Capítulo 8

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Eu estava na arena de treinamento vendo os outros campistas treinarem. Percy voltou com um arco e uma aljava de flechas.
- Vamos ver se consegue acertar sem magia - ele me desafiou.
- Não preciso de magia para ser boa - retruquei pegando o arco e uma flecha da aljava.
Posicionei a flecha no arco, me coloquei na posição correta, posicionei o arco de modo que as dobras da minha mão tocasse minha bochecha, mirei e soltei a corda. A flecha acertou o centro do alvo. Isso aconteceu com mais dois alvos.
Larguei o arco e peguei algumas adagas e me posicionei à alguns metros de outros alvos com o pé direito na frente e coluna reta.
Pequei uma adaga pela lâmima, mirei e atirei. A adaga pegou o centro do alvo. Fiz isso com mais três alvos.
Me virei para o Percy e o vi de boca aberta. Ele balançou a a cabeça para se recuperar e disse:
- Espera aqui - e saiu disparado até o arsenal.
Ele voltou de lá pouco tempo depois de algum tempo trazendo uma espada de fio duplo de cobre. Me deu a espada dizendo:
- Vamos ver se é boa em esgrima.
- É um desafio? - perguntei levantando uma sobrancelha.
- Claro - ele respondeu.
Peguei a espada da sua mão e disse enquanto a empunhava:
- Você vai perder feio - e ataquei.
Ele já tinha sua espada na mão e se defendeu chocando com a minha. Fui um passo pra trás e então ele atacou e eu defendi.
Ele tentou me acertar de novo, mas eu dei uma estrela pra trás e me defendi. E continuou essa dança de espadas até eu girar o punho com a espada dele cruzada à minha e cava- la no chão. Levantei a minha espada e apontei- a para o pescoço dele.
Estávamos os dois ofegantes e sem falar nada até eu ouvir aplausos. Levei um leve susto e acordei de um certo transe.
Me virei e vi vários campistas aplaudido a luta. 
- Por que estão aplaudindo? - perguntei.
- Apenas uma pessoa me venceu na eapadas e foi ele que me ensinou a lutar.
- É o que aconteceu com ele? - perguntei.
Ele leva uma mão a nuca e esfrega. - Não gostamos de falar dele.
- Tudo bem - concordei desconfiada. Eu ainda vou saber o segredo deste lugar.
Saímos da arena e eu vi que tinha alguns campistas nadando no lago. Resolvi nadar também e como estou sem biquíni tirei o short e a blusa e corri para o lago.
Nadei até o meio do lago e mergulhei. Voltei para a supefície e resolvi treinar um pouco. Me concentrei e comecei a imaginar as formas e fazê-las. Primeiro fiz um cavalo, depois fiz um gato.
Fiquei fazendo formas na água e fui me empolgando. Quando me dei conta, estava em um trono feito de água e todo mundo me olhando. Me toquei que estava só de calcinha e sutiã. Desfiz o trono e mergulhei na água com uma bolha de ar para respirar. Nossa que vergonha.

Não sei quanto tempo fiquei dentro d'água, só me dei conta que estava muito tempo lá quando vi uma silhueta na água.
Quando a pessoa chegou mais perto, eu vi que era o Percy.
- O que está fazendo aí? - escuto ele perguntar.
- Eu estou morrendo de vergonha - respondo. - Não quero voltar lá.
- Não precisa ter vergonha - ele fala. - Não tem problema nenhum o que aconteceu. Não foi sua culpa - tenta me consolar.
Eu penso um pouco e vejo que não tenho que ter vergonha. Respiro fundo, quase acabando com a bolha de ar, e nadamos de volta para a superfície.
Chegando na superfície ele se via para mim e diz:
- Vou te esperar na margem - e nadou pra terra.
Fui atrás dele. Chegando na margem, fiz um pequeno furacão ao meu redor para me secar. Depois de seca visto minhas roupas e vou com o Percy para o refeitório.
Chegando no refeitório, todos ficaram olhando pra mim e isso é desconfortável.
Sento na meu lugar na mesa de Athena, coloco minha comida no prato, levanto, faço minha oferenda e sento para comer.
Todos ficam me olhando e isso não é muito legal.
Quer o que depois daquela cena.
Valeu subconsciente. 'Tô' muito melhor agora.

A Filha de AtenaOnde histórias criam vida. Descubra agora