• Capitulo 18 •

452 41 12
                                    

Sebastian

Eu nunca tinha visto uma pessoa tão desesperada, sem rumo e quebrada, como estou vendo Rebecca aqui, na minha frente.

É totalmente angustiante ver ela segurando sua irmã morta no colo enquanto sangue mancha e se espalha por seu vestido e rosto.

Mesmo todos dizendo que a Rebecca era apenas uma mulher qualquer eu sabia que ela era bem mais que isso,

Eu via a força e a determinação em seus olhos.

Mas agora tudo o que vejo neles é um completo vazio tomado de dor.

Jamais pensei que sairiam lágrimas por eles. Mas agora vejo elas escapando de seus olhos em um fluxo constante, junto com os soluços e os gritos.

Quando eu vi a van no jardim e a reconheci eu soube na hora o que aconteceria, mas eu imaginava que seria a Rebecca e não a Katerine. Mais uma vez os subestimei.

Tentei avisá-la, impedir.  Minha missão hoje era proteger as duas. Não consegui.

Vejo meu erro na minha frente.

Ajoelho-me ao lado de Rebecca e seguro seu ombro, ela não me afasta, tenho certeza que nem me sente.

- Rebecca - digo baixo.

- Não, não, não, não!

Ela grita, mas tenho certeza que não é comigo. Ela dá mais um grito e esse, diferente dos outros que eram desesperados, era de fúria. Como se estivesse deixando mil demônios sairem do seu corpo.

Então eu vejo o momento exato nos seus olhos em que a angústia, a dor, o desespero são totalmente substituídos pelo ódio, vingança e determinação.

Ela simplesmente parou de chorar e gritar. Deitou com cuidado o corpo da irmã no chão e levantou-se.

Os desgraçados dos fotógrafos capturando cada momento. Rebecca parece não se importar, apenas continua de pé ignorando cada pessoa a sua volta.

Uma ambulância aparece e homens vestidos de branco tiram o corpo do chão o colocando em um saco amarelo.

Rebecca olha a cena totalmente inexpressiva, como se tivesse se desligado.

Ligo para o setor de limpeza para que cuidem de tudo aqui, inclusive das fotos tiradas pelos fotógrafos.  Chamo todos os sete agentes responsáveis pelas duas hoje, mas que foram incapazes de fazer algo e os libero para cuidarem da multidão que já estava se formando.

Quando eu ia tentar falar com a Rebecca novamente cinco seguranças que parecem mais armários a cercam, literalmente. Eles formaram um círculo em volta dela me impedindo de passar.

Onde é que vocês estavam quando a irmã dela foi morta?!

Um carro branco se aproxima e vejo um homem de meia idade sair dele. Alto, porte físico forte, cabelos loiros e olhos castanhos, ele se aproxima do círculo em volta de Rebecca e os homens dão espaço.

Desgraçados!

O homem loiro sussurra algo no ouvido de Rebecca e a mesma continua inexpressiva, apenas recebendo o que ele está a falar.

O loiro entrega as chaves do carro para Rebecca e sai do círculo indo para dentro da ambulância que finalmente fecha as portas e sai do local.

Rebecca finalmente se move e seus movimentos são incrivelmente precisos, calculados e suaves.

O circulo de proteção a sua volta se desfaz quando ela entra no carro e vai embora.

                   •••

- A gente vai morrer - Aaron diz depois de ler meu relatório.

- E por que vamos morrer? - Rachel joga de volta enquanto brinca com uma bolinha de metal que roubou da mesa do Aaron.

- Ela jurou que acharia o assassino da irmã dela e depois viria atrás da gente - Aaron grita com Rachel e a mesma cerra o maxilar.

Os dois tem o que parece uma conversa silenciosa e parece que Aaron ganha pois levanta a sobrancelha em deboche enquanto Rachel suspira frustada.

O quê está acontecendo aqui?

Bem, no momento, estamos na sala do Aaron tentando entender o quê aconteceu no evento e procurando por Rebecca que decidiu, simplesmente, sumir do mapa.

E é frustrante não ter respostas quando esses dois insistem em esconder coisas de mim.  Aaron vive dizendo que a Rebecca não é ninguém, mas ele está muito preocupado com uma pessoa que supostamente é ninguém.

- Você acha que aconteceu de novo? - Rachel pergunta obviamente para Aaron porque desde ele leram o relatório eu nem existo mais na sala.

- Absolutamente sim. O que é terrível porque da última vez foi um inferno - Aaron respira fundo e olha com certa intensidade para Rachel.- Você entende agora Rach? O porque da minha preocupação? Não importa se somos a maior agência de segurança do mundo, se temos as pessoas mais mortais já treinadas, não importa se a Rebecca tiver voltando.

Ele enfatiza o nome como se tivesse muito mais por trás disso, como se Rebecca fosse outra pessoa.

- Estamos mortos Aaron - Rachel decide por concordar.

••••••••••••••••••••

Oii gente!!!
1K? Mds! Eu vi direito?
Eu realmente não imaginava que chegaria a tudo isso! Mas eu quero agradecer a todos vocês que estão lendo e saibam que tenho um carinho especial por vocês.
Nossa eu estou muito feliz!!!

Também tenho que deixar um aviso.
A parte II vai ter seis capítulos pequenos narrados pelo Sebastian e então no próximo mês começa o livro II que eu espero terminar esse ano ainda porque tenho outro livro que possivelmente eu possa postar aqui, apesar de ser uma história bem diferente da série Consequências.
Amanhã já tem capítulo novo.
É isso pessoal!
Curtem e comentem por favor é importante!
Bjs
- K

Consequências de um enganoOnde histórias criam vida. Descubra agora