Parte 8 - Luxúria

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"Entrega-se aos prazeres da carne e enfim aprenderá sua lição"

Algo no modo como Sin se comportava indicava a Janaina que a condição para não matar mais pessoas não seria agradável, mesmo que nada em seu comportamento até aquele momento tivesse sido normal.

— Qual é a proposta? – Janaina não se afastou conforme Sin se aproximava. — Ainda não falta algum pecado? Você falou que pularia a preguiça e isso significa... – ele voltou a colocar o dedo sobre os lábios dela pedindo silêncio, mas o guardião dos sete pecados capitais acabou se perdendo ao observar a boca dela ligeiramente aberta em contato com a sua pele. Era sexy.

Suas pupilas dilatadas envoltas por aquele castanho que parecia esconder muitos segredos. Sin estava perdido em Janaina. Ela era realmente a sua perdição em todos os sentidos. Aqueles lábios levemente rosados, ainda tocados pelo seu dedo.

— Falta a luxúria. – a voz dele arrastava aquelas letras, rouca, demorando mais tempo do que o necessário para falar aquelas três palavras enquanto curtia as sensações que àquele contato causava em seu corpo.

Afastou o dedo dos lábios dela, descendo-o pelo queixo firme e cerrado de Janaina. Por que tanta tensão, ele se perguntava. Poderia dissolver todos aqueles problemas em instantes. Desenhou a linha do maxilar dela, enquanto fitava bem seus olhos. Janaina parecia vidrada, ainda com a boca aberta, mas de alguma maneira reuniu forças para dar-lhe um safanão.

Sin sabia que se pedisse a ela para pecar com ele, Janaina seria absolvida pelo erro, não morreria mesmo pecando e ele seria queimado no inferno. Era o fim a que estavam inevitavelmente fadados, será que não poderia ser apenas mais valioso?!

— Peque comigo dessa vez. – ele segurou o rosto dela e deixou que Janaina ficasse tentando afastá-lo. — Faça amor comigo.

Amor? – ela riu, sentindo-se ofendida. — Acabamos de nos conhecer, como tem a cara de pau de dizer que faríamos amor?!

— Porque eu já amo o que tive a oportunidade de conhecer em você. - Janaina ficou calada porque não tinha o que dizer a Sin, nada passava em sua mente depois desse comentário. Ele amava o que conhecia dela? — E então? – Sin deslizou o rosto pelo dela e Janaina sentiu o coração acelerar mesmo que não quisesse. — Me dê este presente. – ele abriu a boca e deixou os lábios deslizarem pela sua pele sutilmente, caminhando pouco a pouco na direção da boca dela. Sin chegou a sentir seus lábios tocando os dela, tangencialmente, quase como se estivesse entrando no paraíso quando Janaina se afastou.

— Não! Você está tentando me induzir a pecar para que eu seja a sua mais nova vítima.

— Não! Não! Eu prometo, Janaina! – ele rapidamente se afastou para que ela pudesse olhar em seus olhos.

— Por que você é o responsável por fazer as pessoas pecarem, Sin? Provavelmente não foi por falar verdades, não é? – Janaina era uma delegada, tinha feito vários cursos sobre o comportamento humano e não se deixaria levar por um pedido por mais sedutor que ele fosse.

— Certo. – ele parecia desapontado. — Não poderia esperar que pecasse mesmo afinal, você venceu, Janaina. – ele fez uma reverência. — Parabéns. Prometo que não haverá mais vítimas e obrigado por me mostrar que é possível não pecar, que é possível ser uma boa pessoa. – ele segurou o rosto dela mais uma vez, depositou um beijo demorado em sua bochecha e seus olhos verdes fitaram os castanhos dela pela última vez. 


* * * 

:'(   :'( 

Só segunda.... <3 <3 <3 


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