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Seus olhos ardiam, sua boca estava seca, a cabeça doía, entre outros fatores que tanto a incomodavam. O banho e o café a ajudou a melhorar. Vestiu uma roupa qualquer e desceu as escadas a procura de sua mãe, não iria a lugar algum de ônibus com aquela ressaca.

Não perderia tempo em avisar a Morfeu que iria, mas para o caso de não está em casa era melhor mandar um SMS.

Ana desceu do carro se despedindo da mãe com um beijo e entrou. Dessa vez quem a recebeu não foi o mordomo antipático da ultima vez, mas sim o próprio Morfeu.

_ Bom dia!_ ele a olhou da cabeça a os pés_ Como está se sentindo?

_ Bem.

_ A senhorita avisou bem de ultima hora, mas por sorte consegui fazer todos virem_ o homem parecia entusiasmado.

_ Todos quem?_ Ana perguntou.

_ Nossos colegas. Estão todos ansiosos para te conhecer.

Entram na sala com a porta fechando atrás de si.

_ Ah, aí estão eles. Esses são Thomas Clark, David White e Oliver Green e a Aribella que já conhece. Essa é Analice Fernandes.

Ana olhou para os meninos que estavam de frente para ela em fila. O primeiro tinha pele escura, olhos castanhos e era bastante alto, o segundo tinha pele clara e seus óculos cobriam os seus grandes olhos verdes, e o terceiro era alto e usava um casaco sobre a camisa cinza, seus olhos eram castanho mel combinando com seus cabelos de mesma tonalidade.

_ Agora que todos se conhecem, acho interessante mostrar nosso local de trabalho. Por favor, sigam-me._ diz Morfeu.

Ele os leva a um cômodo que não parece pertencer aquela casa tão elegante.

_ Este é o nosso laboratório.

Todas as paredes daquela sala espaçosa eram brancas, além de ser muito bem iluminada quase ofuscando a visão. Havia muitas pessoas que pareciam bastante concentradas no que quer que estivessem fazendo. Bancadas com béqueres e tubos de ensaio se encontravam aqui e ali preenchidos com líquidos de varias colorações.

Morfeu os guia até outra porta que dá a uma sala de reunião.

_ Sentem-se_ pede e espera todos obedecerem_ conheçam meu amigo químico Jan Clay Valentim. Vocês o verão bastante por aqui.

O homem a quem Morfeu apresentou como Jan Clay senta-se na outra ponta da mesa. Morfeu estala seus longos e esqueléticos dedos, pigarreia e começa:

_ Os chamei para participarem de um projeto que venho idealizando há tempos. Que é o teletransporte de matéria, ou seja, a locomoção dela pela transformação em alguma forma de energia e a reintegração da mesma em outro lugar. O objetivo desse trabalho é tornar possível o teletransporte, conhecer outros lugares que levaríamos anos luz para chegar e, quem sabe, encontrar vidas em outro planeta.

_ Você só pode está brincando! A matéria que vai ser usada para esse experimento somos nós? Seremos seus ratos de laboratório? É isso?_ insinua Thomas. Agora Ana percebe seu sotaque provavelmente britânico. Está na cara que nenhum deles é brasileiro.

_ Não exatamente assim, senhor Clark_ quem responde é Jan Clay_ ratos de laboratório, ao contrario de vocês, ficam presos e submetidos a testes a força. Vocês poderão sair na hora que bem entenderem, mas acredito que não queira ir embora logo na parte mais interessante, não é mesmo?

Thomas apenas se cala.

_ Como sabe se existe vida em outro planeta? Como nos assegura que isso realmente dará certo e não que esta apenas brincando com nossas vidas?_ indaga Ana.

_ Eu não tenho certeza que exista, mas como toda teoria, comecei dando um tiro no escuro. Mas já parou para pensar o quão grandioso ou possivelmente infinito o universo é para sermos egoístas ao ponto de acharmos que aqui, e somente aqui, tivemos sorte ou azar de existir vida?

Silencio toma conta da sala até que Oliver que até então esteve calado falar:

_ Mas isso não tira o fato de está nos colocando em perigo. Vem cá, isso não é pecado, não?

Jan Clay da outra ponta bufa.

_ Não consigo acreditar que o mesmo Deus que nos deu inteligência, razão e bom senso, nos proíba de usa-os. Galileu Galilei.

Um suspiro em conjunto ressoa pela sala.

_ Se vocês aceitarem, amanhã mesmo começarão os treinamentos._ diz Antônio Morfeu.

Um tempo de silencio.

_ Se vocês possuem toda aquela estrutura e equipamentos não deve ser à toa. Eu estou dentro _ David é o primeiro.

_ Bom, acho que também_ é Thomas quem diz.

_ Eu também_ Ana se coçava de curiosidade e ainda não tinha esquecido do seu problema da noite anterior.

_ Ta!­_ Oliver entra por ultimo sem nenhuma animação.

_ Bom, vejo os rapazes e moças amanhã_ Morfeu estampa, pela primeira vez, um sorriso no rosto.

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