conheçam, eles não serão suficientes para descrever o momento.

- Me passa o seu número e eu te ligo?

- Está bem.

Passei o número para ele e nos despedirmos ali mesmo. Se não fosse pela foto, provavelmente ninguém acreditaria no que havia acontecido.

Eu também não acreditava. 

Quebrando a lenteOnde histórias criam vida. Descubra agora