Eu nunca precisei de boas respostas pra calar esse cara, eu tinha outras formas de resolver essas desavenças. Estávamos em um jogo, só poderíamos jogar.
-Golaço cara! Assim que se faz.
Fui para o meu lado e esperei que cobrassem o meio de campo. Não demorou para que o time adversário perdesse a posse de bola, e claro que não iríamos disperdiçar, voltei um pouco, era minha vez de dar o passe. Esperei que Jonatan avançasse e cruzei pra ele, que dominou de peito e chutou.
GOOOOOL!!
-Mais um pra conta moleque! É desse jeito.-Corri para fazer um "toca aqui" com Jon.
-Mas você que me deu o passe perfeito cara.- disse ele não querendo ficar com todo o crédito.
-Só tava retribuindo.
Só que em uma tentativa de gol do time adversário, Cris acabou dando um empurrão em Marcos que, sofrendo falta cobrou perfeitamente (É duro admitir), e acabou resultando em um gol.
-Relaxa aí Carlos, foi só uma - falei reanimando o goleiro.
Tudo bem, estávamos na frente. Cobramos o meio de campo toquei para Cris e avancei como nas vezes anteriores. Ele driblou um e tocou para Jonatan. Porém Jonatan se enrolou com a bola na hora de dominar e perdeu a posse para David do time adversário, que tocou para Marcos.
Coitado do Cris, levou um chapéu e resultado: outro gol.
-O que houve com tuas pernas cara!
-Foi mal, não sei o que aconteceu - respondeu Jon meio triste
Um pouco desanimados, Cris e Jonatan voltaram para seus lugares.
Agora sim era a hora, faltava só o meu.
Recebi o passe e na mesma hora Marcos correu na minha direção. Eu quase podia ver nos olhos dele, "você é meu".
E eu só posso dizer que, a sensação de passar a bola entre as pernas do seu maior adversário só não é mais doce que um pedaço de pudim.
-Fecha as pernas brother - provoquei ironicamente.
E pro azar deles eu só guardei o melhor pro final. Com um chute encerrei o jogo.
-GOOOOOOL! - todos gritaram em um coro.
Dava quase pra ouvir a torcida gritando. Nos sentimos jogadores profissionais
Cansados mas vibrando, depois de uma vitória, fomos para casa.
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Um último verso
RomanceNascido nas favelas do Rio, Julio perde os pais em um tiroteio e é criado pelo seu tio, ele encontra nos versos um refugio e uma forma de descarregar sua mente. No entanto, em um dia, ele encontra uma garota na praia e descobre uma nova razão para s...
