Capítulo VIII - O Corte

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-Andrew

Uma festa. Uau.

Eu quase nem ligo, algo dentro de mim odiava a sensação de Mary ficar junto com William. Eu deveria ficar feliz por ela, mas algo me deixa com raiva e...ciúmes. Eu estou em conflito, minha mente a mil.
- A gente vai né ? - pergunta Maggie dando pulinhos felizes
- Claro - responde Peter dançando
- Sr.Zircon decidiu animar isso daqui! - diz Mary rindo
- Eu não vou - Digo rapidamente. Algo me dizia isso, mas...mas...
- Porque An... - Não ouço Mary terminar e subo as escadas correndo e ardendo de tanta vermelhidão. Vou ao meu dormitório subindo as escadas correndo, chego em meu dormitório e vou direto ao banheiro e tranco a porta e sento no chão, abraçando meus joelhos. O sono me leva, me mostrando lembranças indesejadas.
***
Eu ou o Andrew do sonho estava em uma casa. Acho que eu estava com 6 anos. Eu brincava com Mary, que também era pequena e algo assusta a gente, era sons de aviões e bombas explodindo, causando um tremor e deixando eu e Mary assustados. Então duas mulheres chegam, uma parece comigo e a outra se parece com Mary. Elas se enroscam em nós enquanto escutamos bombas e mais bombas.
***
Acordo com um bater na porta do banheiro.
- EU PRECISO MIJAR MERDA! - Não me recordo quem era, ele socava a porta forte

- Calma Sr.Paciência. - digo enquanto destranco a porta.
- Amém - Era o Tom. Um garoto que sempre fazia piadas e sorria sempre. Ele entra e fecha a porta, trancando a porta. Olho pra janela. Eu dormi no banheiro! Passei a noite lá. Isso explica essa dor nas costas insuportável. Saio do meu dormitório sem me arrumar nem nada, recordo de meu sonho, mas, não queria far com ninguém. Quer saber, não vou ne excluir. Vou ignorar o fato de que Mary esteja com...William.
Desço as escadas e vou pra cantina. Estava com uma jaqueta azul e blusa branca. Peço um capuccino e panquecas. E sento na mesa onde Peter, Maggie e Mary.
- Bom dia - Digo enquanto eles me encaram.
- Andrew, oque houve ontem ? - pergunta Mary me encarando.
- Ah. Eu estava nervoso com Sr.Zircon e fiquei assim - digo
- Porque? - Ela pergunta. Bolo uma estratégia para fazer ciumes nela.
- Porque ele separou eu e Ruth por achar que estavamos namorando - Digo. Ruth é uma garota elemental, ela vive falando que é doida pra ter um hamster que lança bombas. Ela é meio doidinha, já conversei com ela,adivinha, ela falou de bombas,hamster e cabelo. Mas não quero chegar mais perto dela não,viu.
Ela arrega olhos e Peter me dá uma cotovelada suave.
- Andrew Pegador, hahaha - Diz Peter rindo.
- Hum - diz Mary em resposta.
"Yes" penso
Vejo William caminhando em direção á mesa.
- Oi - diz William e senta ao lado de Mary.
- (Cof,cof,cof) Eu engasguei me levem para o Sr.Zircon rápido,meninos! - diz Maggie fingindo uma tosse e se levantando puxando eu e Peter, quando vou questionar estou bem longe da cantina.
- Tosse mal fingida - digo
- Shiu! Deixa os pombinhos - diz Maggie enquanto Peter ria. Maggie me solta.
- Oque vamos fazer agora ? - digo
- Nada. - diz Maggie
- Eu vou treinar com o arco - digo e vou em direção á porta da saída pra ir para quadra. Quando entro na quadra, a mesa e os alvos estavam lá. O sonho vem a minha cabeça. Eu e Mary já nos conhecemos. Eu acho. As bombas, as mães...talvez. Esqueço isso e miro a flecha no meio. O barulho das bombas invade minha mente, fazendo meu corpo estremecer e errar a flecha, acertando nenhuma parte do alvo.

- Droga - digo enquanto armo outra flecha.

Quando a flecha já está armada, miro novamente ao meio. Mas as bombas de novo invadem minha mente quando lanço a flecha. A flecha no chão e volta em direção ao meu rosto, causando um corte na bochecha. Levo diretamente á mão ao corte, mas o corte arde, fazendo eu recuar minha mão, o corte arde muito fazendo eu nem conseguir a boca pra falar. Largo o arco e jogo ele em um canto da mesa de prata. Saio da quadra, cerrando os dentes. Foi profundo. Porque a dor e ardência em brasas parece me consumir. Quando eu entro na academia/escola estava Maggie conversando com Peter nas escadas, vou direto á eles. Ignorando Mary e William se dando altos pegas. Quando estou mais perto deles, eles já me avistam e correm até mim.

- Oque houve Andrew ? - pergunta Maggie enquanto examina meu corte.

- Se cortou com o que ? - pergunta Peter e encosta a mão no corte, fazendo eu cerrar mais os dentes e recuar. - Desculpa. Qual é a profundidade da dor ?

Quando eu abro a boca para responder, a ardência e a dor me atinge profundo na bochecha fazendo lacrimejar. Então aponto para meu corte, depois á boca ainda com os dentes cerrados e um sinal negativo com a cabeça.

- Vish. Não consegue falar por causa do corte ? - pergunta Maggie

Faço sim com a cabeça cerrando os dentes mais ainda da dor; como um corte desse pode doer tanto?

- Vamos brincar de mímica! - diz Peter - Com oque você cortou ?

Faço um sinal de arco com as mãos e armo uma "flecha invisível" e a flecha invisível atinge o chão e faço um sinal apontando para o chão e para minha bochecha.

- Uma baleia caiu e te arranhou ? - diz Peter caindo na gargalhada. Maggie dá um tapa no braço dele.

- Foi uma flecha seu otário! Foi não foi ? - pergunta Maggie

Faço um sim devagar com a cabeça.

- Vamos te levar ao Sr.Zircon - diz Peter enquanto me carrega á enfermaria.

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- Ele vai ficar com esse curativo por 3 dias. O corte foi profundo, ele atingiu um dos nervos da bochecha que faz você abrir a boca, aí vamos passar um liquido que regenera os nervos. Fique quieto por favor - diz Sr.Zircon passando um liquido marrom no corte e colocando o curativo. - Como aconteceu isso ? Você é tão bom no arco.

Tento falar, mais a dor e novamente a ardência me impede.

- Não tente falar ainda. Vai demorar alguns minutos para regenerar. Fique perto de seus amigos, se algo aconteça de desmaio ou fraqueza. - diz Sr.Zircon.

- Ok, obrigado Sr.Zircon - diz Maggie enquanto Peter apoia o braço direito em meu ombro. Não reclamo. É legal até.

- Vamos tomar um Capuccino ? - pergunta Peter e eu sorrio.

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Helou! Eu sei, esse capítulo foi menor do que os outros. 1027 Palavras. É porque estou sem pc :#









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