Capítulo 24

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Estamos nos preparamos pra ir ver o Agradon.
Pego a minha mochila com as armas e a poção e coloco nas costas, mas também tenho uma arma com balas encantadas na cintura e uma adaga presa no meu cinto.
Saímos do apartamento e eu o tranco. Descemos do elevador e eu dou a chave pro José. Saímos e começamos a caminhar. Andamos por meia hora até chegarmos na praia. Esta cheia, mas nem tanto. Paramos e eu me lembro: Onde ele esta?
- Sabe onde ele está? - a Anna pergunta.
- Em uma caverna, mas eu não sei qual.
- Pode descobrir? - o Noah pergunta.
- Posso. Mas vai ser difícil. Posso rastrear a minha avó, mas não sei se a essen5cia dela é a mesma.
Respirei fundo, fechei os olhos e me consentrei. Tenho a essência da minha avó memorizada, e é só dispersar. Abro os olhos e vejo um rastro até uma caverna nos rochedos.
- Ela está em uma caverna nos rochedos. - digo apontando pra la.
- Então vamos pra lá. - disse o Noah.
E começamos a andar.

Estavamos andando por 20 minutos e, mesmo sendo inverno, estava quente. Andamos mais um pouco e me deparei com uma pessoa, uma pessoa que não esperava ver.
- Lucas - sussurro.
- Quem? - a Anna perguntou.
- Lucas! - grito pra ele e começo a correr. - Lucas! Lucas!
Ele me ouviu e se virou.
- Lucas!
- Lara!
- Lucas!
O alcancei e pulei em cima dele para um abraço. Eu tenho uma saudade dele.
- Que saudade - ele diz.
- Onde você estava - digo me soltando dele. - Faz três anos que não te vejo.
- Minha família viajou pra Rússia, pra visitar o legado e achar os descendentes do Rommanoff.
- Legal.
- Lara, pera aí! - escuto o Noah chamar.
- Quem são? - pergunta o Lucas apontando com a cabeça pra eles.
- São a Anna Júlia, e o meu namorado, Noah - apresentei quando eles chegaram até mim.
- Namorado?
- É. Definitivo. Pode falar em inglês, por favor. Eles não entendem o português.
- Claro.
Aí eu me lembrei.
- Me dá sua mão.
- Pra que? - desconfiado...
- Quero ver uma coisa.
Ele me deu a mão e eu senti.
Vou explicar: Cada pessoa tem uma essência diferente, mas as espécies tem auras diferentes. Exemplo: um semideus tem a aurs diferente da de um humano comum. Assim eu consigo identificar cada coisa. E o Lucas é um semideus.
- Você é um semideus - digo, soltando a mão dele.
- Ele o que?
- Eu o que? - o Noah e o Lucas dizem ao mesmo tempo.
- O Lucas é um semideus - esclareço.
- Impossível - todos dizem.
- Possível. Ele tem a minha idade, é disléxio, tem TDAH e só conheceu um dos pais.
- Como você tem certeza? - pergunta a Anna.
- Senti a aura dele. Ele é um semideus - respondo.
- Quem é o pai ou a mãe dele? - peegunta o Noah.
- Não sou tão boa. Mas, ele pode ajudar.
- Como? - perguntam todos.
- Nós precisamos de ajuda porque se é o Agradon que está com a minha avó, não vamos ter chance sozinhos.
- Mas eu não faço o que você faz - contraria o Lucas.
- Você consegue, esta no seu sangue.- asseguro - Além do mais, você fez esgrima e arco e flecha no acampamento, lembra? E pelo que eu sei da sua família, eles não deixaram você parar.
- É, tem razão - ele responde.
- Mas, temos um problema - digo.
- Qual? - eles perguntam.
- Não posso aguentar uma barreira pra quatro semideuses.
- E isso quer dizer? - pergunta o Lucas.
- Quer dizer que eu vou ter que desfazer a barreira e rezar pra que nenhum monstro venham nos pegar.
- Monstros? - pergunta o Lucas.
- É, monstros.
Desfiz a barreira. Fico um pouco fraca porque a barreira puxou muito de mim. Mas nós não andamos nem cem metros...

A Filha de AtenaOnde histórias criam vida. Descubra agora