─ O que achou? - perguntei ao meu melhor amigo, que estava no sofá da sala me esperando. Eu visto uma blusa social azul-marinho, uma calça jeans preta, calçada nos meus saltos amarelos, meu cabelo ruivo se encontra solto com a franja presa formando um pequeno topete e uma maquiagem básica, apenas com o delineador, máscara e batom nude.
─ Por cinco segundos você me fez te desejar em minha cama. - diz. ─ Você está linda como sempre, Rach. - me olhou de cima a baixo mais uma vez. ─ Mas, por favor, tira esse óculos.
─ Qual é, Ian?! - murmurei. ─ Você sabe que não consigo enxergar sem ele. - faço uma voz manhosa.
─ Okay, tanto faz! - diz se levantando. ─ Vamos? Não quero me atrasar. E creio que você também não. - concordo, ele pega minha bolsa que deixei em cima do sofá, pega sua maleta e saímos do apartamento, em direção ao seu carro.
Ian Meyer é meu melhor amigo, minha única família. Ele é um homem alto - não sei exatamente a altura -, cabelos castanhos, olhos incrivelmente azuis, uma barba por fazer. Seu corpo é desejado por todas as mulheres. Confesso que se ele não fosse gay, já tinha pegado ele. Falando nisso, nos conhecemos numa tentativa de fica. Estávamos na festa de aniversário de uma colega da faculdade, eu já tinha visto ele andando pela faculdade, então do nada, ele resolve vir até mim. Ian já estava alterado por conta da bebida, e eu também. Conversa vai, conversa vem... até que ele me arrasta para um dos quartos da casa. Se eu estivesse completamente sóbria, não iria, mas a bebida tinha sortido efeito em mim. Chegando no quarto, ele começa a me beijar, um beijo bastante urgente. Tirou minha blusa e calça jeans, me deixando de roupa íntima. Eu me atrevi a deixá-lo só de cueca também. Depois ele me beijou com mais vontade me deitando na cama, ficando sobre mim. Mas daí ele parou do nada. Deitou do meu lado e começou a sorrir. Eu estava sem entender, então ele me olhou com os olhos lacrimejados e sussurrou um "eu não consigo" quase inaudível. Eu me sentei e perguntei o que houve, e ele apenas respondeu "eu sou gay", e desabou no choro. Eu não sabia o que fazer. Um homem nunca chorou na minha frente, então voltei a deitar, fazendo ele deitar sobre meu colo semi-nu. No outro dia, todos da faculdade sabiam que havíamos dormido juntos, mas o que eles não sabiam, é que apenas dormimos juntos, e não dormimos juntos. Deixamos os boatos se expalharem. Ian fora expulso de casa por seus pais, só tinha seus colegas, e tinha medo de perdê-los também. Desde então eu tenho que aturar ele na minha vida.
─ Terra chamando Rachel! - diz meu amigo. ─ Acorda, garota!
─ Eu estava pensando em como seria a entrevista. - minto. Porque ele odeia o fato de eu o lembrar que quase foi pra cama com uma mulher.
─ Você sabe que pode trabalhar comigo, Rach. Pode ser minha secretária, assistente, escrava... sei lá.
─ Escrava? - pergunto sorrindo. ─ Não quero trabalhar com meu melhor amigo. Seria moleza demais. Quero reclamar de cansaço, me preocupar em não me atrasar, ter inimigas... essas coisas. E outra, eu não sou ligada à moda.
Ian trabalha numa empresa de moda, que não me esforço em lembrar o nome. Não sei exatamente o nome, mas é ele que escolhe o figurino dos modelos. Ele mesmo compra minhas roupas, pois, segundo ele, "eu me visto como um homem, não como uma mulher gostosa".
─ Isso se chama masoquismo, amor. - diz procurando uma música do seu pen drive. ─ E também, eu sempre quis ter uma secretária gostosa para fazer sexo em cima da mesa nas horas vagas.
─ Esse seu amiguinho aí não serve pra nada, Ian. - digo gargalhando de seu comentário. ─ Você nem o usa.
─ Você que pensa, querida... - disse fazendo cara de safado. ─ Você que pensa...
Nesse momento tocava alguma música da Beyoncé, que apesar de eu não gostar muito, sabia a letra.
Minutos depois ele para o carro na frente do enorme prédio com o letreiro gigante escrito "Donovan Advocacy". Chegamos.
─ Última chance pra trabalhar comigo. - diz assim que tiro o cinto.
─ Te amo. - digo beijando sua bochecha. ─ Vou pra casa de táxi.
─ Também te amo, vadia. Boa sorte! - beija minha testa e eu saio do carro. Dando um tchauzinho enquanto ele dá a partida.
Olho o prédio luxuoso e encaro o letreiro.
─ É agora ou nunca, Rachel! - digo a mim mesma, e marcho até a entrada.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Olá, leitoras!
Essa é minha primeira história. Bem, eu tenho ela faz quase um ano, aí minha amiga me recomendou esse aplicativo. Onde posso ler e publicar minha história.
Então a partir dos capítulos postados, digam-me o que estão achando, okay? Sou o tipo de pessoa que, às vezes, depende de opiniões pra continuar algo.
Então é isso! Até o próximo! ( ^o^)v
B. Kyaa ♥
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apaixonada pelo Sr. Donovan?
ChickLitRachel Koffi é uma mulher bastante dedicada ao trabalho e a sua família, seu único melhor amigo. Órfã de pais, começou a ter responsabilidade muito jovem ainda, sem tempo para romances duradouros. Hoje em dia, ela trabalha na empresa de advocacia, D...