Chapter 1

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Em busca da casa de meus avós, encontrei muitos corpos, carros batidos e pegando fogo, destruição por toda a parte, não conseguia ver mais do que isso, era horrível olhar tudo isso, visualizar o terror que nas ruas era exposto.
Na delegacia consegui pegar alguns armamentos não muito pesados mas acho que dará para o gasto, as munições se encontravam em uma mala e as armas em outra, ambas cheias.
Meu trajeto não foi tão grande pela estrada, eu havia parado para comer e fazer minhas necessidades, sim, sem banheiro o meu amigo nessa hora foi o mato, claro que tomando total cuidado para não ser comida ou transformada em Zumbi.
Passadas quatro horas no carro, dirigindo sem parar apenas para abastecer novamente, pegar mais comida e ainda sim ouvindo música, eu havia chegado ao portal da cidade onde eu cresci, nasci e vivi até meus 16 anos. Hoje com meus 24 anos espero consegui sair desse buraco, a cidade que me mudei era melhor de todos os requisitos exigidos pelo padrão de vida social nela, mas ainda faltava o que eu mais precisava, a minha família.
Milhões de vezes durante a viagem e esses dias, eu me perguntava sobre a raça humana, como realmente ela surgiu, como ela poderia ser tão escrota, como ela criou algo implacável, algo ruim sem cura? Onde estará a cura? Como sobreviver o resto da vida, o resto dos dias mortos, cheios de mortos andando pelas ruas em busca de alimento, tentando se saciar. Mas a maior pergunta que eu me faço é se eles vão se comer quando toda a comida acabar, quando não restar mais vivos entre nós.

Mais quarenta minutos e cheguei ao portão de madeira escura com um cadeado nela, desci do carro junto a um grampo de cabelo e fui abri o tal portão. Voltei para o carro e assim que ultrapassei o portão avistei mais três carros parados em frente à varanda da casa. Com cuidado voltei a fechar o portão e trancar o mesmo. Dirigi até a casa tranquilamente para não levantar suspeitas sobre nada.
Peguei uma arma e uma faca na mala, colocando a faca por dentro da calça e a arma carregada em mãos.
Abri a porta do carro na maior tensão possível, fechei a mesma e comecei a andar em direção à casa, quem estaria lá? Não conheço nenhum desses carros.
Subi os degraus da escadinha da varanda de madeira e forcei de leve a porta para ver se a mesma estava aberta, mas não, a mesma estava trancada. Tirei a chave do meu bolso e coloquei na fechadura girando logo em seguida, dadas duas voltas eu forcei a porta e ela se abriu, totalmente devagar eu fui adentrando dentro da casa, um passo de cada vez, passos curtos e demorados.
Arma em punho apontando em todas as direções, coração a mil. Me apoiei em uma porta de onde eu comecei a ouvir vozes, minha pulsação acelerou, tentei abafar a ofegante respiração.
- Temos que partir amanhã logo cedo, não podemos ficar aqui mais um minuto ouviram?- Uma voz grossa e rouca falava do outro lado.
- Sem chances, aquelas coisas estão lá fora querem nos matar- outro falou quase gritando, estava desesperado.
- HEY, parem com isso...- Uma terceira voz surgiu.
- Com tanto que tenha comida, estarei até o fim onde vocês forem- quarta voz.
-Então iremos...
Todos olharam para mim, maldita hora que me apoiei demais na porta. Olhando de baixo para cima vi cinco meninos em torno da mesa da sala de jantar, todos eram muito bonitos, um loiro dos olhos azuis, muito azuis mesmo, ele era lindo, outro já era alto, o mais alto deles, cabelos grandes na altura do ombro e cacheados, olhos verdes e boca convidativa, outro deixava suas tatuagens do braço e antebraço aparecendo, seus olhos eram castanhos que na luz ficavam mais claro, tinha um tapete e uma barba de arrepiar mulheres totalmente apaixonadas por homens de barbas, os outros dois eram mais baixos que os outros três, um tinha cabelos negros e olhos na cor de mel, magrelo demais, mas ainda sim lindo, e por último um baixo gostoso de olhos azuis- verdes, bunda grandezinha e barba, minha nossa, eu estava no paraíso e ninguém havia me avisado.
- Quem é você e da onde veio?- o bundudo perguntou exaltado.
- Calma, eu vim em missão de paz, abaixem as armas.
- Como chegou aqui?- o loiro largou uma xícara- a preferida da minha avó- e se direcionou com uma pistola apontada em minha direção.
- Essa aqui é a casa dos meus avós e vim aqui em busca de abrigo, estou fugindo daquelas coisas lá fora e aqui eu achei que seria seguro.
- essa casa....é..dos..seus avós?- o de cabelos negros perguntou
- Se eu disse que é, é porque é, larguem as armas e vão dizendo quem são vocês.
- Calma ae gatinha, abaixe as garras.
- Calado cacheado. Saiam daqui.
- Vai fazer o que? Nada não é mesmo?- o de tatuagens amostra disse.
Me levantei do chão sacudindo a poeira, arrumei minhas roupas e sai da sala, corri para o quarto de meus avós e de lá fui até a janela. O que eles estavam fazendo lá?
Abri a janela e sentei no telhado tomando cuidado para não cair, apertei o gatilho e mirei bem em uma coisa, acertando em cheio sua cabeça.
- Belo tiro- o magrelo disse me assustando- vai me dizer quem é você?
- Não confio em você e muito menos nos seus amiguinhos.- levantei bruscamente do telhado assim quase caindl do mesmo.
-Calma ai- ele puxou meu braço me impedindo de cair- cuidado moça. Sou o Zayn, Zayn Malik- sorriu
- Legal Malik, agora vou descer, quero saber quem vocês são realmente.

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