Capítulo 45

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(A FOTO EM CIMA É DA CADELA QUE ADOTEI, SIM, É UMA PASTORA BELGA)
Escuto alguém chegando, pergunto:
- Quem é?
- Sou eu.
- Você quem?
- Se você olhar pra mim vai saber.
Olhei pro lobo que estava parado a mais ou menos 5 metros de mim, ele era grande, preto e branco, até que é bonitinho, perguntei:
- Quem é?
- Você não me conhece.
- Não mesmo, agora fale quem é.
- Sou o Lucas, prazer.
Me levantei, espreguicei e falei:
- Prazer, como você me achou?
- Basicamente, te vi entrando na floresta e te segui.
- Só isso?
- É.
- Então eu preciso tomar mais cuidado.
- Mais ou menos, cuidado você precisa tomar, e eu já estava lá no começo da floresta, então de um jeito ou de outro ia te ver.
- Hum, legal, agora licença.
- Já vai?
- Já.
- Porque?
- Porque eu preciso ir.
- Você nem sabe onde está.
- Claro que sei, eu está sou debaixo de uma árvore.
- Olhe então.
Olhei em volta, e não estava embaixo de uma árvore, perguntei:
- Aonde eu estou?
- Falei.
- Responde agora. Começo a rosnar.
- Calma, eu te trouxe aqui.
- Isso eu sei, eu quero saber aonde eu estou.
- Você está numa floresta.
- Fala logo.
- Tá, eu te encontrei desmaiada, e você está numa tribo.
- Tribo?
- É, tribo indígena.
- Na mesma floresta?
- Não.
- Então me leva pra minha floresta agora.
- Não posso.
- E porque não? Me sento.
- Porque o chefe não deixa.
- Quem é seu chefe?
- Você não preta atenção em nada.
- Presto sim, e quem é você pra me julgar?
- ninguém, mais conversando com você por 5 minutos Já é o suficiente.
- Hum, tá, aquele índio sentado lá no fundo, quem é?
- O filho do chefe.
- Ele sabe onde o pai dele tá?
- Claro.
- Então eu vou lá falar com ele.
- Tá, mais tome cuidado.
- Pode deixar.
Levanto e vou até o índio, ele olha assustado pra mim, pergunto:
- Cadê seu pai?
- Quem é você?
- Não interessa, cadê seu pai?
- Quem é você?
Rosno pra ele, Lucas chega atrás de mim e fala pro índio:
- Ela está perdida, nervosa, com fome, com frio, com sede, e quer saber onde seu pai está, você pode falar pra ela?
- Não.
- E porque?
- Porque ela pode atacar meu pai.
- Ela não vai, né Vi? Ele piscou pra mim. Respondo:
- É.
Lucas:
- Viu, agora fala pra ela?
- Tá, mais se ela atacar meu pai, não penso duas vezes.
- Para de enrolar e fala logo.
- Ele tá na tenda dos pequenos.
- Tá, obrigado.
- Tá.
Eu e Lucas fomos andando até a tenda dos pequenos, perguntei:
- Você sabe meu nome?
- Sei, é Vitória.
- Sim, mais porque me chamou de Vi?
- Pra parecer que somos amigos ou parentes.
- Hum, ainda bem que não falou namorados.
- Porque?
- Porque eu já tenho.
- Nossa.
- Que foi?
- Nada.
- Tá, oque é tenda dos pequenos?
- É uma tenda aonde ficam algumas crianças.
- Algumas?
- É, não é todas, é apenas algumas.
- Hum, é longe?
- Não, uns 2 minutos e chegamos.
- Tá.
Ficou um silêncio, até que Lucas fala:
- Chegamos.
- Percebi já.
- Credo.
- Para de falar credo.
- Tá.
- Cadê o "chefe"?
- Tá mais pro fundo da tenda.
- Tá.
Entramos na tenta e fomos lá pro fundo, o "chefe" estava sentado numa pedra, contando uma história para as crianças, cena mais chata, Lucas falou:
- Licença, essa loba aqui é a Vitória, e ela quer conversar com você Frederico.
- Tá, mande ela esperar lá fora.
- Tá bom.
Lucas olhou pra mim e perguntou:
- Você escutou né?
- É, tô lá fora.
- Tô lá junto com você.
- Kkkk.
Fomos pra fora da tenda, me sentei e fiquei esperando, Lucas deita na minha frente, como não tem nada pra fazer, pulo em cima dele, e ele fala:
- Não podemos brincar, só as crianças podem.
- Nossa, nem um pouquinho?
- Um pouquinho sim.
- Então vamos brincar.
- Tá bom.
Começamos a brincar, até que o "chefe" aparece, Lucas se levanta (Estávamos um em cima do outro, Lucas em cima de mim) e e eu também, o Frederico pergunta:
- E então Vi? Oque queres falar comigo?
- Quero perguntar que floresta eu estou.
- Você está na floresta Curumin.
- Nossa, e eu não posso voltar a floresta que eu estava?
- Só com a minha permissão.
- Tá, querido senhor Frederico, você me deixa voltar pra casa?
- Como pediu certo, deixo, o Lucas te leva.
- Tá, vamos Lucas.
Lucas responde:
- Vamos, só uma coisa, é longe.
- Não tem problema.
- Tá.
Fomos andando pra floresta que eu estava, perguntei:
- Você mora na floresta Curumin?
- Na verdade a floresta não chama Curumin, a tribo que se chama, e não, eu não moro nessa tribo.
- Mais parece que você mora.
- É que eu cheguei aqui ontem, me explicaram tudo, aí eu vou embora hoje.
- Mais você já tá indo embora.
- Aé, você tem uma alcatéia?
- Tenho.
- Você poderia me falar quem está nela e a quantidade?
- Posso, vale cachorro?
- Vale.
- Então tá, tem eu, minha amiga Asheley, o namorado dela Luis, o Jack meu namorado e irmão do Luis, o Junior irmão do Jack e do Luis, Alisson acho que o primo do Junior ou do Luis, a Giovanna a namorada do Alisson, meu pai Vitor, meu irmão Leonardo, um lobo chamado Black, outro chamado Keller, contando comigo tem 11, sem mim 10.
- Nossa, será que eu poderia entrar?
- Pode, você vai ter que morar na minha casa.
- Vocês não moram na floresta?
- Não, á, e eu esqueci, tem mais a minha cadela, o mini cachorro da minha amiga, meus 2 filhotes e 1 filhote da minha amiga.
- Nossa, quanto integrante, kk, eu não vou ser um incômodo?
- Não, se você quiser, podemos ir morar na floresta.
- Eu adoraria.
- Então tá, você espera na floresta, enquanto eu chamo os outros.
- Tá.
- Ainda vai demorar quanto tempo?
- Acho que 1 hora.
- Nossa, é longe mesmo.
- É, você tem asas.
- Tenho, se você quiser, podemos ir voando.
- Eu quero.
- Então sobe nas minhas costas.
- Tá.
Lucas sobe nas minhas costas, saio voando, chego na floresta com a ajuda dele em 1 hora, pouso no chão, e Lucas desce das minhas costas, pergunto:
- E aí?
- Oque?
- Como foi?
- Nossa, ver as coisas lá de cima é bem legal.
- Verdade, eu vou lá falar pro outros.
- Tá, pode ir.
- Ok.

A Menina LobaOnde histórias criam vida. Descubra agora