A Filha de Atena

Capítulo 26

- Vovó - digo com a voz fraca.
Ela estava lá, no meio da caverna. Ela não estava amarrada, em um círculo de magia negra com a alma de Agradon ao redor dela. Não. Ela tava em pé, se movimentando, parecendo livre. Mas, o mais assustador, era que ela estava 50 anos mais jovem.
- Lara, quantos anos a sua avó tem? - perguntou a Anna.
- 72 anos - respondi.
- Esta bem gostosa - diz o Lucas.
- Respeito - bato no braço dele - Ela é minha avó.
Enquanto olho para aquilo, tive uma ideia.
- Tenho uma ideia.
- Quando você não tem? - o Lucas me zoa.
- Cala a boca. Vem.
Levo eles pro canto e conto o plano.

- Oi Agradon.- digo com a voz cheia de sarcasmo.
- Lara. Que saudade.- ele diz com sarcasmo.
- Sabe, você fez um bem danado pra minha avó - continuo - Você está bem mais poderoso que pensei.
- Eu sou poderoso mesmo.
- Nossa, nem um pouco modesto - digo com ironia.
- Mas, não viemos aqui pra bater papo, me entegue a poção.
- E o que eu ganho? - pergunto, analizando as unhas.
- A sua avó de volta - diz.
- Pouco.
- Posso renascer o seu avô.
- Pouco.
- Posso te deixar em paz.
- Pouco.
- E que tal, seus amigos inteiros? - ele balançou a mão.
Meus amigos estavam suspensos no ar. E estavam sendo esmagados. Eu tenho que fazer alguma coisa.
- Para. Eu te dou a poção. Só solta eles.
- Boa garota - ele estala os dedos e eles caíram - Agora ME DÊ A POÇÃO!
Caminhei até ele, com a poção na mão. Estava na frente dele e ia entegar a poção, quando parei. Olhei nos olhos dele e disse:
- Acha mesmo que eu sou idiota?
Joguei o frasco pro Lucas e ele pegou. Olhei pro Agradon, dei um soco na boca do estomago e outro soco na nuca. Me afastei dele.
Ele se levantou e fez um terremoto. Eu tentei estabilizar o solo. Ele fez um mini furacão. Eu fiz outro e acabei com o dele.
Ele tentou fazer uma muralha de chamas, mas eu me concentrei nas estalaquitites e influenciei a maior quantidade de água que consegui e apaguei o fogo.
(N/a: Estalaquitites são formadas pela queda da água salgada nos tetos das cavernas e grutas.)
Ele usou os quatro elementos e fez uma espada. Peguei a minha. Ele me atacou, mas eu bloqueei. Me atacou de novo, só que eu não fui tão rápida e ele fez um corte no meu braço. Fez outro corte na minha cintura e outro na minha perna.
Eu caí no chão, estava fraca. Ele ficou emcima de mim com a espada na mão.
- Parece que você não ficou forte - ele disse, erguendo a espada - Agora, você vai dar um alô pro vovô.
- Não, você que vai - dei uma joelhada nas costas dele e um chute na barriga.
Me levantei. Me consentrei, juntei todos os cinco elementos (fogo, terra, água, ar e espírito) e formei um arco e uma flecha.
Preparei o arco e mirei.
- Thau vovó - uma lagrima caiu do meu olho e atirei.
Acertou no meio dele e desapareceu.
Isso foi a última coisa que vi antes de desmaiar de exaustão.