Tudo Que Vem Depois - 2 livro de A Baixinha E O Playboy.

Capítulo 15 - Despedidas

Chegou o dia de ir. Tudo já estava pronto, as malas, a passagem, tudo. Não tinha mais motivos para ficar aqui. Os últimos dias não tinham sido fáceis pra ninguém, foi uma correria só, tantas coisas pra resolver aqui na faculdade, lá em casa...

- Pegou tudo? - Perguntou Paloma na porta do meu ex mini apartamento.

- Peguei sim. - Disse.

- Eu não queria que fosse embora, mas é o melhor pra vocês dois. - Disse ela me puxando para um abraço apertado. Já sabia que iria chorar.

- Vamos sentir falta de você e essa sua fome insaciável. - Disse Gabriel.

Todos rimos apesar das lágrimas escorrendo em meus olhos.

- Também sentirei falta das suas comidas maravilhosas. Irei voltar só para comer seu bolo de chocolate. - Disse rindo em meio as lágrimas.

Gabriel me deu um rápido abraço. Paloma se agarrou a mim de novo.

- Ligue pra mim sempre que precisar. - Disse ela.

- Claro.

- Vamos? - Falou Thomaz voltando do carro.

- Vamos. - Disse a ele. - Queria agradecer a vocês dois por tudo que fizeram por mim. Vocês foram grandes amigos. - Disse me virando para Paloma e Gabriel.

Os dois me abraçaram e se despediram mais uma vez.

Durante o caminho todo, Thomaz e eu não trocamos nem sequer uma palavra. Sabia muito bem que pra ele estava sendo muito mais difícil do que pra mim própria. Ele só não queria admitir isso, preferia ficar calado e bancar a pose de durão do que admitir que estava sofrendo mais que todos com a minha partida.

Chegamos ao aeroporto e Thomaz e eu fomos logo fazer o check-in e assim que estava tudo pronto, nos sentamos a espera do meu voou.

Não sei mais ou menos quanto tempo demorou, só sei que um voz anunciou o meu voou. Estava na hora.

Peguei minhas pequenas malas e me levantei. Já estava quase sem esperanças de Thomaz falar alguma coisa quando ele me puxou para si.

- Eu não quero ir. - Disse o agarrando forte e com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu também não quero que vá. Mas é o melhor para vocês dois. - Disse ele colocando a mão na minha barriga.

- Promete que vai se cuidar? - Perguntei.

- Prometo meu amor. - Respondeu ele dando um leve sorriso.

Antes que eu tivesse a chance de dizer mais alguma coisa, ele caiu de joelhos em minha frente ficando na altura da minha barriga. Algumas pessoas que ali passavam ou até mesmo que estava sentadas perto de nós, pararam de fazer o que faziam para observar a cena emocionante. Thomaz colocou as duas mãos de cada lado na minha barriga e encostou o ouvido na mesma.

- Ei garotão? Pode me ouvir? - Disse a minha barriga.

- Você nem sabe ainda se é menino ou menina. - Disse rindo apesar das lágrimas caírem de meus olhos.

- Instinto de pai. - Piscou ele para mim lá de baixo.

- Como eu ia dizendo. - Continuou ele a conversar com a minha barriga. - Sei que não e fácil, mas queria pedir alguns favores a você garotão. - Deu um sorriso fraco. - A mamãe aqui tem sofrido muito por você. Muitos enjôos, tonturas, sono, fome e uma mudança assustadora de humor. Então peço que pegue leve com ela agora que o papai está longe e que a mantenha segura. - Disse tando um beijo na minha barriga. - Estou contando com a sua ajuda garotão. E logo logo vamos estar juntos jogando aquela bola. - Disse por fim se levantando.

- Chagou a hora de ir. - Disse com dor.
- Vá. Mas prometa que vai se cuidar e cuidar do meu filhão! - Disse ele.

- Com todo o meu amor. - Respondi.

- Te amo de mais. - Falou.

- Também de amor meu amor. - Respondi dando um apertado abraço nele.

E com um leve beijo na testa, ele se despediu de mim. Marchei o mais de pressa possível para embarcar logo não avião. A última visão que tive do meu amor foi dele me mandando um beijo. Depois, no lugar disso, só ficou a dor e saudade.