Capítulo. 3

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Parei o carro em frente a casa do Ricky, passei meus olhos por toda a casa, estava tudo escuro, parecia não ter ninguém em casa, ou poderiam estar dormindo, são 03:46 da manhã, foda-se, vou entrar assim mesmo, sai do carro e observei todo o local, não tinha ninguém, Charlie fez o mesmo.
- Tudo limpo. - Ele disse fechando a porta do carro, balancei a cabeça positivamente, andei até a casa, pulei a cerca e Charlie veio logo atrás, tirei a arma do meu quadril e a segurei apontando pra frente, destravei o gatinho, já estava pronto para meter bala, em um chute, botei a porta ao chão encontrando a mulher dele e a filha na sala dormindo com a televisão ligada, me aproximei delas e desliguei a TV. - Cadê o desgraçado do seu marido? - Gritei a fazendo acordar em um pulo.
- Quem é você? - Ela perguntou confusa.
- Não interessa. - Apontei a arma na sua cabeça. - Cadê o desgraçado do seu marido? - A menina acordou e me olhava assustada.
- Calma amor, ele não vai fazer nada com você. - Ela disse num sussurro abraçando a filha.
- Cadê porra? - Bati com a arma na cabeça dela a fazendo cair pro lado.
- Mamãe! - A menina começou a chorar.
- Justin! - Charlie me chamou me fazendo olhar pra trás, ele fez sinal dizendo pra mim olhar lá pra cima.
- Desgraçado! - Apontei a arma pro Ricky que estava das escadas olhando tudo, covarde, nem teve coragem de defender a mulher e a criança, em uma distração minha, Ricky puxa uma arma do seu quadril e me acerta com um tiro no peito, meu corpo tomba pra trás me fazendo cair ao chão, botei minha mão no peito esquerdo tentando estancar o sangue, mas era em vão... minha visão estava ficando embaçada, eu não posso morrer antes de acabar com esse desgraçado.
- Justin! - Charlie gritou se aproximando de mim.
- Não deixa esse verme fugir! - Gritei guase parando, Charlie pegou a minha arma e saiu correndo atrás do Ricky.
A menina não parava de me olhar, olhava com medo, olhar de sofrimento, de piedade, sua mãe estirada ali no sofá desmaiada, sangrando...
Escutei dois barulhos de tiro, a menina arregalou os olhos e abraçou a mãe, Charlie desceu correndo das escadas e veio ao meu encontro.
- O babaca no Ricky não te pertuba mais. - Ele disse me ajudando a levantar.
- Ela vai ficar bem. - A menina não parava de chorar. - Me leva até ela. - Ordenei ao Charlie. - Qual seu nome?
- Sofia. - Ela disse em meio ao soluço, a mãe dela se levantou tonta, quase caindo ao chão.
- Sofia. - Ela a pegou no colo. - Se afaste dele! - Eu precisava de um médico, a cada movimento meu, a dor ia aumentando mais, minha visão se embaçava, quando eu ia cair ao chão, Charlie me segurou.
- Vamos, você precisa de um médico. - Charlie me levou até o carro, abriu a porta de trás e me colocou com cuidado, ele fechou a porta e deu a volta no carro pegando o banco do motorista, deu a ré rapidamente, saindo na maior velocidade em direção ao hospital.
- Não conta... - Eu não estava conseguindo falar. - Pra minha mãe oque houve. - Forcei.
- Ela precisa saber Justin! - Meu olhos foram se fechando, olhei pra minha camisa e ela estava toda encharcada de sangue, meu braço caiu pro lado e a paguei.

P.o.v Charlie

Me desesperei, o Justin não podia morrer, acelerei mas o carro com esperança de poder chegar ao hospital mas rápido.

Minutos depois...

Estacionei o carro desesperadamente na frente do hospital, sai do carro batendo a porta, dei a volta no carro e abri a porta de trás, o chão do carro estava totalmente coberto por sangue, sua blusa branca já não era mais, puxei o braço do Justin o trazendo pra mim, o tirei do carro e passei sua mão pelo meu pescoço, ele era pesado, quando eu ia cair com ele ao chão um senhor que passava por mim segurou o Justin, entramos no hospital a procura de alguém que pudesse nos ajudar. - Um médico por favor! - Gritei chamando atenção de todos, três médicos vieram em nossa direção com uma maca, o botaram deitado ali e o levaram. - Obrigado. - Agradeci ao senhor que me ajudou.
- De boa. - Ele saiu do hospital, eu estava desesperado, procurei pelo meu celular no bolso mas não encontrei, eu tinha o tacado fora. - Moça posso usar o telefone? - Perguntei na recepção.
- Sim. - Ela disse confusa, peguei o telefone e disquei o número da casa do Justin.

Ligação on

- Alô? - Pela voz ela a tia Mada.
- Tia Mada?
- Sr. Charlie!
- Pattie está?
- Sim.
- Põe ela na linha por favor.
- Desculpe me meter, mas aconteceu algo?
- Sim, e foi com o Justin.
- Só um minuto. - Pude ouvir seus passos fortes, ela estava correndo.
- Charlie! Oque houve com o Justin?
- Calma tia Pattie, vem pro hospital " Medical Center ".
- Okay, já estou indo. - Ela desligou e finalizei a ligação.
- Será que eu poderia ver o paciente Justin Drew Bieber? - Perguntei.
- Quem seria?
- Oque acabou de chegar, que levou um tiro.
- Não meu senhor, ele está se preparando pra cirurgia para retirada da bala.
- Okay. - Me sentei no banco e fiquei esperando a Tia Pattie.

