Capítulo 32

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POV Camila


- Lo, eu não posso ir – Disse pela terceira vez

- Camila, pelo amor de Deus. Seja racional – Ela gritou as ultimas palavras e Vero tomou a frente de nossa discussão

-Encare como férias – Ela sorriu – Podemos avisar seus pais de que iremos passar alguns dias na França – Vero disse

- Não podemos falar para ninguém que vamos para a ilha- Liam ressaltou

Fiquei em silêncio. Eu não queria ir.

-Por favor – Lauren me segurou pela cintura – Por favor – Ela pediu com os olhos fechados.

Droga.

- Ok – Bufei e ela sorriu

Lauren abriu um sorriso enorme e me abraçou.

- Vai ser melhor, pelo menos por enquanto – Ela tentou me tranqüilizar.

Vero e Diana ficaram repassando o jeito que eles iam sair de Córsega sem levantar suspeitas sobre a ilha. O que eu acho um pouco impossível de acontecer.

Enquanto eles estavam submersos no "plano" deles, eu fui para o quintal e subi na arvore de Diana e arranquei uma fruta. Pela mesma arvore,subi nas telhas e fiquei admirando o céu.

Quando foi que tudo ficou tão... Intenso? Tão feio?

Eu não queria sair do meu lugar preferido no mundo por ignorância de outras pessoas. Mas eu já tive muitas provas de que se eu ficasse seria imensamente perigoso.

Não acho justo o mundo não saber o que acontece aqui. Eu iria levar todos esses fatos para fora e com a ajuda das meninas. Me amaldiçoei tanto por não saber mexer naqueles computadores.

O céu estava limpo e as estrelas ganhavam ainda mais brilho. O mar estava agitado e o vento era forte. Uma noite comum.

Olhei ao redor e me lembrei do dia em que conheci Lauren. Céus, foi um desastre. Ri com a lembrança. Eu tinha achado que ela era apenas uma turista como tantas outras e que estava perdida nos vilarejos. Engano meu.

Será que já estávamos predestinadas a ficarmos juntas? Eu realmente acredito que sim.

Olhei para o céu. Quando foi que eu deixei de conversar com Lucie?

- Você deve estar ai me olhando com os braços cruzados e zangada – Disse e ri – Não foi nada culpa minha – Me defendi – Eu não tenho culpa dessas pessoas serem tão... Humanos – Suspirei – Na sua época eles eram feios desse mesmo jeito? – Perguntei e bati em minha testa – Claro que eram, me desculpe por te causar uma lembrança ruim – Pedi e me deitei na telha

Suspirei e fechei os olhos. Céus. Meus pais.

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