Part 9

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Tyler

Em alguns momentos eu tinha certeza que Rachel fazia as coisas para me deixar em maus lençóis, só pode! Inventou de April dormir na nossa casa, e ainda por cima de me fazer buscar o TJ, na casa dela. Aff....

Para piorar só um pouquinho mais, além de ter que mexer nas gavetas dela, a procura das coisas que ela havia me pedido, do tipo calcinhas, camisolas e afins, o cachorro estava dormindo junto comigo, no meu quarto, deitado no pé da minha cama, ou melhor, em cima dela. E não foi ninguém que falou para ele dormir lá não!! Foi ele mesmo que foi entrando no meu quarto e se acomodou por lá! Afff..... mais uma vez!

Tomei um banho demorado, coloquei um short de pijama e me joguei na cama, ligando a televisão. Sem querer me lembrei do momento que entrei no quarto dela, seguido por TJ. Era pintado de um verde clarinho nas paredes e em branco no teto. A cama era feita de ferro batido, em dourado envelhecido. Em cima da cama havia um edredon branco florido, muito bonito, com travesseiros e muitas almofadas espalhadas em cima, nos mesmos tons da colcha. Procurei pelo closet e o vi em um canto. Abri a porta e entrei, vislumbrando suas coisas arrumadas de forma metódica. Hummm... ela tinha me pedido uma camisola.... ahnn.... decente, segundo ela. O que ela chamava de decente? Algo que eu julgasse fechado o suficiente para não me deixar louco por ela?

Olhei para o cachorro que me seguia pacientemente, quem sabe ele me ajudava?

-Camisolas TJ???? Sabe aonde estão? - ele balançou o rabo, soltou um latido e parou em frente a uma gaveta olhando pra mim. Não acredito que ele sabia que elas estavam ali! Fui ate a gaveta, a abri e vi as camisolas, meticulosamente dobradas. Passei a mão nelas, sentindo sua maciez e desejando vê-la dentro de uma delas, minha, completamente entregue a mim. Peguei uma que estava bem em cima, fazendo um esforço louco para não pensar demais. Olhei novamente para o cachorro que me observava feliz.

-Bom, já que sabe tanto, onde estão as calcinhas? - ele latiu e correu até uma cômoda, soltando outro latido. Aquilo já estava ficando ridículo! Fui até a cômoda, e lá estavam as calcinhas. Eram de renda, de algodão, todas muito sensuais. Mais uma vez me vi imaginando-a dentro delas. Ok, eu ia acabar em um asilo para loucos se continuasse obstinado daquele jeito!

Passeei pelo seu closet, sentindo o cheiro das suas roupas, o aroma do seu perfume. Tudo em April era perfeito! Acho mesmo que se ela fosse horrenda, ainda assim a acharia perfeita! Nunca em minha vida, havia sentido uma coisa tão forte por alguém e em tão pouco tempo de convívio.

Voltei minha atenção para a televisão em total e completo desalento. Zapeei para cima e para baixo, não conseguia me concentrar em nada, a presença dela no quarto ao lado me deixava sem pouso. De repente ouvi um barulho irritante vindo da porta. Olhei na direção do cachorro que a arranhou até que eu a abrisse, saindo correndo em seguida. Fui atrás, ele caminhou pelo corredor, rebolando o traseiro minúsculo e desceu as escadas, bem senhor de sí. Mas onde é que aquele bicho estava indo? Ele correu até a cozinha e parou em frente ao potinho de água e bebeu.

-Mas você queria beber água TJ??? Por que não foi no banheiro lá em cima?- Ele parou de beber a água, me olhou e soltou um latido.

-Tá, tudo bem, você não sabia, mas agora já sabe, tem água lá no meu banheiro, ok? - ele soltou outro latido como se tivesse entendido o que eu havia dito pra ele.

-kkk.... estava aqui pensando, com quem afinal você estava conversando! - meu pescoço arrepiou diante da voz que se aproximava por trás de mim, e eu sabia muito bem quem era, April! Passei a mão no pescoço, tentando fazer aquele arrepio passar.

-Errrr...... sabe como é, ele arranhou a porta querendo sair, e quando a abri, ele veio correndo beber água...

-kkkkk.... ele puxou a você, é inteligente, esperto e.... - ela não continuou, parou por ali e sorriu sem graça. Fiquei observando-a. Seu rosto lindo estava iluminado apenas pela frágil luz que saía de dentro da piscina, na área externa da casa e entrava pela janela da cozinha, refletindo no teto. Ela usava a camisola que eu havia escolhido para ela, era comprida, prateada, de seda, aberta nas laterais, deixando suas coxas deliciosas de fora. A seda fina, marcava com perfeição seus seios empinados e bem feitos. Os cabelos sedosos e fartos, caíam sobre seus ombros, complementando a cena de pura luxuria. Que visão era aquela? Sério, eu ia surtar! Ela era linda demais, gostosa demais, sensual demais!Queria que ela continuasse o que estava dizendo, então levantei a sobrancelha e emendei o que ela falava.

Minha Perdição!Onde histórias criam vida. Descubra agora