Cap. 5

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Assim que terminaram todos as aulas daquele dia, fui a para casa, a pé mesmo, e exausta. Estava cansada de carregar aquela mochila pesada até em casa, e ainda tinha muito para andar.

Apareceu um vulto, que levou minha mochila, foi tão rápido que nem reconheci quem era, não tive nenhuma outra reação, comecei a correr e gritar como uma louca atrás daquele maldito ladrão de mochilas. O que tinha de tão especial lá dentro? O meu celular estava no bolso da minha blusa de frio, por sorte. Mas espera, lá estava a chave de casa! Eu ficaria presa do lado de fora até que minha mãe voltasse, provavelmente às três da madrugada de amanhã? Nunca. Nem pensar. Aquele ladrão ia ver só.

Eu estava correndo tão rápido que tropecei e dei um "capote" no chão, seguido de uma cambalhota. Apareceu um Celta preto atrás de mim buzinando. Quem seria? Mark? De novo? Ele realmente estava me perseguindo, mas foi numa boa hora.

Não pensei duas vezes, entrei no carro, sem nem me preocupar se o garoto que dirigia o carro era mesmo Mark. Naquela situação, eu realmente estava maluca e muito, muito brava.

Fechei a porta com um pouco de força e gritei.
- Corre!
- Poxa, nem um abraço de "Oi, Mark?" ou então, "Mark, me dá uma carona?" - Ele disse, com um sorriso bobo na cara.
- Por favor, Mark. Só corre. Você fica satisfeito se eu dizer que acabei de ser assaltada?
- Ah, é, você está sem a mochila, né? - Não acredito que ele não tinha reparado antes. - que coisa, não?
- Você deve ter ficado tão vidrado na minha beleza que nem percebeu, né? - imitei um pouco ele e sorri.
- Como adivinhou? - sorriu, sarcástico. - Anda, pé no acelerador!
- Se prepara, não tunei esse carro por nada.
- Porque você fez isso? - disse, quando ele começou a correr e bati a cabeça no painel. Ai. - Você por acaso disputa racha com isso?
- Bom, eu tento.
- Você é louco! - gargalhei.

Ele fez o carro correr muito, muito rápido. Acho que foi uma coisa que se chama "nitro" que causou essa rapidez.

Eu não acreditei quando encontramos o safado do ladrão, ofegante, andando e olhando para trás, talvez para ver se eu ainda estava correndo para recuperar a minha mochila.

Mark fez uma loucura. Abriu um pouco a porta do motorista, e puxou a mochila. Conseguimos! Eu estava abanando os braços comemorando quando Mark disse "Ainda não. " e percebi que o garoto que roubou a minha mochila estava tão fissurado nela que continuou agarrado a ela e sendo arrastado por uns dois quilômetros até que Mark conseguiu frear o carro.

Nós tentamos ajudar o ladrão, mas quando saímos do carro ele saiu correndo e disse:
- Seus loucos! Era só uma mochila!

Mark e eu demos uma risadinha e ele me levou até em casa. Pelo menos, daquela vez, eu estava salva.

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