Ligação off

40 minutos depois...

Pettie entrou por aquela porta acompanhada pelo Patrick, o segurança.
- Cadê o Justin? - Ela gritou vindo em minha direção.
- Está na sala de cirurgia.
- Porque sua camisa está toda cheia de sangue? Oque houve com o Justin? - Seus olhos começaram a lacrimejar.
- Calma tia, ele levou um tiro, mas ele vai ficar bem. - Tentei acalma-la.
- Um tiro? Esse garoto não para! - Ela disse alto chamando atenção de todos.
- Calma, ele vai ficar bem.
- Tomara. - Ela disse passando a mão nos cabelos preocupada. - A partir de segunda, você e o Justin vão pra School Right.
- Hãm? Como assim?
- E lá vocês passarão a semana toda, só voltam na sexta.
- Qual foi tia?
- Qual foi nada, vão fazer algo que preste na vida de vocês.
- Estudar? - Franzi a testa
- Claro. - Revirei os olhos.

Horas depois...

Já fazia horas que aquela cirurgia não acabava, e a cada minuto tia Pattie ficava mas tensa.
- Senhor Charlie? - Um médico chamou pelo meu nome vindo em minha direção.
- Eu! - Me aproximei dele.
- O senhor Justin já está bem, por sorte a bala mão atingiu o coração.
- Graças a Deus. - Disse aliviado. - Será que posso ve-lo?
- Também quero ir. - Pattie disse se aproximando.
- Você, quem é? - O médico perguntou a encarando.
- Mãe do Justin.
- Só pode entrar uma pessoa.
- Tia, eu vou, depois você vai.
- Sim.
- Me acompanhe por favor. - O médico saiu andando e eu o acompanhei, subimos as escadas para o segundo andar, entramos em um corredor que deu de cara com o quarto onde o Justin estava, entrei no quarto e o Justin estava deitado encarando a parede.
- Justin! - Chamei atenção dele.
- Fala aê verme. - Ele se virou com um sorriso no rosto.
- Não sorri assim se não eu me apaixono. - Eu disse risonho.
- Vai se fuder!
- Calma! Como cê tá cara?
- Você não está vendo?
- Arrombado! - Ele me mostrou o dedo do meio. - Sua mãe botou a gente na escola. - Me joguei no sofá que tinha ali.
- Que? - Ele franziu a resta.
- Vamos estudar.
- Você vai estudar, eu não ponho o pé na escola por merda nenhuma.
- É na mesma escola onde os garotos estudam.
- School Right?
- Sim.
- Só tem gostosas nessa escola. - Ele disse mordendo os lábios.
- Como sabe? - Cruzei os braços.
- Já estudei lá.
- Dessa eu não sabia. - Peguei meu celular no bolso que estava tocando.
- Tem muita coisa que você não sabe! - Ele disse misterioso. - Quem é?
- Sua mãe. - Atendi. - Tia!
- Desce logo Charlie, eu quero ver me filho.
- Tá bom. - Me levantei do sofá finalizando a ligação.
- Oque a velha quer?
- Que eu desça pra ela subir, vou lá antes que ela ligue novamente. - Valeu. - Justin gritou quando abri a porta saindo, desci as escadas correndo, Tia Pattie já estava agoniada.
- Achei que não ia descer. - Ela passou por mim correndo. - Onde ele está? - Ela voltou me fazendo rir.
- Segundo andar, sala 302. - Me sentei na cadeira ao lado do Patrick.

P.o.v Pattie

Assim que vi meu filho, me senti melhor, ele me olhou rindo, acho que é porque eu vim correndo.
- Calma mãe, eu não morri. - Ele disse se ajeitando na cama.
- Por pouco né, você e o Charlie só aprontam.
- Nem tanto. - Ele virou o rosto pro lado.
- Tá frio, porque te deixaram sem camisa?, Eles são malucos? Vai que você fica resfriado. - Tirei meu bresser pondo em cima dele.
- Mãe, eu que pedi pra ficar sem camisa, e não tá frio, fresca! - Ele jogou o bresser pro lado da cama.
- Fresca? Então quando você pegar um resfriado brabo, você vai me agradecer. - Peguei meu bresser o vestindo.
- Pode deixar, vou fazer uma serenata, com direito a flores e chocolates.
- Besta. - Ele começou a rir.
- O Coroa já sabe que levei um tiro?
- Seu pai?
- Tem outro?
- Ainda não, mas vai saber.
- Ele não precisa saber.
- Claro que precisa, é seu pai Justin. - Ele me olhou com raiva. - Eles trocaram esse curativo?
- Três vezes hoje. E se você acha que vou estudar, está enganada.
- Justin Drew Bieber! Não testa minha paciência, você vai, sem mais nem menos.
- Licença. - O médico disse entrado no quarto. - Justin, você precisa descansar.
- Não posso dormir aqui?
- Não, vai pra casa mãe, você também precisa descansar.
- Abusado. - Dei um beijo sua bochecha, e sai do quarto.

1 Semana depois...

~~Continua~~

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