Nesse exato momento eu estava virando o terceiro copo com aquela bebida que até esqueci o nome. Não estou bêbada, ou estou? Não ligo . Resolvo procurar Ian naquela multidão. Durante o curto trajeto o Dj toca uma música que eu amo. Eu grito, grito de alegria. Grito pela super animação que sentia. Meu corpo se mexia ao som de Animals. Ela estava remixada, mas continuava com seu ritmo contagiante.
Eu dançava como nunca dancei na vida. Me sentia livre. Livre dos problemas, das responsabilidades, livre de Noah, livre do amor. Nesse momento, não doía mais. Nesse exato momento, eu vivia aquilo. Aquela dança solitária, com aquela música.
Bebida. Quero mais bebida. Volto dançante para o bar e chamo o barman.
— Heeeeeey! — grito animada. Ele me olha e, sorrindo, vem ao meu encotro.
— O que a gata gostaria agora? — disse galanteador.
Não sei o que deu em mim, mas me senti feliz em receber tal elogio, mesmo sendo fútil.
— Quero a bebida mais forte que você tiver. — bato no balcão. Ele sorri e sai. Eu fico me remexendo na cadeira dançando a nova música que tocava, enquanto ele voltava.
— Aqui está. — diz entregando um copinho minúsculo com o líquido vermelho.
— Isso é sangue? — pergunto fixando o líquido. — Sou uma vampirinha. Ahhhhhh...
Ignoro a risada que o cara dá, olhando minha cara.
Viro o copinho de uma vez, e sinto minha garganta queimar mais do que nunca. Eu começo a tossir desesperada. O barman ainda estava na minha frente, me observando preocupado.
— Você está bem?
— Eu odeio bebidas. — choramingo. — São horríveis. Odeio beber.
Ele dá uma gargalhada quase inaudível.
— Parece que você não tem o costume de beber. — diz e eu concordo. — Que motivo você tem para beber hoje?
— Você é bem curiosinho, né? — acuso e ele sorri dando de ombros. — Mas matando tal curiosidade, o motivo é a velha decepção amorosa.
— Plausível. — diz se escorando no balcão, fazendo com que seu rosto ficasse perto do meu. — Quer que eu te ajude nisso?
Eu o encarei mais. E vendo agora, ele era um cara realmente lindo. Cabelo claro, quase raspado, barba por fazer e forte. Sua pele é bronzeada e brilhante. Seus olhos são azuis, e bastante sexys. Os lábios finos e convidativos, naquele sorriso significativo.
— Eu tô bêbada, mas sei que você não faz meu tipo. — digo. — Mas você é um gato.
Ele me olha um pouco desapontado, porém divertido.
— A propósito, me chamo Aaron. Você é Rachel, né? Vi você entrando com Ian. Apesar de já ter sido dispensado, foi um prazer, Rachel. — diz piscando. — Fique à vontade.
Dito isso, ele enche o copo na minha frente novamente com o líquido vermelho e sai para atender outras pessoas. Ele conhece Ian, e sabe quem sou. E seu nome não me parece estranho.
Depois de virar o copo novamente, voltei para a pista e finalmente encontrei Ian. Não falei sobre Aaron, porque fizemos questão de dançar juntos. Alguns homens tentaram se aproximar, e no estado que eu tô, dançaria com eles. Eu não sou essa pessoa. Essa louca bêbada, é outra Rachel, e já que ela tá aqui, que se divirta.
Por uma fração de segundos, que Ian saiu pra beber, um homem se aproximou de mim. Que lugar é esse pra ter tanto gato?
— Tá acompanhada? — pergunta envolvendo minha cintura.
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Apaixonada pelo Sr. Donovan?
ChickLitRachel Koffi é uma mulher bastante dedicada ao trabalho e a sua família, seu único melhor amigo. Órfã de pais, começou a ter responsabilidade muito jovem ainda, sem tempo para romances duradouros. Hoje em dia, ela trabalha na empresa de advocacia, D...