Capítulo 22

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POV Lauren

Precisava de um tempo. Precisava respirar e deixar Camila caminhar sozinha.

Claro que não vou largar a faculdade. Só quero um tempo. Volto em Dezembro o que ja estava perto. Não deixaria de passar o Natal ao lado de meus amigos.

-Tem certeza? – Dinah veio até mim e lhe entreguei um cheque

- Sim. Apesar de tudo e a conheço faz muito tempo e a mãe dela confiava em mim. Isso deve arcar com algumas coisas – Disse e entreguei o cheque para ela.

- Você não existe – Dinah pegou o cheque e me olhou

Sorri triste.

- Pensei que eu existisse pra ela. Mas realmente... Eu não existo. – Ela me abraçou

- Cuide-se – disse antes de sair.

Fui para o carro e o pessoal tentava me distrair. Iria voltar para São Paulo e ficaria o resto desse mês lá.

- Faça boa viagem e não demore a voltar – Normani disse me abraçando

- Não vou demorar e por favor, peguem leve com ela - Pedi e eles assentiram.

Os abracei e fui fazer meu check-In.

Após algumas horas de vôo , lá estava eu. De volta a São Paulo.

- Oi minha filha – Meu pai me aguardava sorridente do outro lado do portão.

- Saudades pai – O abracei.

Logo ele colocou minha pequena mala no porta malas e seguimos para casa.

- E minha mãe... como esta? –Perguntei

- Esta bem. Ela esta passando com um ótimo psicólogo – Ele disse orgulhoso

- Fico feliz. – Sorri sincera

- Até saímos para jantar um dia desses – Ele riu

Ficou um silêncio no carro e resolvi perguntar o que tanto martelava em minha cabeça.

- Pai, você já traiu a mamãe? – Perguntei

Ele se endireitou no banco e me olhou rapidamente.

- Uma vez eu tentei, mas não consegui – Ele disse e eu suspirei aliviada. Mas antes que eu ficasse pensativa ele me cortou. – Mas ela já me traiu, duas vezes – Ele disse

- E como vocês resolveram? – Perguntei

- Tem coisa que vale a pena você consertar e não apenas jogar no lixo. Meu casamento é um deles,e aposto que seu namoro também – Ele me olhou e eu corei

- É complicado – Disse e ele sorriu

- Nós que complicamos. Ela te traiu assim como sua mãe me traiu. Perdoe – Ele disse

- Não consigo. Não agora – Disse um pouco seca ao lembrar das imagens.

Ele suspirou.

- Eu entendo – Ele tocou minha mão e sorriu.

O resto do caminho foi feito em silêncio.

Cheguei em casa e minha mãe me deu um abraço apertado. Retribui.

Subi para meu quarto e desabei na cama. Não chorei. Não pensei. Não me permiti fazer nada.

Desci e comi, conversei com meu pai e fui dormir. O sono custou a vir, e quando veio me derrubou. Acordei na manhã seguinte próximo ao horário de almoço.

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