Capítulo 16

141 11 0
                                    

Paramos em frente da minha casa e eu estou tentando ter coragem pra entrar. Lembranças vem à minha cabeça. Lembranças dos meus dias naquela casa.

"- Idiota! Vagabunda! Vadia! Você nem deveria ter nascido!"

Ainda escuto os gritos dela. Ainda consigo escutar. Não vejo ela desde que disse que ia pra São Franscisco à dois meses. Desde esse dia eu sinto paz. Mas não uma paz completa.
Sinto uma mão pegar a minha. Olho pra baixo e vejo a mão do Noah.
- Vai ficar tudo bem - disse ele tentando me acalmar.
Respirei fundo e saí do carro. Fui pra porta da frente. Eu perdi minhas chaves em algum lugar, mas meu pai sempe deixa uma cópia debaixo de uma pedra encantada. Só eu, meu pai e minha madrasta podemos pegar. Me abaixei, levantei a pedra e peguei a chave.
Destranquei e abri a porta. Estava tudo escuro.
- Olá?! Pai! - gritei. A única resposta foi o eco da minha voz.- Cheguei pai! - nada.
- Acho melhor irmos embora - disse a Anna com ar de medo.
- Eu só tenho que pegar algumas coisas - disse, subindo as escadas.
Cheguei no meu quarto e entrei. Está igual ao que eu deixei. Vou pra prateleira de poções e peguei tudo que precisava. Peguei também meu livro de feitiços e poções, meu tablet e meu notebook. Saí do meu quarto e fui pro quarto do meu pai. Fui ao criado-mudo, abri a gaveta e peguei o cartão de crédito e o de saque. Saí do quarto do meu pai e desci as escadas. O Noah e a Anna estavam sentados no sofá, claramente desconfortaveis.
- Vamos? - disse quando estava no pé da escada.
- Vamos - disse o Noah, aliviado.
Saímos daquela casa com o precentimento de que não seria a últma vez que voltariamos pra cá.

A Filha de AtenaOnde histórias criam vida. Descubra agora