5. Chefe Delicionovan

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Aqui estou, ajudando nos retoques finais da decoração do evento da empresa. O grande dia chegou, e eu já me sinto irritada.

Desde que pisei no local da festa, a vadia-siliconada se atira pro meu chefe.

Nesse exato momento, estou com os cozinheiros. Checando os aperitivos escolhidos. Claro que eu provo-os. Converso o necessário com os presentes e dou ordens aos garçons.

Me sinto uma superior.

Me afasto deles com alguns pequenos doces na mão, os levando à boca de um por um.

─ Como está os aperitivos, Koffi? - pergunta meu chefe atrás de mim.

Me engasgo rapidamente com o susto. Dou umas tossidas e me viro.

─ Senhor...- falo com um pouco do doce na boca. Engulo e limpo a garganta. ─ Você me assustou, senhor. - continuo envergonhada.

─ Nunca ensinaram a você que é falta de educação falar com a boca cheia, senhorita?

─ Desculpe-me, senhor Donovan, mas não se fala com alguém enquanto ele come. - falo pondo mais um doce na boca.

─ Então a culpa é minha, Koffi? - me olha autoritário.

Eu não respondo, continuo a mastigar e aponto para a boca. Faço uma pequena reverência e me retiro dali, continuando meu trabalho.

[...]

Finalmente acabou!

O que vou fazer agora? Ir para casa, vestir minha roupa escandalosa e descansar? Nada disso! Me arrumar e voltar para cá. Ah, cara! Como eu queria minha cama, meu cobertor, meus travesseiros, meu Levi e passar a noite dormindo... em vez de colocar uma roupa, que suspeito ser chique demais, e ir à um evento cheio de pessoas ricas e mimadas. E o pior disso tudo, é estar em um local cheio de gente, a Peyton ser uma delas, e viver dando em cima do senhor Donovan.

─ Rachel Koffi! - meu chefe fala mais alto que o habitual. ─ Não escutou as três vezes que eu te chamei?

─ Ah... desculpe, senhor. Eu estava viajando. - o encaro.

─ Percebi. - diz sério. ─ Se não quiser se atrasar, sugiro que desça do carro.

Ele fala e eu olho em volta. Estamos parado de frente ao meu prédio. Volto a olhá-lo e sorrio.

─ Nossa... - respiro. ─ Estou meio aérea hoje. Obrigado por me deixar em casa, senhor. - falo retirando o cinto e colocando minha bolsa no ombro.

─ Não se atrase. Daqui à três horas venho buscá-la.

─ Não se incomode. Ian pode me levar. - falo saindo do carro e fechando a porta em seguida.

─ Em três horas estarei aqui. - diz e dá a partida, sumindo da minha visão segundos depois.

Eu odeio esse homem!

Só porque é meu chefe, acha que pode mandar em mim! Digo... nos quesitos não profissionais.

Entro no prédio, cumprimento o porteiro e adentro no elevador. Segundos depois, que mais pareciam horas, eu estou abrindo a porta do apartamento. Entro e fecho a mesmo atrás de mim, e me jogo no sofá. Grito de agonia, mas o som é abafado. Depois do que creio que sejam 30 minutos volto a realidade. Havia cochilado.

Logo ouço passos se aproximando. Já sabendo ser o Ian, me levanto e vou em sua direção, me jogando em seus braços e envolvendo minha perna ao redor de sua cintura, e me segurando com meus braços em seu pescoço e ombro. Afundo minha cabeça em seu pescoço e respiro fundo, inalando o perfume do sabonete. Ele está sem camisa, e havia gotas de água por seu corpo. Tiro a conclusão de que ele acabou de sair do banho.

Apaixonada pelo Sr. Donovan?Onde histórias criam vida. Descubra agora