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Aribella andava a esmo pelo grande jardim. Durante toda reunião havia permanecido em silêncio. Mas o que poderia dizer? Era o seu pai!

Uma forte dor de cabeça a atinge, sua visão fica turva e o mundo parece girar. A dor se alastra por todo o seu corpo, como se sua pele estivesse sendo arrancada. Ajoelha-se no gramado e se contorce. Isso a lembrava do verdadeiro motivo de está participado das loucuras do seu pai. Salvar pessoas como ela, como não pôde salvar sua mãe.

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Exame de sangue, medições de massa, altura, pressão e batimentos cardíacos. Uma avaliação médica básica completa em Oliver, Thomas, David, Aribella e Ana. Em seguida foram levados a uma sala espaçosa recheada de armamentos, pesos e sacos de pancadas. Havia até uma parede artificial de escalada no fundo.

_ Por acaso nós vamos para a guerra?_ pergunta Oliver varrendo o espaço com o olhar.

_ Não exatamente_ Morfeu surge do nada_ A sequencia que terão que executar é a seguinte: alongamentos, quinze voltas ao redor da casa e algumas series de BURPEE.

_ Para que tudo isso?_ pergunta Ana.

_ Devem ficar preparados fisicamente.

_ Preparados para o que?_ insiste a menina.

Morfeu suspira antes de responder.

_ Não iria mostrar isso agora, mas já que está curiosa.

Morfeu os leva até outra sala vazia, excerto por algo coberto por um lençol branco no centro. Ele o puxa revelando uma maquina bastante intrigante. Era alto bastante para caber uma pessoa em pé, no centro havia três cadeiras sob círculos de luz, como lâmpadas.

_ Senhorita Fernandes, por favor, sente-se em uma cadeira_ ordena Morfeu.

_ O que é isso?

_ Verá.

Ana caminha até a assustadora maquina, devagar e hesitante.

_ Pai, não!_ Aribella, que sempre é tão silenciosa, se pronuncia com uma voz preocupada. Com certeza ela sabia qual o efeito daquilo.

_ Não se preocupe, eu não chegarei até o fm.

Todos olham atentamente enquanto a menina senta e Morfeu liga a maquina no que parecia uma mesa de controle cheia de botões.

Os círculos de luz se acendem, aos olhos de Ana era ofuscante e doloroso. No momento seguinte, Ana sente uma forte dor percorrer todo o seu corpo, talvez a mais forte que já sentira até então. A sensação era de que o mundo a sua volta não existia mais, e que seu corpo estava sendo erguido por alguma força inexplicável. Ela apertava fortemente a cadeira tentando suportar a dor até que tudo acaba e sua visão volta a entrar em foco. O alivio é instantâneo.

_ E é por isso que os senhores e senhoritas precisam treinar_ Morfeu continha um olhar furioso de um pai zangado com seu filho por ter sujado a casa toda de lama depois de uma tarde de brincadeiras.

_ Você não devia ter feito isso_ Aribella sai da sala aborrecida dando uma ultima olhada em Ana que se recuperava do que acabara de passar.


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Oi gente, demorei porque estava estudando. Agora, deixem seus e comentários e se tiverem gostado seu voto. Valeu! =D



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